sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Fichamento de: “Sociedade e Cultura na Antiguidade Clássica e Medievalidade ”. Livro: A HISTORIA DA VIDA PRIVADA. TEXTO O IMPÉRIO ROMANO Professora: Maria Raimunda Martins Gonçalves; Turma: LHN 02 (Faculdades Integradas Ipiranga).



                                                                          
                                                           
FICHAMENTO: A HISTORIA  DA VIDA PRIVADA. TEXTO O IMPÉRIO ROMANO[1]
FASCÍCULO DAS FACULDADES INTEGRADAS  IPIRANGA-PROGRAMA DE LICENCIATURAS INTEGRADAS – EIXO DE FORMAÇÃO COMUM,  Belém, PA, 2015. – Disciplina: Sociedade e Cultura na Antiguidade  Clássica  e Medievalidade– Unidade 1- O Império Romano São Paulo Companhia das letras, 1993. (p. 18-60). Autor: Paul Veyne.


Sebastião Pereira Viana Júnior[2]


Paul Veyne analisa a capa do livro, um casal romano não se apresenta uma sociedade luxuosa, esse casal tem uma posição de superioridade dentro de Roma. O romano segura um livro de uma cultura letrada, refinada é a forma como  ele se apresenta. Natural em Roma para distinguir grupos sociais e a cultura letrada o refinamento do gosto. Nenhum romano rico criava as folhas eles tinham matrizes gregas,para aprender a língua a cultura romana.
A paternidade não é uma questão biológica, ela é jurídica, o homem podia alegar que não é filho dele, eles abandonam as crianças nascidas livres abandonam na porta da casa e o aborto é legal também. Não havia muitos romanos era uma questão natural legal de não reconhecimento dos filhos não eram mal visto, como hoje se você abandonar uma criança.
A partir do fim do império romano, quando uma nova moral surge o cristianismo a parteira jogava a criança no chão, se o pai levantasse, ele seria o reconhecido, era uma simbologia. Os judeus reconheciam todos os filhos, até os bastardos, mas dentro de Roma não acontecia isso o pai decidis se reconhece ou não a mulher cabia a função de  reproduzir.

1-Império Romano

1.1-Com eles o gelo logo se rompe: para conhecê-lo basta fitálos nos olhos;eles mesmo nos olham assim. Em todas as suas épocas a arte do retrato não comporta semelhança troca de retrato. (pag.20)

1.2-Esse homem e essa mulher não são objetos, pois no vêem; porem  nada fazem para nos provocar, seduzir, convencer ou entre mostrar alguma interioridade que não mais ousaríamos julgar. (pag.20)

1.3-Durante muito tempo essa humanidade Greco-romana foi clássica: natural atemporal ampla.  (pag.20)

1.4-Hoje em dia acreditamos na arbitrariedade dos costumes, no tempo da historia  e na finititude. (pag.20)

1.5-Não são seres de carne e osso captados num momento qualquer de sua vida; mas os tipos de individualizados de uma sociedade que quer ser o mesmo tempo natural e ideal. (pag.20)

1.6-O marido e a mulher detêm os atributos menos contestáveis e mais pessoais de sua superioridade social.  (pag.21)

Coisa bastante rara na arte antiga. Que não aprecia os gestos familiares o homem expectante  apoia o queixo no livro(em forma de rolo) . (pag.21)

1.7-(...)... e a mulher pensativa leva o estilete aos lábios procura, pois a poesia também é uma arte das damas.  (pag.21)

1.8-Burgueses ou senhores? Elegantes. Se a amizade e o luto têm seus direito então tenho a permissão de dedicar as paginas seguintes á memória de Michel Foicault. (pag.21)

2-Do Ventre Materno ao Testamento

2.1-Ser Aceito ou Abandonado (pag. 23)

2.2-O nascimento de um romano não é apenas um fato biológico. Os recém nascidos só veem ao mundo, ou melhor, só são  recebidos na sociedade em virtude de uma decisão do chefe da família. (pag.23)

2.3-(...)... a contracepção, do aborto, o enjeitamento das crianças de nascimento das crianças de nascimento livre e o infanticídio  do filho de uma escrava são portanto praticas usuais e perfeitamente legais. (pag.23)

2.4-Em Roma um cidadão não “tem” um filho: ele o “toma” , “levanta” (tollere); o pai exerce a prerrogativa, tão logo nasce a criança, levantá-la do chão, onde a parteiro o depositou. (pag.23)  

2.5-A mulher acaba de dar à luz (sentada,numa poltrona especial, longe de qualquer olhar masculino).  (pag.23)

2.6-A criança que o pai não levanta será exposta diante da casa ou num montuno publico, quem quiser que acolha. Igualmente será enjeitada se o pai estando ausente, o tiver ordenado a mulher grávida .  (pag.23)

2.7-Na Grécia era mais frequente enjeitar meninas que meninos  (pag.23)

2.8-Um heleno escreveu “Se (bato na madeira) tiveres um filho, deixa-o viver; se tiveres uma filha enjeita-a  (pag.23)

2.9-Os pobres abandonavam as crianças que não podiam alimentar; outros “pobres” (no sentido antigo do termo, que hoje traduziria mos por classe média). (pag.24)

2.10-(...)...enjeitavam os filhos “para não vê-los corrompidos por uma educação medíocre que os torne inaptos á dignidade e á qualidade . (pag.24)

2.11-“O nascimento de um filho ou filha rompe o testamento” já selado anteriormente amenos que o pai se conforme com deserdar de antemão  o rebento que poderia vir a ter talvez se preferir nunca mais ouvir falar nele a deserda-lo.  (pag.24)

2.12-O que acontecia com as crianças enjeitadas? Raramente sobreviviam,escreve pseudo Quintaliano, que estabelece uma distinção os ricos desejam que as crianças nunca mais apareça, enquanto os miseráveis pressionados pela pobreza, fazem de tudo para que o bebe seja recolhido. (pag.24)

2.13-Por vezes o enjeitamento não passava de um similucro: às escondidas do marido,a mulher confiava o filho a vizinhos ou subordinados que o criavam secretamente. (pag.24)

2.14-Decisão legitima e refletida, o enjeitamento podia tomar a aparência de uma manifestação de principio. (pag.25)

2.15-Um marido que suspeita da fidelidade da esposa enjeita a criança que considera adulterina, assim abandona na porta do palácio imperial a filha de uma princesa “inteiramente nua”.  (pag.25)

2.16-(...)... após o assassinato de Agripina por seu filho Nero, um desconhecido “abandonou em pleno foro um bebe com um cartaz onde se lia: Não te crio com medo de que mate tua mãe”.  (pag.25)  

2.17-Em Roma a voz do sangue falava muito pouco; o que falava mais alto era a voz do nome da família. (pag.25)

2.18-(...)... geralmente ricos e poderosos, que  conseguiam as vezes introduzir do filhos na ordem dos cavaleiros ou até no senado (pag.25)

2.19-(...)... A oligarquia dirigente reproduzia-se através de seus filhos  legítimos e dos filhos de seus antigos  escravos. Pois os libertos tinham o sobrenome do amo que  os libertava da escravidão . (pag.26)

3-Natalidade e Contracepção (pag. 26)

3.1-As adoções e ascensão social de certos libertos compensavam a fraca reprodução natural, pois a mentalidade romana é bem pouco naturalista . (pag.26)

3.2-Aborto e contracepção eram praticas usuais, mas o que deturpa o quadro feito pelos historiadores é que  os romanos abrangiam sob o termo aborto cirúrgico que também chamamos como tal e outros que denominamos de  contracepção. (pag.26)

3.3-Nem os moralistas mais severos podiam impor a mãe o dever de guardar seu fruto; sequer penaram em reconhecer ao feto o direito de viver. (pag.26)

3.4-Pelo que hoje sabemos sobre o poder multiplicador da espécie humana, a população do Império teria se multiplicado  muito mais e ultrapassado seus limites. (pag.26)

3.5-Qual era o procedimento utilizado/ Plauto,Cícero  e Ovídio aludem ao costume pagão da lavagem após o ato sexual. (pag.26)

3.6-Quantos filhos eles tem? A lei concedia um privilegio ás mães de três filhos, entendendo que elas haviam cumprido seu dever, e esse numero parece ter predominado. (pag.27) 

3.7-Um pregador estoico perguntará: Acreditamos que já fizemos muito ao pôr  no mundo, para assegurar a perpetuação da raça, dois ou três fedelhos.  (pag.27) 

4-Educação (pag. 28)

4.1-Assim que veem ao mundo o recém nascido menino ou menina é confiado a uma nutriz: havia passado a época em que as mães amamentavam os próprios filhos. (pag.28) 

4.2-As crianças vivem com eles, com eles tomam suas refeições, porém jantam os pais ou seus convidados. (pag.28) 

4.3-Quando uma moça se casa, sua mãe e sua nutriz vão juntas,na noite de núpcias, dar os últimos conselhos ao jovem esposo. (pag.28) 

4.4-Pedagogo, nutriz e irmão de leite são uma vice família livre para todas as indulgencias, até mesmo as complacência e ignorar as leis do mundo para assassinar a mãe Agripina, Nero terá seu “nutridor” como cúmplice. (pag.28) 

4.5-Nas casas ricas, a vice –família saudavelmente mora no campo, longe das tentações sob a direção de uma velha e severa parenta . (pag.28) 

4.6-A realidade de uma educação pode não corresponder ao desejo dos educadores e um professor romano nos dá um indicio fala, é bem verdade com particular severidade, como exige sua profissão. (pag.28) 

4.7-(...)... ( em Roma os filósofos e por vezes também os estoicos tem um lugar a parte na sociedade, um pouco como os padres entre nós) (pag.28) 

4.8-Segundo ele a criança, que supõe educada na casa dos pais recebe do ambiente apenas lições de “indolência”; usa vestes tão luxuosas quanto as dos adultos. (pag.28) 

4.9-Mais adiante veremos como Roma as mentes estavam impregnadas de uma doutrina de senso comum que condenava como pervertido e decadente o mundo tal como se encontra. (pag.29) 

4.10-Teoricamente a educação tinha por objetivo  temperar o caráter a tempo para que os indivíduos pudessem resistir, depois de adultos, ao micróbio do luxo e da decadência que devido ao vícios dos tempos atuais. (pag.29) 

4.11-Também diz  Sêneca, “os pais forçam o caráter ainda flexível dos bebes a suportar o que lhes fará bem; podem chorar e se debater  que mesmo assim são rigidamente enfaixados com medo de que seu corpo ainda imaturo se deforme ao invés de crescer direito e em seguida se lhes inculca a cultura liberal recorrendo ao terror se a reusam.  (pag.29)  

4.12-Os novos ricos  imitavam bem esse costume aristocrático. A distancia entre pais e filhos era vertiginosa. (pag.30) 

4.13-(...)... os dons excepcionais do filho justificam o luto publico do pai . como se sabe o pretenso instinto materno ou paterno mistura caos individuais de amor de eleição. 
(pag.30) 

5-Adoção (pag. 30)

5.1-Nosso professor tinha mais uma razão para chorar seu filho bem amado; um alto personagem, um cônsul, acabara de adota-lo, o que prometia ao menino uma fulgurante carreira publica. (pag.30)  

5.2-Visivelmente dava-se uma criança em adoção como se dava uma filha em casamento, sobre tudo em se tratando de um bom casamento. (pag.30) 

5.3-Assim como um testador tornava seu continuador aquele a quem instituía herdeiros, assim também, ao adotar um jovem escolhido, elegia-se um sucessor digno de si.  (pag.30) 

5.4-O mais belo caso de herança combinada com adoção é o de u certo Otavio, que transformado  em filho e herdeiro de Cesar, um dia se tornará, por esse meio o imperador Otavio Augusto . (pag.30) 

5.5-Essas crianças deslocadas como peões no tabuleiro de xadrez da riqueza e do poder não são criaturinhas armadas e mimadas;tais cuidados compete a criadagem. (pag.31) 

5.6-A criança aprendeu a falar com a nutriz; nas casas ricas a nutriz era grega, para que a criança aprendesse no berço essa língua da cultura. Ao pedagogo cabia ensinar a ler. (pag.31) 
 
5.7-Os livros do poeta em voga imediatamente chegam ao fim do mundo: a Lyon. O resto são nuanças (bem o sabem os historiadores do Ancien Regime) . (pag.32) 

5.8-Por outro lado os preceptores só eram acessíveis ás famílias muito ricas, havia, diz  Ulpino. “ nas cidades e nos burgos professores que ensinavam a escrita” (pag.32) 

5.9-Descobrimos uma porção de documentos escritos pela mão de gente simples; contas e artesãos, cartas ingênuas, grafites murais tabuinhas de feitiços ... (pag.32) 

5.10-De modo que para redigir um documento publico, uma petição, até um simples contrato,gente que a rigor só sabia ler e escrever sentia-se “iletrada” e procurava um escrivão publico. (pag.32) 

5.11-Uma parte mais ou menos considerável das crianças romanas nas frequentou a escola antes de completar os 12 anos, as meninas não menos que os meninos (confirma-o o medico (Soranos); melhor ainda as escolas eram mistas). (pag.32) 

5.12-Aos 12 anos o destino de meninos e meninas se separam assim como os destinos dos ricos e dos pobres. (pag.32) 

5.13-Somente os meninos se pertenciam a uma família abastarda,continuam a estudar sob o chicote de um “gramático” ou professor de Literatura estudam os autores clássicos e a  mitologia . (pag.32) 

5.14-Cabe dizer que aos doze anos uma menina estava na idade núbil, que algumas eram dadas em casamento nessa tenra idade e que o casamento se consumava;em todos os casos, aos 14 anos a menina era adulta.os homens então as chamam de senhoras. (pag.32) 

5.15-Nas famílias ricas, a partir desse momento as moças são encerradas na prisão sem grades dos trabalhos de fuso que serve para demonstrar que elas não passam o tempo fazendo o que não devem. (pag.32) 

5.16-(...)..,. Se uma mulher adquire uma cultura de salão sabe cantar dançar tocar instrumentos (canto, musica e dança estavam ligados) Tais talentos serão louvados e apreciados, podem logo se acrescentara que ela é uma mulher honesta.  (pag.33) 

5.17-Durante esse tempo os meninos estudam. Para se tornar bons cidadãos. Para aprender seu futuro ofício?  Para adquirir os meios de compreender alguma coisa do mundo em que vivem? Não, mas para adornar o espírito, para se instruir nas belas letras. (pag.33) 

5.18-É excepcional na historia que a educação prepare o menino para a vida, e seja uma imagem da sociedade em miniatura ou em germe. (pag.33) 

2.19-Deixamos de lado a educação nas partes gregas do império, que diferia em vários aspectos. Aqui devemos acreditar em Nilson; (pag.34) 

5.20-Tinha por cenário a palestra e o ginásio, pois era um segundo lugar publico aonde todos podiam ir e onde não se fazia apenas ginástica. (pag.34) 

5.21-A esses ensinamentos, que se prolongava até cerca dos dezesseis anos, sucediam –se sem interrupção um ou dois anos de efebia, cujo programa era o mesmo. (pag.34) 

5.22-Além do caráter publico,da musica e da ginástica, havia outra diferença. Nenhum romano de bom nascimento pode se dizer culto se não aprendeu co um preceptor q língua e a literatura grega. (pag.34) 

6-Adolescência (pag. 34) 
6.1-Os intelectuais gregos que, como os italianos do século XVI, iam alugar seus talentos no estrangeiro exerciam naturalmente sua sabedoria medica ou filosófica em grego, língua e suas ciências; em Roma acabavam aprendendo, pela força do uso, uk pouco de latim. (pag.34) 

6.2-Aos doze anos o pequeno de boa família  deixa o ensino elementar; aos catorze, abandona as vestis infantis e tem o e tem o direto de fazer tudo o que um jovem gosta de fazer; aos dezesseis ou dezessete, pode optar pela carreira publica. (pag.34) 

6.3-Um filho de senador, por exemplo : aos dezesseis anos completos, torna-se cavaleiro.; aos dezessete ocupa seu primeiro cargo publico.   (pag.34) 

6.4-À aprendizagem no exercito das coisas cívicas e profissionais acrescenta –se o estudo escolar da cultura  o povo tem uma cultura nas mãos a ambição de se tornar culto. (pag.36) 

6.5-A escola forçosamente ensinará a todos os notáveis prestígios para todos, mas que interessam a pouca gente,mesmo que aqueles que admiram de longe. (pag.36) 

6.6-E como uma instituição logo se considera um fim em si mesma logo se considera   um fim em si mesma, ensinará principalmente, e dirá clássico, o que é mais facilmente insanável desde os tempos de Atenas clássicas . (pag.36) 

6.7-(...)... a retórica soube elaborar uma doutrina mastigada e pronta para ser ensinada, assim os jovens romanos de doze a dezoito anos aprendiam a ler seus clássico, depois estudavam a retórica. (pag.36) 

6.8-(...)...E o que é a retórica?  Não é uma coisa útil, que contribui para a “sociedade”. A eloquência   da tribuna e também a do tribunal desempenharam um grande  papel na Republica Romana . (pag.36) 

6.9-Ainda no Império o publico acompanhava os processos como hoje acompanhamos  a vida literária, e a gloria dos poetas não tinha a auréola de larga popularidade que cingia a fonte dos oradores  de talento. (pag.36) 

6.10-A aprendiam por tanto a arte da eloquência? Não, pois logo a retórica tal como era ensinada na escola se tornou uma arte á parte. (pag.36)  

6.11-Os temas e discursos propostos aos pequenos romanos nada tinham a ver com o mundo real; ao contrario, quanto mais estapafúrdio  fosse um tema, mais matéria fornecia a imaginação a retórica r=tonava-se um jogo de sociedade. (pag.36) 

6.12-Essa foi a genealogia do ensino antigo: da cultura á vontade de cultura, desta á escola e daí ao exercício escolar transformando num fim em si mesmo. (pag.37) 

7-O Fim da Juventude (pag.37) 

7.1-Enquanto “dá a Sila o conselho de abdicar a ditadura” ou deliberar sobre o que a jovem violentada deve escolher, o pequeno romano torna-se púbere. (pag.37) 

7.2-Para os médicos, Celso ou rufo de Éfeso, a epilepsia é uma doença que se cura sozinha na puberdade, ou seja no momento em que as meninas têm as primeiras regras  e os meninos fazem amor pela primeira vez.  (pag.37)  

7.3-Entre a puberdade e o casamento os meninos gozavam, portanto, um período em que a indulgencia dos pais era admissível.   (pag.37) 

7.4-Durante cinco ou dez anos, o jovem frequentava prostitutas, tomava amantes ; como um grupo de adolescentes, forçava a porta de uma mulher da vida para a violação  coletiva. (pag.37) 

7.5-Infelizmente não se tinha a essas louváveis atividades físicas, trasladadas da educação esportiva cara á civilização grega. (pag.37) 

7.6-Em Roma sempre se reconheceu como um privilegio dos rapazes ricos percorrer as ruas aos bandos, a noite, para espancar ou maltratar os burgueses e destruir um pouco as lojas. (pag.38)  

7.7-(...)...o jovem Nero não faltou ao costume , tanto que quase foi arrebentado por um senador que o bando agrediu e não reconheceu o imperador entre seus agressores. (pag.38)

7.8-Os mesmos jovens serviam de claque e torcida para as equipes de gladiadores e cocheiros entre as quais se dividiam as preferências do publico, cuja paixão entre as quais se dividiam as preferências do publico. (pag.38)

7.9-São  privilegio da juventude e também privilegio do grupo constituído de jovens. Na hora do casamento acabam –se as amantes, acabam-se as relações com os favoritos. (pag.38)

7.10-Tal foi ao menos a primeira moral romana. Mas, ao longo do século II de nossa era, pouco a pouco se difunde a nova moral . (pag.38)

7.11-(...)... fortalecia-se as lendas médicas ( não esqueçamos que a medicina antiga tem mais ou menos a mesma seriedade cientifica da medicina da época de Molière.  (pag.38)

7.12-(....)... essa moral trata de confiar a sexualidade ao casamento, até para os rapazes e de iniciar os pais a conservá-los virgens até o dia das núpcias. (pag.38)

7.13-Não se trata de puritanismo, e sim de higiene já os rapazes conjugais são outra coisa: confunde-se  com a instituição cívica e natural do casamento e conseqüentemente constitui um dever. (pag.38)

7.14-Marco Aurélio, imperador, e também  filósofo, se felicitara por “haver salvaguardado a flor de sua juventude,  por não ter feito cedo demais ato de virilidade a até mesmo passado o tempo”. (pag.38)  

7.15-Os médicos prescrevem a ginástica e os estudos filosóficos para tirar dos jovens a energia venérea . (pag.39)

7.16-Deve-se evitar a masturbação: não que ela propriamente tire as forças, mas faz amadurecer muito cedo uma puberdade que será um fruto imperfeito porque precoce. (pag.39)

8-Matar o pai (pag. 39)

8.1-A essa nova modalidade acrescentam-se  argumentos tirados da velha moral, cívica e zelosa do patrimônio. (pag.39)

8.2-A passagem da idade de homem já não era um fato físico reconhecido por um direito habitual, e sim uma ficção jurídica . (pag.39)

8.3-Civismo um jovem que abusou da indulgencia em relação a seus prazeres terá perdido
a oportunidade  que não encontrará mais . (pag.39)

8.4-Os juristas sempre se preocuparam mais com o patrimônio que com a moral. Ora se a herança paterna demora, um púbere de catorze anos pedira empréstimos a juros para pegar seus prazeres.  (pag.40)

8.5-Quintiliano conta, sem grandes espantos, que um nobre de dezoito anos teve tempo de fazer da amante sua herdeira antes de morrer na flor da idade. (pag.40)

8.6-Chegamos num ponto importante e talvez o seja uma particularidade do direito romano, que surpreenda os gregos, era que púbere ou não, casado ou não, um menino permanecia sob a autoridade paterna e só se torna inteiramente romano “pai de família”, após a morte do pai. (pag.40)

8.7-Consequência: um jovem de dezoito anos é órfão institui a amante como herdeira, enquanto um homem de idade madura não pode realizar nenhum ato jurídico com sua própria  autoridade se ainda tem pai vivo. (pag.40)

8.8-Juridicamente, sem duvida o poder paterno atenuava-se. Não é todo mundo que deserda os filhos, e para isso é necessário primeiro não morrer intestado.   (pag.40)

8.9-Quanta à morte do filho por sentença paterna, que  desempenha um grande papel na imaginação romana, os últimos exemplos datam de Augusto e indignaram a opinião publica.  (pag.40)

8.10-Mas o pai pode lhe conceder certo capital, o pecúlio  do qual disporá como quiser. E depois o pai pode simplesmente  decidir emancipa-lo. O filho portanto, tinha razões para esperar e meios para agir. (pag.40)

8.11-Ele não pode fazer um gesto sem o pai; conclui o contrato, libertar um escravo, elaborar seu  testamento.  (pag.41)

8.12-A essas humilhações acrescenta se o risco de ser deserdado, que é real. Vamos folhear a correspondência de Plínio. (pag.41)

8.13-(...)... “Fulano institui o irmão como herdeiro universal, em detrimento da  própria filha”, “Sicrana deserdou o filho”,”Beltrano, deserdado pelo pai” .... (pag.41)

8.14-A opinião pública, tão poderosa sobre os espíritos da classe alta, veremos,  não censurava automaticamente: julgava. “tua mãe teve razão para te  deserdar que era legitima”. (pag.41)

8.15-Servidão final: o filho não pode fazer carreira sem o consentimento do pai; sempre poderá ser nomeado senador, se for nobre. (pag.41)

8.16-Em muitos edifícios públicos da Ásia da África romana, construído á custa dos conselhos a título de suas honras lê-se uma inscrição informando que o pai dispendeu  o dinheiro pelo filho.   (pag.42)

8.17-O filho que teria a custosa honra de fazer carreira era aquele que o pai escolhesse.  (pag.43)

 9-Testamento  (pag.42)

9.1-A morte do pai anuncia a herança dos filhos, exceto  azar, e, em todo caso, o fim de uma espécie de escravidão;  os filhos tornavam se adultos e a filha  se não fosse casada ou divorciada, tornava-se herdeira. Livre para casar-se com quem quisesse. (...)... ainda era preciso que a herdeira não caísse sob outra autoridade a do tio paterno. (pag.42) 

9.2-Assim não nos surpreendemos com a obsessão do parricídio e sua relativa frequência. (pag.42) 

9.3-Os romanos plenamente homens são, portanto  só os cidadãos livres que, órfãos ou emancipados, são “pai de família’,  casados ou não, donos ou não de patrimônio. (pag.42) 

9.4-O pai de família  tem um lugar á parte na moral vigente  e Aulo Gélio diz isso, ao relacionar a seguinte discussão. “deve-se sempre obedecer o pai”. (pag.42) 

9.5-A autoridade da família e a dignidade social dos pais de família tem o testamento como arma e como símbolo. (pag.43) 

9.6-Pois o testamento constitui uma espécie de confissão em que o homem social se revela inteiramente  e pelo qual seria julgado . (pag.43) 

9.7-A leitura publica do testamento era o acontecimento publico do momento, pois as disposições e heranças não eram tudo e o testamento adquiria valor de manifesto. (pag.43) 

9.8-O falecido também poderia insultar pot mortem aqueles a quem havia detestado secretamente  e reconhecer os valores. (pag.43) 

9.9-A política imiscuía-se um senador sempre tido como homem sério perdeu tal reputação por causa de seu testamento. (pag.43) 

9.10-Sabemos da importância que em outras sociedades tinham o ritual do leito de morte e das ultimas palavras. (pag.43) 

10-O Casamento (pag.45)

10.1-Na Itália romana, um século antes ou depois de nossa era, cinco ou seis milhões de homens e mulheres são livres e cidadãos. (pag.45) 

10.2-Contam-se ainda em dois milhões de escravos, que são ou domésticos ou trabalhadores agrícolas. (pag.43) 

10.3-Sobre seus costumes sabemos apenas que a instituição privada do casamento lhes era proibida e como tal permanecerá até o século III.  (pag.45) 

10.4-Consta que essa gente vivia em estado de promiscuidade social. (pag.45) 

10.5-(...).. com exceção de um punhado de escravos de confiança que administrava a casa dos senhor. (...)... Esses privilégios tomavam por logo tempo  uma concubina exclusiva ou a recebiam das mãos  do senhor. (pag.43) 

11-Como Sabe se Alguém é Casado. (pag.43)

11.1-Voltemos pois aos homens livres. Entre eles alguns nasceram livres das justas núpcias de um cidadão e uma cidadã; outros são bastardos nascidas de um cidadã. (pag.45)

11.2-(...)... e todos podem recorrer á instituição cívica do casamento. Tal instituição é paradoxal a nossos olhos: o casamento romano é um  ato privado. (pag.45)

11.3-(...)... (não existe contrato de casamento, mas apenas um contrato de dote...supondo que a prometida possua um contrato de dote) e até informal. (pag.45)

11.4-(...)...por mais que se diga, era obrigatório. Em suma o casamento era um fato privado, como entre nós o noivado. (pag.45)

11.5-Então como um Juiz, em caso de litígio por herança, podia decidir se um homem e uma mulher eram legitimamente  casados? (pag.45)

11.6-Na falta de gestos ou indícios formais, decidia-se pelos indícios para estabelecer os fatos. Que índicos? (pag.45)

11.7-(...)...Por exemplo: atos inequívocos, tais como uma constituição de dote, ou gestos que provam a intenção de ser esposo.  (pag.46)

11.8-Era fundamental determinar  se os conjugues estavam unidos em justas núpcias; pois o casamento instituição privada não escrita e solene era uma instituição de fato que criava efeitos  de direitos.  (pag.46)

11.9- As vezes os Juristas hesitavam legitimamente: simples desavença ou verdadeira separação. (pag.46)

 11.10-A cerimônia nupcial implicava a presença de testemunhas uteis em caso de contestação. (pag.47)

11.11-A noite de núpcias desenrolava-se com uma violação legal, da qual a esposa saia “ofendida contra o marido” (que habituado a usar escravas, não percebia bem a iniciativa da violação ) .  (pag.47)

11.12-A china também conhecia esse estranho derivativo . estando grávida, a esposa abstem-se do amplexo conjugal durante toda a gravidez.  (pag.47)

11.13-Um poeta chega a prometer em seu epitalâmio uma tarde de amor ao novo esposo ousadia perdoável no dia seguinte ás núpcias; do contrario, fazer amor sem ser  á noite constituiria descarada libertinagem. .  (pag.47)

11.14-Porque as pessoas se casavam? Para esposar um dote (era um dos meios honrosos de enriquecer) e para ter, em justas boda, rebentos que. Sendo legítimos recolhiam a sucessão; e perpetuariam o corpo cívico.    (pag.47)

11.15-(...)...um século depois deve considerar-se como bom marido e oficialmente respeitar a mulher. .  (pag.47)

11.16-Porque tal mudança? Michel Foucult acha que o papel do  homem dos machos, myda quando o império sucede a republica e as cidades gregas independentes; os membros da classe dirigente, cidadãos militantes que eram, tornam-se notáveis locais e fiéis súditos do imperador.  (pag.48)

11.17-O ideal Greco-romano de autodomínio de autonomia, estava ligado á vontade de exercer também um poder sobre  a vida publica.   (pag.48)

11.18-Ora o estoicismo pregou á exaustão a nova moral do casal. (pag.48)

11.19-Nos campos italianos, os camponeses livres pequenos proprietários ou meeiros dos ricos eram casados: não se sabe mais sobre eles; civismo ou estoicismo, tais opções não lhes diziam respeito. (pag.48)

11.20-Moral cívica, depois moral do casal. Quando se passou de uma a outra, em um século ou dois, o que mudou foi menos a conduta das pessoas. (pag.48)

11.21-E essas formas comportavam o conteúdo. A primeira moral dizia; casar-se é um dos deveres do cidadão.A segunda “ Quem quer ser um homem de bem deve fazer amor para ter filhos”    (pag.48)

11.22-A primeira moral não questiona a fundamentação das normas: como apenas as justas núpcias permitiam gerar cidadãos de forma regulamentar deve-se obedecer e casar.  (pag.48)

11.23-A segunda, menos militarista, quer descobrir um embasamento das instituições como casamento existe a sua duração ultrapassar em muito o dever de gerar filhos. (pag.48)

11.24-Em sua a nova moral queria dar prescrições justificadas a pessoas racionais; sendo incapaz de ousar criticar as instituições. (pag.48)

11.25-Na velha moral cívica, a esposa era apenas um instrumento da função de cidadão e chefe de família. Fazia filhos e aumentar o patrimônio   (pag.49)

11.26-Na segunda moral a mulher é uma amiga; tornou-se “ a companheira de toda a vida” . Só lhe resta continuar racional. (pag.49)

11.27-Em suma, o casal chegou ao Ocidente no dia em que a moral decidiu se  perguntar por que boa razão um homem e uma mulher deviam passar a vida juntos e não mais aceitou a instituição como uma espécie de fenômeno natural.  (pag.49)

12-O Casamento como Dever a Cumprir (pag.49)

12.1-Essa nova moral formula-se assim: “Eis o dever do homem casado”. A formulação da moral cívica. (pag.49)

12.2-Casar-se é um dos deveres do cidadão. (pag.49)

12.3-“O casamento é uma fonte de confusão, todos sabemos, mas é necessário se casar por civismo” (pag.49)

12.4-O casamento não era algo implícito, mas explica; o que criou a ilusão de uma crise da nupcialidade de uma difusão do celibato. (pag.49)

12.5-O casamento, era como um dever entre outros, uma opção. Não é o “fundamento de um lar”  (pag.50)

12.6-A esposa será menos a companheira desse senhor que o objeto de uma de suas opções. Tanto será um objeto que dois senhores poderão repassá-la amigavelmente. (pag.50)

 12.7-O casamento pé apenas um dos atos da vida, e a esposa não passa de um dos elementos da casa, que compreende igualmente os filhos, os libertos , os clientes e os escravos “se teu escravo, teu liberto, tua mulher ou teu cliente ousam replicar, tu te enraiveces”, escreve Sêneca. (pag.50)

12.8-Senhor e senhora formam um “casal” ? O senhor permite que os visitante  vejam  a senhora, como os ocidentais atuais ou a senhora se retira rapidamente, como nos países islâmicos. (pag.50)

12.9-A mulher é uma criança grande da qual se deve cuidar por causa do dote e do nobre pai. (pag.50)

12.10-Tais infantilidades desconcertantes são realidades que acarretam consequências nas relações políticas entre senhores. (pag.50)

12.11-Se a esposa engana criticam-no por falta de vigilância ou de firmeza e por deixar o adultério florescer na cidade. (pag.51)

12.12-Assim como repreendemos os pais  muito fracos e que mimam os filhos, os quais acabarão caindo na delinquência, aumentando a insegurança publica. (pag.51)

12.13-O único meio de um marido ou pai prevenir tal dano era ser o primeiro a denunciar publicamente a má conduta dos seus. (pag.51)

12.14-Como os maridos enganados são mais ultrajados que ridículos  e as divorciadas levam seu dote consigo. (pag.51)

12.15-Nada mais estranho aos romanos que o sentido bíblico da apropriação de uma carne, não os repugnava esposar uma divorciada ou, como o imperador Domiciano aceitar voltar com a esposa que durante algum tempo havia sido a mulher de outro homem. (pag.51)

13-Falso Nascimento do Casal.  (pag.52)

13.1-Sendo o casamento um dever cívico e uma vantagem patrimonial tudo que a velha moral exigia dos esposos era que executasse uma tarefa definida: ter filhos cuidar da casa (pag.52)

13.2-No casamento os esposos  terão o dever estrito de cumprir suas respectivas tarefas. Se, além disso se entenderem bem, será um mérito adiciona, não uma preocupação. (pag.52)

13.3-O amor conjugal era sorte, não base do casamento nem condição do casal. Todos sabiam o desentendimento era um flagelo difundido por tida parte e resignavam-se . (pag.52)

13.4-(...)...os moralistas diziam que, aprendendo a suportar as falhas e os humores de uma esposa o homem se formava para afrontar as penas do mundo. (pag.52)

13.5-Os historiadores elaboravam listas de casais unidos até a morte; o que impedia , ao cumprimentar um recém –casado, e se disse como obvio. (pag.52)

13.6-Não sendo obrigatório, maior era o mérito de tratar bem a esposa, ser “bom vizinho, anfitrião  amável, meigo com a mulher e clemente com o escravo” (pag.52)

14-A Nova Ilusão. (pag.53)

14.1-O casal já teria chegado ao Ocidente? Não: mérito não é de ver. Nunca? Exalta –se o entendimento onde é constatado, mais ninguém o coloca como norma pressuposta da instituição.  (pag.53)

14.2-Este será o caso na nova moral, aparentada como o estoicismo, em que o ideal do casal se torna, aparentada com o estoicismo, em que o ideal do casal torna-se um dever. (pag.53)

14.3-Na antiga moral, ela se classifica entre os domésticos, nos quais mandava por delegação marital. (pag.53)

14.4-Ocorre com essa transformação moral o mesmo que com toda a historia: depois de um século de sociologia da cultura mais e mais historiadores confessam-se incapazes de explicar as mudanças culturais e admitem não ter a menor ideia da possível explicação casual  nessa matéria. (pag.54)

14.5-O senador Plínio não pertencia a nenhuma seita; escolhera a eloquência mais que a sabedoria. (pag.54)

14.6-Ele mesmo declara ter com a mulher relações elegantes e sentimentais e demonstrar  o maior respeito, profunda amizade e todas as virtudes . (pag.54)

14.7-Outro neutro, o senador Tárcito, admite, contar a tradição republicana, que uma mulher pode acompanhar o marido quando este parte para governar uma província.  (pag.54)

14.8-O individuo só devia se submeter aos papeis sociais combatíveis com a inclinação para autarcia e com a simpatia não menos natural que impele a cada homem a  se interessar por seus semelhantes. (pag.56)

14.9-Mas o estoicismo foi vitima de seu êxito num meio de letrados ricos e poderosos e tornou-se uma versão doutra moral corrente . (pag.56)

14.10-(...)... os deveres do homem em relação  a si mesmo e a seus semelhantes são identificados com a instituições que essa doutrina degenera procura interiorizar a moral. (pag.56)

15-Castos Esposos (pag.56)

15.1-Além desse conformismo voluntarista em que se transformou havia uma finidade mais autentica entre o estoicismo e a nova moral conjugal. (pag.56)

15.2-Ora o estoicismo era uma doutrina da autonomia moral, do controle do individuo racional tradicional sobre si mesmo, do interior, só é preciso que esse individuo preste incessantemente atenção a todos os detalhes de rota da vida. (pag.56)

15.3-Base da instituição é preciso casar,ensina Antipater de Tarso para dar cidadãos à pátria e porque a propagação da espécie humana está em conformidade com o plano divino universal  (pag.56)

15.4-O adultério constitui um roubo ensina Epictero; roubar a mulher do próximo é tão indelicado quanto tirar a porção servida aos vizinhos da mesa. (pag.56)

15.5-O casamento diz Sêneca, consiste de uma troca de obrigações, desiguais, talvez, mais diferente, sendo a da mulher obedecer. (pag.56)

15.6-Agravamento da instituição como vemos. Pois sendo o casamento uma amizade , os esposos devem fazer amor apenas para ter filhos a sem se arriscar demais, não se deve tratar a esposa como amante, assevera Sêneca.  (pag.57)

15.7-E o próprio Pompeu, quase grande homem, não se deita com a esposa no momento da despedida, embora não fosse estoico.  (pag.57)


15.8-A razão se pergunta: Porque fazer isso? Contraria sua natureza planificadora dizer: “afinal porque não fazer”. (pag.59)

15.9-No entanto o cristianismo não é um monólito, em seus primeiros séculos evoluiu muito mais quem o estoicismo. (pag.59)

15.10-Além disso, é muito diverso. O Cristão Clemente de Alexandria  foi influenciado pelo estoicismo a ponto de recopiar conjugais do estoico Musônico sem mencionar o verdadeiro autor.  (pag.59)

15.11-Quando Santo Agostinho, um dos mais prodígios inventores de ideias que o mundo já conheceu, achou mais simples inventar sua  própria  doutrina do casamento. (pag.59)

15.12-Há mais uma moral não se reduz ao que manda fazer, mesmo que as regaras conjugais de uma parte do paganismo e de uma parte do cristianismo sejam textualmente as mesmas.

15.13-Tal proclamação no entanto não tem as mesmas consequências se é feita por uma doutrina de sabedoria que dá aos indivíduos livres, para sua autonomia neste mundo. (pag.59)

15.14-(...)... caso os achem convincentes; e se a mesma proclamação  é feita por uma Igreja todo-poderosa que entende governar as consciências para sua salvação no além e deseja legislar sobre todos os homens sem exceção. Estejam eles convencidos ou não. (pag.59)























Ser filho não era uma condição genética, biológica, mas de reconhecimento  por parte do pai. Existia um ritual simbólico de reconhecimento do homem. A mulher cabia à função de reproduzir três filhos e cumprir a sua cidadania. O sentimento de família maternal paternal não existia. Os filhos não eram cridos com pais. Esse abandono acarretou sérios problemas para Roma porque houve um colapso do decréscimo da população ficando assim grande quantidade de escravos.
Percebemos no texto que a cultura romana era regida toda por um sistema e sentimento  burocrático jurídico.  Assassinatos abandonos das crianças, era tudo legal para manter a conta familiar e a distribuição  da herança controlada, não podia fragmentar muito para não empobrecer. Em uma sociedade que acreditava seriamente no direito romano de simplesmente eliminar os indesejados no caso das crianças que eram as maiores vitimas.
            O final é muito interessante quando ele faz uma analise sobre o nascimento do cristianismo, e sua relação e adaptação do estoicismo e paganismo. E de uma instituição que seria a Igreja viria a usar essa ideologia do cristianismo, que nasceu no germe do estoicismo, para impor as pessoas que eles acreditassem ou não na nova moral nascente.  




































REFERENCIA:

VEYNE, Paul. O Império Romano. In ÀRIES , Philippe; DUBY, George. Historia da vida privada; do império romano ao ano mil. São Paulo Companhia das letras, 1993.

































                                     




[1] Fichamento exigido como parte da 1ª avaliação da disciplina:  Sociedade e Cultura na Antiguidade  Clássica e Medievalidade . Ministrada pela professora: Maria Raimunda Martins Gonçalves.
[2] Aluno do curso de licenciatura em História da Faculdade Ipiranga, turma LHN 02