terça-feira, 14 de agosto de 2012

Enfrentar o Passado


É preciso desvendar dissecar o passado, e os rumores sobre as investigações, e causas que nos levam, há exatos 21 anos macabros da história do Brasil pós 64, não apenas os 21 anos, mas os antecedentes a época, e os interesses hoje em ocultar esses fatos. Esse passado está tão recente que ainda há quem se veja temeroso de retornar do exílio ao Brasil, diante do terror que foi a ditadura.
Faz 20 anos, que acabaram os 21 anos da duríssima ditadura militar, e a perseguição política, que é um fato e estava amparado pelo Ato institucional Nº 5. Na mesma época, em que a esquerda começava a pegar em armas,  com o apoio de Cuba, e com treinamentos para a formação, do ato de guerrilha.
“Bem antes a esses acontecimentos, o momento crucial ao golpe, foi quando,  o Presidente João Goulart em discurso afirmava. O golpe que nos queremos  desejamos, é o golpe das reformas de base necessários ao nosso País”. Um dia depois veio o golpe, que a principio eles queriam ser identificados como revolucionário e não golpistas.
Os famigerados  golpistas, para selar qualquer tentativa de se repor a Republica, ou de questionar o regime, foram promulgados, o documento AI-5. Ele era pequeno, e muito perigoso, com quatro paginas e 12 artigos. Ao ser assinado mudou a fase do Brasil, e o mergulhou nas trevas.
O AI-5 foi um golpe dentro do golpe, para quem queria ampliar os porões da ditadura, foi entendido como uma licença para matar. “Se o chefe vacila, ultrapassemos o chefe era o que falavam”. Nas palavras de  Jarbas Passarinho; Quer dizer a cúpula sabia de tudo, e o futuro  cruel que estava por vir.
Militares reprimiram com violência, as manifestações, passeatas, festas culturais parecida com o Fórum  Social hoje, mataram estudantes, e invadiram teatros. O AI-5, foi o  mais cruel dos Atos Institucionais, foi uma resposta para a pressão que o governo vinha sofrendo pela democratização do País.
Ainda hoje, existem muitos questionamentos, sobre a participação estrangeira no golpe, principalmente Norte Americana. O presidente, Lyndon Jonhson que perdeu força e desistiu da reeleição, por causa dos rumores que o Brasil estava tomando, quando Jango assumiu a presidência. Era tudo que os EUA não poderiam sonhar ver um esquerdista no poder. Percebemos o grau de desenvolvimento Americano, enquanto nos afundávamos  numa ditadura, que estava por vir, eles já estavam no sistema de reeleição.
A indícios que, houve ações internacionais para ocultar os conteúdo, sobre essa época esses indícios ocorridos atualmente.  E essas forças também tinham interesse em trazer o Brasil para o seu lado, estou falando dos EUA, com o seu democrático capitalismo e URSS, através de Cuba, e seu igualitário  comunismo. É esse jogo que envolvia o Brasil, e os acontecimentos aqui,  poderia ter relação direta com o exterior.
Em outros Países Sul Americanos, a democratização foi diferente da nossa. Na Argentina, havia julgamentos até de ex presidentes que cumpriam penas por violar direitos humanos.                                                                                                  
Terminada a ditadura muito militares, e os assinantes do AI-5 saíram ilesos, e a democratizada Nação, ainda segue com muitos desaparecidos,  pesquisas já revelaram que a cúpula do regime era no mínimo conivente com as torturas, e mortes que ocorriam no porão.
Desde a segunda guerra mundial, a tortura de prisioneiros, o assassinato de adversários políticos e o desrespeito ao corpo do inimigo é considerado crime. Nesses Países, os arquivos da repressão foram abertos, e os militares chegaram a pedir desculpas pelos excessos, numa analise relativa,  Argentina-1966 15 a 20 mil opositores  mortos, Peru e Panamá- 1972, no Chile 1973 a estimativa é de 3 mil mortos.
Ainda há forças, no Brasil querendo apagar os vestígios dos crimes, se igualando aos nazistas. Há cerca de 380 famílias que ainda procuraram seus parentes  para enterrar dignamente, embora não se espere a revelação de digamos, um holocausto  de milhares de guerrilheiros, mas  até hoje o numero exato é  ignorado, mesmo se fosse uma vitima, ainda sim poderia ser considerado  um crime contra a humanidade.
Quando as Forças Armadas se manifesta, sinalizam que boa parte teria sido destruída. Em 2005, o programa Fantástico da Rede Globo mostrou imagens de papeis queimados pouco tempo antes na Base Aérea de Salvador. Outro ponto polemica, nos arquivos que já foram abertos, há sinais de que algumas coisas inconvenientes já desapareceram, e que nunca serão encontradas.  Isso não é especulação, é fato, é critica é história.  

  Sebastião pereira Viana Júnior

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