terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ao Educador


                                                                                                                 Julho de 2009







“Educar, educar-se. Cultivar -se. É todo um universo vivo, que aflora a mente ao colocar -se, este tema ao debate. Vivemos num mundo de situações novas, e de mudanças acelerada, todas as coisas agora, não são vista com paciência, mas com tamanha velocidade, que até a família passa e você nem percebe.
E dizer-se educador, é suficiente para continuarmos a educar-se, continuamente. O ponto de referencia fundamental para ser educadores, para continuar a sê-los, é tentar  todo dia de novo, todo dia mais”.
Mas quem é educador ? O que faz com que alguém se diga educador? Há pessoas que se denominam educadores, há os que o são de verdade. Há os que por outros são identificados  como tais.
O educador, é um cidadão, isso significa um  (comprometimento) comprometido, com as coisas que acontecem  ao seu redor e ao "redor' nacional e internacional. Não é ele o único responsável por tudo, mas participa  da história que ajuda a construir. Movimenta-se na história e participa ativamente dela, ele é um agente seja de mudança, ou não. 
Em meio a essa ânsia de querer, mudar o mundo, depois querer mudar o Brasil, depois o seu  Estado, ainda  sim achar que é grande demais, a ponto de estar inalcançável,  ele agora pode mudar a sala de aula, ai sim, ele estará mexendo com o elemento transformador da sociedade.      
Para  corrigir, as mazelas da sociedade,  primeiro vêem as teorias, as criticas,  depois  a sociedade desperta, ai sim a cobrança e as mobilizações para a mudança. Existe várias publicações que alertam para a formação, e a falta de motivação que o profissional da  educação recebe.
Ao critica, ou quando não se aponta, determinada direção especifica,  ou não puxa-se partido em nenhuma direção, ou  para o seu lado, ou de quem quer que seja, o objetivo principal, é atingir todos os setores, não é decepção com o sistema, nem a cobrança de ética, embora as duas possam ser admitidas como cobrança  diante da realidade.
Como as idéias, as teses, que justificam a mudança, estão acontecendo, como aconteceu com as teorias do absolutismo, do iluminismo. Ela tende a evoluir das teses,  das criticas, é assim que  uma revolução acontece, e vai acontecer, eu acredito.
Essa insatisfação não é de quem está chegando, ou iniciando, mas é geral isso não há  duvida, a greve, reflete no grito de insatisfação com tudo. Estágios mal administrados, tempo insuficiente de curso para uma coisa tão complexa como a educação, professores mal remunerados etc. 
Sabemos que uma revolução, não acontece de uma hora pra outra, sem antes haver os aparelhos de purificação,  desses mecanismos, é o que estamos tentando fazer aqui, apontar algumas   falhas.
O Japão adota uma forma de educar, onde todas as escolas seja particular ou do  governo, tem que  abordar a mesma filosofia, ficando apenas para os uniformes o marketing das escolas lá, se escolha a escola pelo uniforme em vista que a forma, o método são os mesmos.
No   Brasil, nos sabemos que os livros são unificados, o conteúdo que o paraense estuda é o mesmo que o paulista estuda nas escolas do governo,
Entretanto num País de dimensões continentais, como o Brasil e bastante diferenciado nas etapas do processo de acumulação do capital, numa sociedade de classes extremamente desigual, e injusta como a nossa,  e como as escolas  que viraram objetos, dos mais diversos, quando estão em jogo interesses  coorporativos,  conflitantes, e entre profissionais  com diferentes posturas, cientificas e filosófica e política - ideológica, no Brasil, em vista que  cada professor é um com idéias, posturas e interesses que o envolve na sociedade.       
Para montar um estabelecimento onde se possa ensinar, não se preocupa mais se o aluno vai aprender, se as carteira, ou mesas vão lhe dar o devido conforto para  que ele possa desenvolver-se. O pensamento é quanto a carteira  ou mesa, vão  durar, quantos alunos, vamos conseguir colocar nas salas.
O atual sistema educacional consiste em: Os livros respectivamente para o ensino fundamental e médio,  são produzidos, em um certo Estado, esses livros são distribuídos para todo o Brasil, com uma visão, de um certo autor, com uma certa formação cultural, para os  Estudos  Amazônicos, não existem livros.      
Então, um dos  problema é esse, alguns professores levantam a bandeira,  para que  os Estados produzam os seus livros. Que conheçam a sua cultura para não  acontecer  como o autor de livros infantis, que escreveu com palavras Obcenas para crianças, e alegou que não entregaria esses livros que ele produziu, para seus filhos, mas mandou para o MEC distribuir para as escolas.        
É isso que alguns querem, produção de livros no Estado, ou seja seria a regionalização deles, o Brasil  não segueria mais uma produção única, mas sim seria dividido em muitas regiões,  cada Estado tem a sua história. 
Se Belém, fizesse uma produção de livros, para três anos do ensino fundamental e, médio, sobre os Estudos Amazônico, serviria  para nós, mas não para outros lugares como Santarém, e Oriximiná por exemplo, que são outra realidade.       
Fora o salário que é uma das reivindicações, sabemos que, os professores querem recursos, e quando eles colocam as suas dificuldades em mesa redonda, querem seu próprio data show, entre outras coisas que acreditam ser necessário para ensinar, e não tem condições para possuir esses recursos.
 Conheço professores, que ministram aula de graça em ONGs, como é o caso de Joyce Elizete do Carmo Botelho que tem toda a minha admiração, provando que a greve não é apenas visando um salário melhor, mas para melhorar a sua condição quanto trabalhador e educador. 
Espelham-se em educadores espetaculares como Paulo Freire, Karl Marx, Piaget...     

















  

Sebastião Pereira Viana Júnior

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