domingo, 11 de maio de 2014

ZEISTGEST ADDEDUM Zeitgeist significa espírito de época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. É uma palavra alemã. Retirado do vídeo Zeitgest Adendum; Tradução PT/BR; Jamila. Em 25/09/2013




Voz de John Perkis. Ex chefe de economia, assassino econômico parece que ele é Italiano; Agente Confesso; trabalhou de 1971 a 1981 na firma Internacional de Consultoria de Chas T. Main. Trabalho para os EUA. Também é posto a sociedade alternativa, em resposta a sociedade capitalista cheia de injustiças. O projeto Venus de  Jaques Fresco e  Roxanne Meadows.                     


Algumas abordagens deste vídeo

*Corporotocracia: Entenda o que é isso.
*Dinheiro: Ele não existe, cria-se para endividar países.
*Resistência à exploração: O homem cria varias formas de resistência protesto etc. Ao chegar ao extremo são chamados de terroristas
*Globalização: Terrível forma de invadir países periféricos, e os deixar dependente. Endividando – os
*Assim Nasce o Terrorista: Da resistência à ditadura capitalista, e desigualdade no mercado.

Outros Tópicos com cronometragem
1:06 - Tecnologia
1:10 - Projeto Venus
1:15:52 - Economia Baseada em Recursos
1:29:48 - Educação




           
Jaques Fresco e  Roxanne Meadows                     John Perkins; “assassino econômico”



Os velhos apelos ao preconceito racial, sexual, religioso, ao fervor nacionalista raivoso, estão começando a falhar. “A questão de quem eu sou, se eu sou bom ou mau, bem-sucedido ou não, tudo isso se aprende no caminho. É só um passeio. Nós podemos muda-lo à hora que quisermos. É só uma escolha. Sem esforço, sem trabalho, sem emprego, sem economias. Eu percebi que estava jogando errado.
O jogo era descobrir o que eu já era”.

(ENTRADA)
           
Veremos o quão importante é trazer para a mente humana a revolução radical. Essa crise é uma crise de consciência. Uma crise que não pode mais aceitar as velhas normas, os velhos padrões, as antigas tradições. E, considerando o que o mundo é hoje, com toda miséria, conflito, brutalidade destrutiva, agressão e assim por diante...
O Homem ainda é o mesmo de antes. Ainda é bruto, violento, agressivo, acumulador, competitivo... Ele construiu uma sociedade nestes termos.

TRADUÇÃO PT/BR
JAMILA

“Não é demonstração de saúde, ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.” A sociedade de hoje é formada por várias instituições. De instituições políticas, instituições legais, instituições religiosas, instituições de classe social, instituições de valores familiares, de especialização profissional, etc. É óbvia a profunda influência que essas estruturas tradicionalizadas possuem sobre a forma de nossas compreensões e perspectivas. Entretanto, de todas as instituições sociais nas quais nascemos que nos guiam e nos condicionam... Parece não haver nenhum sistema tão subestimado e mal compreendido, como o sistema monetário. Tomando proporções quase religiosas, a instituição monetária estabelecida existe como uma das formas mais incontestadas de fé que existem. Como o dinheiro é criado, as políticas que o governam e como ele realmente afeta a sociedade, são interesses desconhecidos da grande maioria da população. Em um mundo onde 1% da população possui 40% da riqueza do planeta, em um mundo onde 34 mil crianças morrem diariamente de pobreza e doenças evitáveis, onde 50% da população vivem com menos de 2 dólares por dia... Uma cosia está clara: Algo está muito errado. Estejamos cientes disso ou não, o sangue nas veias de todas as nossas instituições estabelecidas e, portanto, da sociedade em si, é o dinheiro. Logo, entender essa instituição de política monetária, é essencial para entender porque nossas vidas são como são. Infelizmente, economia é um assunto frequentemente visto com fusão e tédio. Sequencias infinitas de termos financeiros aliadas a cálculos intimidadores, fazem as pessoas rapidamente desistir de tentar entende-la. No entanto, o fato é: A complexidade associada ao sistema financeiro é somente uma máscara criada para ocultar uma das estruturas mais socialmente estagnantes que a Humanidade já tolerou.

“Ninguém é mais escravo que aquele que falsamente se acredita livre.”

I

Alguns anos atrás, o banco central dos EUA, a Reserva Federal, criou um documento chamado “Mecânica monetária moderna”. Este publicação detalhava a prática institucionalizada de criação de dinheiro como é utilizada pela Reserva Federal e a rede global de bancos comerciais que ele sustenta. Na página de abertura o documento afirma seu objetivo: “O propósito deste livreto é descrever o processo básico de criação de dinheiro em um sistema bancário de reservas fracionadas”. Ele então descreve esse processo de reservas fracionadas, através de terminologia bancária diversa, cuja tradução seria algo como isto: O governo dos EUA decide que precisa de dinheiro. Então ele fala com a Reserva Federal e pede, digamos 10 bilhões de dólares. O RF responde: “Claro, vamos comprar 10 bilhões em títulos públicos de vocês”. Aí o governo pega alguns papéis, coloca símbolos neles que os fazem parecer oficiais, e os chama de títulos do Tesouro. Ele atribui a esses papéis o valor de 10 bilhões de dólares e os envia para a RF. Em troca, o pessoal de RF imprime uma quantia de papéis deles próprios. Só que desta vez, com o nome de notas da Reserva Federal. Também atribuindo o valor de 10 bilhões de dólares a esses papéis, a RF pega essas notas e as troca pelos títulos. Assim que a transição é concluída, o governo pega os 10 bilhões em notas da RF e deposita em uma conta bancária. E com esse depósito as notas de papel passam oficialmente a ter valor de moeda, adicionando 10 bilhões ao suprimento monetário dos EUA. E aí está!Foram criados 10 bilhões de dólares em dinheiro. Claro, este exemplo é uma generalização, pois na realidade essa transação ocorre eletronicamente, sem nenhum uso de papel. Na verdade só 3% do suprimento monetário dos EUA existem em moeda física. Os outros 97% existem somente nos computadores. Então, títulos públicos são, por definição, instrumentos de endividamento, e quando a RF compra esses títulos com dinheiro criado basicamente do nada, o governo está na verdade prometendo devolver esse dinheiro à RF. Em outras palavras, o dinheiro foi criado a partir de uma dívida. Esse paradoxo estarrecedor, de como o dinheiro ou o valor podem ser criados a partir de dívidas ou um responsabilidade, ficará mais claro a medida em que continuarmos esse raciocínio. Bem, a troca foi realizada e agora 10 bilhões de dólares estão em uma conta bancária comercial... Aqui é onde isso fica interessante, já que, com base na prática de reservas fracionadas, esse depósito de 10bilhões torna-se instantaneamente parte das reservas do banco, como todo e qualquer depósito. E, no que se refere à exigência de reservas, como está no “Mecânica monetária moderna” : “Um banco deve manter reservas legalmente exigidas equivalente a uma porcentagem definida de seus depósitos.”Isso é quantificação quando se afirma que: “Pelas normas vigentes, a reserva exigida para a maioria das contas correntes é de 10%.” Assim, dos 10 bilhões depositados, 10% ou 1 bilhão, é guardado como reserva exigida enquanto que os outros 9 bilhões são considerados excedente de reserva e podem ser usados como base para novos empréstimos. O lógico seria presumir que esses 9 bilhões estão literalmente saindo do depósito existente, de 10 bilhões. Porém, esse não é o caso. O que ocorre é que os9 bilhões são criados a partir do nada, sobre o depósito existente de 10 bilhões. É assim que o suprimento bancário é expandido. Como é afirmado no “Mecânica monetária moderna” :Naturalmente eles, os bancos, não saldam o dinheiro que recebem como depósitos. Se isso fosse feito, nenhum dinheiro adicional seria criado. O que eles fazem aos realizar empréstimos é aceitar notas promissórias, “contratos de empréstimo” em troca de crédito, “dinheiro” para as contas correntes de quem toma o empréstimo. Em outras palavras, os 9 bilhões podem ser criados do nada simplesmente porque existe uma demanda por tal empréstimo e porque existe um depósito de 10 bilhões que atende às exigências de reserva.Agora vamos imaginar que alguém entre num banco e tome emprestado os 9 bilhões recém-disponibilizados. Eles provavelmente vão pegar esse dinheiro e deposita-lo em sua própria conta bancária. O processo então se repete, já que esse depósito se torna parte das reservas do banco. 10% é isolado e em seguida 90% dos 9 bilhões, ou 8,1 bilhões, tornam-se dinheiro rescém-criado, disponível para mais empréstimos. E claro, esses 8,1 bilhões podem ser emprestados e depositados criando mais 7,2 bilhões e mais 6,5bilhões e mais 5,9 bilhões, etc. Este ciclo de criação de dinheiro pode se tornar tecnicamente infinito. O cálculo médio é de que cerca de 90 bilhões de dólares podem ser criados a partir dos 10 bilhões originais. Em outras palavras: Para cada depósito que é feito no sistema bancário, pode-se criar 9 vezes esse valor a partir do nada.

Precisando de dinheiro?. Peça ao Bank of America, em pouco de dinheiro instantaneamente e reconfortante, dinheiro de conveniente empréstimo pessoal. Agora nós entendemos como o dinheiro é criado por esse sistema de reservas fracionadas. Pode-se ocorrer uma pergunta lógica, ainda que desconcertante: Mas o que está dando valor a esse dinheiro recém-criado? A resposta: O dinheiro que já existe. O dinheiro novo basicamente tira valor do suprimento monetário já existente, já que o montante total de dinheiro está aumentando independente da demanda por bens e serviços. E como a oferta e demanda definem o equilíbrio, os preços sobem reduzindo o poder de compra de cada dólar. Isso é normalmente chamado de inflação.

A inflação é basicamente um imposto oculto cobrado das pessoas. Que conselho se costuma dar? Eles dizem: “inflacione a moeda”. Eles não falam: “depreciem a moeda”. Eles não falam: “desvalorizem a moeda”. Eles não falam: “enganem quem já está garantido”. Eles dizem: “reduza as taxas de juros”. A verdadeira fraude ocorre quando distorcemos o valor do dinheiro. Quando criamos dinheiro do nada, não temos economias. E ainda há o que se chama de “capital”. Minha pergunta se resume a: Como é que podemos resolver os problemas da inflação, ou seja, o aumento de dinheiro, com mais inflação? Claro que não podemos.

(13:46)

O sistema de reservas infracionadas para expansão monetária é infracionário por si só, uma vez que o ato de aumentar as ofertas de dinheiro, sem que haja uma expansão proporcional de bens e serviços na economia SEMPRE vai depreciar a moeda. De fato, uma análise rápida dos valores do dólar americano em comparação com a oferta de dinheiro reflete claramente essa questão, já que a relação completa é óbvia. 1 U$ em 1913 valia o equivalente a 21,60U$ em 2007. Isso é uma desvalorização de 96% desde que a Reserva Federal passou a existir. Agora, se essa realidade de inflação inerente e perpétua, parece absurda e economicamente autodestrutiva... Espere um pouco, pois absurdo é pouco para definir como o nosso sistema financeiro realmente opera. Em nosso sistema financeiro, dinheiro é dívida e dívida é dinheiro. Este é um gráfico do suprimento monetário nos EUA de 1950 a 2006. E este é um gráfico da dívida nacional dos EUA no mesmo período. Veja que interessante: As tendências são virtualmente as mesmas, pois quanto mais dinheiro existe, mais dívidas. E quanto mais dívidas existem, mais dinheiro.

Colocando de outro modo: Cada dólar na sua carteira é devido por alguém a outra pessoa. Lembre-se: O único modo de o dinheiro passar a existir é através de empréstimos. Logo, se todos no país pudessem pagar todas as suas dívidas, incluindo o governo, não haveria um único dólar em circulação. “Se não houvesse dívidas em nosso sistema financeiro, não haveria dinheiro.”(Marriner Eccles – Governador da Reserva Federal / 1941). Na verdade, a última vez na história americana, em que a dívida nacional foi totalmente quitada foi em1835, depois de o presidente Andrew Jackson fechar o banco central anterior a Reserva Federal. Toda a plataforma política de Jackson girava essencialmente em torno desse compromisso de fechar o banco central.

Declarou certa vez: “Os grandes esforços feitos pelo banco atual para controlar o governo, são apenas premonições do destino que aguarda o povo americano, caso sejam induzidos à perpetuação desta instituição ou ao estabelecimento de outra do mesmo tipo.” Infelizmente essa mensagem teve vida breve e os banqueiros internacionais conseguiram instalar outro banco central em 1913; a Reserva Federal. E enquanto essa instituição existir, o endividamento perpétuo é inevitável. Bom, até agora discutimos o fato real de que o dinheiro é criado de dívidas a partir de empréstimos. Estes empréstimos são baseados nas reservas de um banco, reservas originadas por depósitos. Através desse sistema de reservas fracionadas, qualquer depósito pode criar 9 vezes seu valor original. Por sua vez, a depreciação do dinheiro em circulação eleva os preços para a sociedade e, como todo esse dinheiro é criado a partir de dívidas e circula aleatoriamente através do comércio, as pessoas acabam distanciadas de sua dívida original. Existe um desequilíbrio quando pessoas são forçadas a competir por empregos a fim de obterem dinheiro suficiente do suprimento monetário, para cobrir seu custo de vida. Por mais defeituosos e distorcido que tudo isso pareça, ainda falta um elemento que omitimos desta equação, e é esse elemento da estrutura que revela a natureza fraudulenta inerente ao sistema: A cobrança de juros.

Quando o governo toma dinheiro emprestado da Reserva Federal, ou quando uma pessoa toma empréstimo de um banco, ele quase sempre deve ser devolvido com juros pesados. Em outras palavras:Quase todos os dólares que existem, um dia terão de ser devolvidos a um banco, acrescido de juros.Porém, se todo o dinheiro é emprestado do Banco Central e expandidos pelos bancos comerciais através de empréstimos, somente o que chamamos de “principal” está sendo criado no suprimento de dinheiro.Então, onde está o dinheiro para cobrir os juros que são cobrados?Em lugar nenhum. Ele não existe.As ramificações disso são inacreditáveis, pois a quantia de dinheiro devida aos bancos SEMPRE será maior que a quantia de dinheiro em circulação. E é por isso que a inflação é uma constante na economia, pois o dinheiro novo é SEMPRE necessário para ajudar a cobrir o déficit embutido no sistema, causado pela necessidade de se pagar juros. Isso também significa que, matematicamente, a inadimplência e as falências são literalmente partes do sistema. E será sempre a parte mais pobre da sociedade que sofrerá com isso.

Uma analogia seria a dança das cadeiras: Quando a música para sempre sobra alguém de fora. E a ideia é essa: As riquezas verdadeiras são invariavelmente transferidas das pessoas para os bancos, pois se você não puder pagar sua hipoteca, eles tomarão sua propriedade. Isso é particularmente revoltante quando você percebe não só que a inadimplência é inevitável devido à prática de reservas fracionadas, mas também porque o dinheiro que o banco lhe emprestou, nem mesmo chegou a existir legalmente. Em 1969, houve um caso na justiça de Minnesota envolvendo um homem chamado Jerome Daly, que estava recorrendo do arresto de sua casa pedido pelo banco que lhe cedeu empréstimo para comprá-la. Seu argumento era que o contrato de hipoteca exigia que ambas as partes, ele e o banco, possuíssem uma forma legítima de propriedade para transação. Em linguagem legal, isso é chamado de contraprestação. (Um contrato baseia-se na prestação de uma parte à outra). O Sr. Daly explicou que, na verdade o dinheiro não era propriedade do banco, já que ele havia sido criado do nada, assim que o termo do empréstimo foi assinado. Você lembra do que o “Mecânica moderna monetária” dizia sobre empréstimos? O que eles fazem, quando oferecem empréstimos, é aceitar as notas promissórias em troca de créditos. As reservas não são alteradas pelas transações de empréstimo. Porém, créditos de depósitos são considerados como adições ao total de depósitos do sistema bancário. Ou seja: O dinheiro não vem dos bens que já existem. O banco está simplesmente inventando-o, sem criar nada que lhe pertença, exceto uma suposta responsabilidade no papel. À medida que o caso evoluiu, o presidente do banco, o Sr. Morgan, prestou depoimento. E no memorando pessoal do juiz, ele registrou que: “O reclamante, presidente do banco, admitiu que, juntamente com o Banco da Reserva Federal, criaram o dinheiro e os créditos através de lançamentos nos livros-caixa. O dinheiro e o crédito passaram a existir quando eles os criaram.” O Sr. Morgan admitiu que não havia lei ou estatuto nos EUA que lhe desse direito de fazer isso. Uma contraprestação legal precisa existir e ser oferecida para validar a nota. Disse o juiz: “O júri concluiu que não havia contraprestação legal e estou de acordo.”. Ele praticamente completava “Somente Deus pode criar algo de valor a partir do nada.” Diante dessa revelação, a corte rejeitou o pedido de arresto feito pelo banco e Daly ficou com sua casa. As implicações dessa decisão judicial são imensas, pois sempre que você toma dinheiro emprestado de um banco, seja uma hipoteca ou um cartão de crédito, o dinheiro que eles lhe dão não só é falso, como também é uma forma ilegítima de contraprestação, o que, portanto anula o contrato, uma vez que o banco nunca teve o dinheiro como sua propriedade. Infelizmente esses acontecimentos são reprimidos e ignorados e o jogo perpétuo de transferência de riquezas e de dívidas continua. Isso nos leva à pergunta final: Por quê?

Durante a Guerra Civil Americana, o presidente Lincoln rejeitou os empréstimos com altos juros oferecidos pelos bancos europeus e decidiu fazer o que os patriarcas fundadores defendiam que era criar uma moeda independente e livre de dívidas. Isso foi chamado de “GREENBACK” (notas de dólar). Pouco depois de essa medida ser tomada, um documento interno circulou entre bancos americanos e ingleses, dizendo: “A escravidão é simplesmente a posse da mão de obra e exige cuidar dos trabalhadores, enquanto o plano europeu

(22:30)

é que o capital controle a mão de obra controlando seus salários”. Isso pode ser feito controlando o dinheiro. Seria insuficiente permitir o Greenback... pois não podemos controlá-los. A política de reservas fracionadas praticada pela Reserva Federal, que se espalhou como prática da maioria dos bancos do mundo é na verdade um sistema moderno de escravidão. Pense nisso: O dinheiro é criado a partir de dívidas. O que as pessoas fazem quando possuem dívidas? Elas buscam empregos para poder pagá-las. Mas se o dinheiro só pode ser criado a partir de empréstimos,como a sociedade vai ficar livre de dívidas algum dia? Ela não pode e essa é a questão. E é o medo da perda de bens, junto com a luta para se manter com dívidas perpétuas e inflação como parte do sistema,compostos pela escassez inevitável característica da oferta de dinheiro, criados pelos juros que nunca poderão ser pagos, que mantém o escravo do salário na linha, correndo sem sair do lugar, com milhões de outros. Efetivamente, fortalecendo um império que só beneficia a elite no topo da pirâmide. No fim das contas, pra quem você realmente trabalha? Os bancos! O dinheiro é criado no banco e acaba invariavelmente de volta ao banco. Eles são os verdadeiros senhores, junto com as corporações e governos que os apoiam. A escravidão física exige moradia e comida para os trabalhadores. A escravidão econômica exige que as pessoas consigam sua própria moradia e comida. Esse é um dos engodos mais engenhosos para a manipulação social já criados. Em sua essência está uma guerra invisível contra a população. A dívida é a arma usada para conquistar e escravizar sociedades, e os juros são a munição principal. Enquanto a maioria de nós circula sem saber dessa realidade, os bancos, associados aos governos e corporações continuam a aperfeiçoar e expandir suas táticas de guerra econômica, implantando novas bases como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto também inventam um novo tipo de soldado: O nascimento do assassino econômico.
(25:08)

II

Há dois modos de subjugar e escravizar uma nação. Um é pela força o outro é pelas dívidas. Nós, assassinos econômicos, de fato fomos os responsáveis pela criação desse império realmente  global. Trabalhamos de muitas maneiras diferentes. Talvez a mais comum seja identificar um país que tem recursos, como petróleo. E em seguida conseguir um empréstimo enorme para esse país através do Banco Mundial ou uma de suas organizações irmãs. Só que o dinheiro nunca vai realmente para o país. Ele acaba indo para as nossas grandes corporações para criar projetos de infra-estrutura nesse país. Usinas de energia, parques industriais, portos... Coisas que beneficiam uns poucos ricos desse país e também as nossas corporações, mas não a maioria das pessoas. Entretanto, essas pessoas, o país inteiro acaba ficando com uma enorme dívida. A dívida é tão grande que eles não conseguem pagá-la, e isso é parte do plano... Eles não podem pagá-la!

Então num certo ponto, nós assassinos econômicos, vamos lá e dizemos: “ouça, você perdeu muito dinheiro, não vai conseguir pagar sua dívida, então...” “Venda seu petróleo bem barato para nossas petroleiras” , “deixe-nos construir uma base militar no seu país...” , “envie tropas para apoiar uma das nossas, em algum lugar do mundo como o Iraque, ou vote na gente na próxima cúpula da ONU”. Pedem pra privatizar sua companhia elétrica e vender seu sistema de água e esgoto para corporações americanas ou outras corporações multinacionais.

Então é uma coisa que só cresce, e é muito típico, esse modo como o FMI e o Banco Mundial operam. Eles colocam um país em uma dívida, aí eles se oferecem para refinanciar a dívida, e feito isso, se cobra mais juros. E eles exigem esse “escambo” que é chamado de condicionalidade ou boa governança, que basicamente significa que eles têm que vender seus recursos, incluindo muitos serviços sociais, suas empresas de serviços básicos, às vezes seus sistemas educacionais, seus sistemas penitenciários... para corporações estrangeiras. Isso é um ganho duplo, triplo, quádruplo!

IRÃ, 1953
A introdução do Assassino Econômico começou mesmo, no começo dos anos 50, quando o Dr. Mohammad Mossadegh, escolhido democraticamente, foi eleito no Irã. Ele era considerado “A esperança da Democracia” no Oriente Médio ou no mundo. Ele foi o Homem do Ano da Revista Time. Porém uma das questões que ele trazia e queria implementar era a ideia de que as petroleiras internacionais deveriam pagar muito mais Ao povo iraniano pelo petróleo que estavam retirando do Irã e de que o povo iraniano deveria se beneficiar de seu próprio petróleo. “Política estranha”? Claro que não gostaríamos disso, mas tivemos medo de fazer o que estávamos fazendo, que era enviar os militares... Em vez disso enviamos um agente da CIA, Kermit Roosevelt, parente de Teddy Roosevelt, e com alguns milhões de dólares, ele mostrou-se muito eficiente e em pouco tempo Mossadegh foi deposto e foi substituído pelo xá do Irã, que sempre foi favorável ao petróleo, e isso funcionou muito bem.

REVOLTA NO IRÃ
Bombas explodem por todo o Irã, um oficial do exército anuncia que Mossadegh se rendeu e seu regime como ditador virtual do Irã acabou. Fotos do xá são exibidas pelas ruas à medida que os sentimentos mudam. O xá é bem-vindo em seu lar.’ Aqui nos EUA, em Washington, as pessoas olharam aquilo e disseram “uau, aquilo foi fácil e barato!” Então se estabeleceu um modo novo de manipular países e criar impérios. O único problema de Kermit é que ele era um agente da CIA identificado e se ele tivesse sido pego, as implicações poderiam ter sido muito sérias. Então naquele momento tomou-se a decisão usar consultores privados para canalizar o dinheiro através do Banco Mundial ou uma das outras agências que treinam pessoas como eu, que trabalham para empresas privadas. Assim, se fosse-mos pegos, não haveria consequências governamentais.
(29:16)

GUATEMALA, 1954
            Quando Jacobo Árbenz Guzmán virou presidente da Guatemala, o país estava sob jugo da empresa United Fruit e grandes corporações internacionais e, Árbenz abraçava o seguinte discurso: “Queremos devolver a terra para as pessoas”. E assim que assumiu o poder ele estava implementando políticas que fariam exatamente isto, devolver o direito à terra ao povo. A United Fruit não gostou muito disso, e então contratou uma empresa de relações públicas para realizar uma grande campanha nos EUA, para convencer o país, o povo, os cidadãos dos EUA, a imprensa e o congresso dos EUA, de que Árbenz era uma marionete soviética. Se permitissem que ele continuasse no poder, os soviéticos teriam uma brecha neste hemisfério. Naquela época havia um grande temor na cabeça de todos, do terror vermelho comunista... Para encurtar a história, a partir dessa campanha de relações públicas surgiu um comprometimento da parte da CIA e dos militares, de derrubar esse homem. E de fato conseguimos! Enviamos aviões, enviamos soldados, enviamos chacais, enviamos tudo o que podíamos para derruba-lo. E conseguimos. Assim que ele deixou seu gabinete, o sujeito que o sucedeu basicamente devolveu tudo para as mãos das corporações internacionais, incluindo a United Fruit.

EQUADOR, 1981
            O Equador, por muitos anos havia sido governado por ditadores a favor dos EUA, normalmente muito violentos. Decidiu-se que haveria uma eleição realmente democrática e Jaime Roldós se candidatou declarando que sua meta como presidente seria garantir que os recursos do país fossem usados para ajudar o povo. E ele venceu com folga, com uma vantagem jamais vista no Equador, e começou a implementar suas políticas para que os lucros do petróleo fossem para ajudar as pessoas. Bem, nós nos EUA não gostamos muito disso. Fui enviado com outros assassinos econômicos para “dar um jeito” em Roldós, corrompê-lo, cerca-lo, para dizer a ele: “bem, você sabe, você e sua família podem ficar muito ricos se você jogar nosso jogo, mas se você continuar com essas políticas, promessas... você vai ter que sair”. Ele não quis nos ouvir. Ele foi assassinado. Assim que o avião em que estava caiu, toda a área foi cercada e as únicas pessoas autorizadas no local foram os militares dos EUA que vieram de uma base próxima dali., e os militares do Equador. Quando começaram uma investigação, duas das testemunhas chave morreram em acidentes de carro antes de dar depoimento. Aconteceram muitas coisas estranhas em relação ao assassinato de Jaime Roldós.

            Quem investiga o caso como eu não tem dúvidas de que ele foi assassinado e, claro, na minha posição de assassino econômico eu sempre imaginava que algo aconteceria com Jaime, fosse um golpe ou assassinato, mas ele seria tirado de cena porque, ele não era corrupto, ele não se deixava corromper da forma que queríamos.

(32:25)

PANAMÁ, 1981
            Omar Torrijos, presidente do Panamá, era um dos meus favoritos, eu realmente o admirava. Ele era um homem que realmente queria ajudar seu país. Quando eu tentava suborná-lo, corrompê-lo, ele dizia: ‘Olha, John – ele me chamava de Juanito – Olha, Juanito, eu não preciso do dinheiro, o que eu preciso é que o meu país seja tratado com justiça. Preciso que os EUA paguem as dívidas que possuem com meu país, por toda a destruição que vocês causaram aqui. Preciso estar em uma posição onde eu possa ajudar outros países latino-americanos a se tornarem independentes e se libertarem desta presença terrível do norte, com a qual vocês vêm nos explorando tão terrivelmente. Preciso que o Canal do Panamá esteja de volta às mãos do povo, é disso que eu preciso’. ‘Me deixem em paz, parem de tentar me subornar’.Isso foi em 1981, e em maio daquele ano Jaime Roldós foi assassinado. Omar sabia muito bem o que era isso, então juntou sua família e disse: ‘provavelmente sou o próximo, mas tudo bem, porque eu fiz o que vim fazer, renegociei o canal, agora ele estará em nossas mãos’. Ele tinha acabado de fazer um acordo com Jimmy Carter. Em junho de 1981, apenas dois meses depois, ele também morreu em um acidente aéreo, que certamente foi realizado por chacais apoiados pela CIA. Há evidências de que um dos agentes entregou ao presidente quando ele embarcava, um pequeno gravador que continha uma bomba.

(34:15)

VENEZUELA, 2002
            É interessante ver como esse sistema continua, e mesmo através dos anos, com a diferença de que os assassinos estão ficando cada vez “melhores”. Temos também o que aconteceu recentemente na Venezuela em 1998, Hugo Chávez foi eleito presidente, depois de uma longa seqüência de presidentes muito corruptos, que haviam basicamente destruído a economia do país. Chávez foi eleito nessa época.Ele enfrentou os EUA, exigindo que o petróleo venezuelano fosse usado para ajudar ao povo venezuelano.Bom, nós não gostamos muito disso nos EUA. Então, em 2002, foi organizado um golpe e para mim e outras pessoas, não há dúvida de que a CIA estava por trás desse golpe. O modo como esse golpe foi organizado era muito

(35:09)

Parecido com o de KERMIT ROOSEVELT tinha feito no Irã, eles pagavam as pessoas para irem ás ruas, para protesto o governo como impopular. Se você consegue que alguns milhares façam isso, a VT pode fazer com que isso apreça acontecer no país todo, se espalhando. Porém no caso de Chávez ele foi inteligente, e o povo estava tão do seu lado que ele conseguiu superar o golpe.
Isso foi um fenômeno na história da América Latina.

IRAQ, 2003
O Iraque é um exemplo perfeito de como esse sistema trabalhada, nós assassinos somos a primeira linha, vamos primeiro e tentamos corromper o governo, fazendo com que aceitem enormes empréstimos por meio dos quais nos os controlamos. Se falhamos como falhei no Panamá com OMAR TORRIJOS e no Equador JAIME ROLDÓS que se recusaram a ser subornados. Ai enviamos a segunda linha defesa é o envio de “chacais”. Eles são os que derrubam os governos ou assassinam líderes. Em seguida, começa um novo governo no qual ditamos a política, afinal das contas o novo presidente sobre o que acontecerá se não obedecer. No caso do Iraque, ambas as estratégias falharam, os assassinos não conseguiram fazer contato com Saddam Hussein. Nós tentamos fazê-lo assinar um acordo muito similar ao que temos com os saudistas na Arábia. Mas ele não aceitou, então mandamos os chacais para matá-lo mas não conseguiram, a segurança dele era eficiente e além disso ele já havia trabalhado na CIA, ele foi contratado para assassinar o presidente anterior do Iraque, mas falhara. Portanto ele conhecia o sistema então em 1991 mandamos as tropas e vencemos o exército iraquiano. A partir disso presumimos que Saddam Hussein mudaria de ideia. Nós poderíamos tê-lo matado naquela época, mas não queríamos perder a sua liderança pensamos que ele conseguiria controlar os “CORDOS”, manter os iranianos em seu país e continuamos abastecendo com petróleo, já que tínhamos desse lado o seu exército, ele cederia. Os assassinos econômicos voltaram nos anos 90, e falharam se tivesse dado certo ele ainda estaria governando o seu país. Estaríamos vendendo a ele todas as armas que quisesse  mas eles não conseguiram, os chacais não conseguiram derrubá-lo de novo. Então enviamos o exército para terminar o trabalho e dessa vez deu certo. Nós os derrubamos e no processo se criaram contratos de construção civil muito lucrativo para reconstruir o país que tínhamos destruído o que é um ótimo negócio se você é uma empresa do ramo de construção. Então o Iraque as 3 etapas, os assassinos que falharam, os chacais  que falharam e por fim, o exército foi enviado. E assim criamos um império mundial mais isso foi feito muito sutilmente, e todos os impérios do passado foram criados militarmente, e todos os povos sabiam que eles estavam sendo criados. Os britânicos, os franceses, alemães, romanos, gregos, eles tinham orgulho disso e sempre havia algumas desculpas, como levar a civilização ou uma religião mas todos sabiam que isso estava acontecendo! Mas não! A maioria do povo americano não faz ideia de que vive às custas de um império clandestino, que hoje em dia há mais escravidão do que em qualquer outra época. Então nos perguntamos: se isso é um império, quem é o imperador? Obviamente  não são os presidentes dos EUA. Um imperador não é eleito, não existe tempo de mandato e não dá satisfação à ninguém. Não podemos classificar os presidentes assim, mas temos o que considerar um equivalente, que é o que eu chamo de “CORPORATOCRACIA”. A corporatocracia é liderada por um grupo de indivíduos que gerenciam as grandes empresas e eles realmente agem como imperadores, desse império eles controlam a mídia direta ou indireta através da publicidade, controlam a maioria dos políticos, pois financiam suas campanhas tanto através das corporações quanto por doações pessoais. As corporações não são eleitas, não cumprem um tempo de mandato ou dão satisfação e no topo da corporatocracia você não consegue saber se os líderes trabalham para as corporações ou para o governo, pois eles sempre estão trocando de posição, você tem alguém que uma hora é o presidente de uma grande construtora como a Halliburton, e em seguida é o vice presidente dos EUA ou um presidente que vem do ramo petroleiro

(39:59)

            Isso Vale para republicanos e democratas pois ambos tem líderes indo e vindo entre as áreas. De certa forma nosso governo é invisível a maior parte do tempo, mas suas políticas são aplicadas pela corporação em um nível ou outro, e novamente as políticas do governo basicamente

(40:18)
            são criadas pela CORPORATOCRACIA e apresentadas pelos líderes políticos, criando uma relação muito profunda. Isso não é uma teoria de conspiração, essas pessoas não se reúnem e ficam tramando. Todos eles trabalham a partir de uma premissa básica, que é a maximização de lucros sem considerar os custos sociais e ambientais. Maximizar lucros, independente do impacto social e ambiental.”

            Esse processo de manipulação corporativa através de dívidas, corrupção e golpes também é chamado de GLOBALIZAÇÃO.

(41:00)

            Assim como a RF mantém o povo americano em uma posição de servidão incondicionalatravés de dívidas infinitas, inflação e juros, o Banco Mundial e o FMI cumprem esse papel em nível global.A farsa é simples: Coloque um país em dívida, seja por sua própria imprudência ou seja pela corrupção dolíder desse país. E então imponha “condições” ou “políticas de ajuste estrutural” que frequentementeconsistem em:Desvalorização da moeda; Quando o valor de uma moeda cai, o mesmo vale para tudo avaliado atravésdela. Isso torna os recursos nativos disponíveis para países predadores, por uma parcela de seu valorreal. Cortes no financiamento de programas sociais que normalmente incluem Educação e Saúde,comprometendo o bem-estar e a integridade da sociedade e deixando as pessoas vulneráveis àexploração.Privatização de empresas públicas; Isso significa que sistemas com importância social podem sercomprados e controlados por corporações estrangeiras que visam lucro.
           
            Por exemplo; em 1999 o BancoMundial insistiu que o governo boliviano vendesse o sistema de água e esgoto da terceira maior cidade, àuma subsidiária da americana Bechtel. Assim que isso aconteceu, as contas de água dos moradores locais já empobrecidos dispararam.

(42:18)

            Foi só depois de uma intensa revolta popular que o contrato com a Bechtel foi anulado. E existe também a liberalização do comércio ou a abertura da economia. Isso dá margem a uma série de manifestações de abuso econômico, como; corporações transacionais trazerem seus produtos de fabricação em alta escala, prejudicando a produção nativa e arruinando economias locais. Um exemplo é a Jamaica, que depois de aceitar empréstimos

(42:55)

            e condições do Banco Mundial, perdeu seus maiores mercados de safras por causa da competição com importados ocidentais. Hoje muitos agricultores estão sem trabalho porque não podem competir com as grandes corporações.Outra variação é a criação aparentemente desapercebida, de várias exploradoras desumanas e não-fiscalizadas, que se aproveitam das dificuldade vigentes. Além disso, devido à produção descontrolada, a destruição do meio ambiente é contínua, uma vez que os recursos de um país são frequentemente explorados por corporações diferentes, que também emitem enormes quantidades de poluição proposital. O maior processo em Direito Ambiental da história mundial está ocorrendo em favor de 30 mil pessoas do Equador e da Amazônia, contra a Texaco agora propriedade da Chevron, logo, é contra a Chevron, mas sobre atividades realizadas pela Texaco.

            Estima-se que a quantidade de poluição seja 18 vezes o que o Exxon Valdez despejou na costa do Alasca. No caso do Equador, não se tratou de um acidente; As petroleiras agiram de propósito, eles sabiam que estavam fazendo isso para economizar em vez de fazer o escoamento correto, indo além, uma rápida observação do histórico de desempenho do Banco Mundial, revela que a instituição que declara publicamente ajudar países e reduzir a miséria, não fez nada além de aumentar a pobreza e as diferenças sociais enquanto os lucros corporativos só sobem.

            Em 1966, a desigualdade de renda entre o quinto país mais rico e o mais pobre do mundo era de 30 para 1. Em 1998, era de 74 para 1. Enquanto oPIB global cresceu 40% entre 1970 e 1985, a margem de pessoas na faixa de pobreza cresceu 17%. Entre1985 e 2000, o número de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia cresceu 18%. Mesmo a Comissão Conjunta de Economia do congresso americano, admitiu que a taxa de sucesso dos projetos do Banco Mundial é de meros 40%.

            No fim dos anos 60, o Banco Mundial interveio no Equador, com grandes empréstimos. Nos 30 anos seguintes a pobreza cresceu de 50% para 70%. O desemprego foi de15% para 70%. A dívida pública saltou de 240 milhões para 16 bilhões, enquanto a parcela de recursos destinados aos pobres caiu de 20% para 6%.Em 2000, 50% do orçamento nacional do Equador estavam sendo alocados para pagamento de dívidas.

(45:41)

            É importante entendermos que o Banco Mundial é na verdade um banco americano, atendendo a interesses americanos, pois os EUA têm poder de veto sobre as decisões, já que é o maior fornecedor de capital. E de onde eles tiram esse dinheiro? Acertou: Ele foi criado do nada pelo sistema bancário de reservas fracionadas. Das 100 maiores economias do mundo, com base no PIB, 51 são corporações, das quais 47 ficam nos EUA. A Wal-Mart, a General Motors e a Exxon têm mais poder econômico que a Arábia saudita, a Polônia, a Noruega, a África do Sul, a Finlândia, Indonésia e muitos outros. E à medida que as barreiras comerciais são quebradas, moedas são unificadas e manipuladas nos mercados de especulação, e as economias dos governos passam para o lado do inimigo no capitalismo global o império se expande. Você fica diante de sua telinha de 21 polegadas e reclama sobre os EUA e a democracia. Os EUA não existem nem a democracia existe apenas  IBM a ITT e AT&T DU PONT, DOW, UNION, CARBIDE e a EXXON. Estas são as nações do mundo hoje.

Do que você acha que os russo falam em seus conselhos de Estado, Karl Marx? Eles pegam seus gráficos de planejamento linear, teorias de decisões estatísticas, soluções mínimas e máximas e calculam a possibilidade de custo-benefício de suas transações e investimentos como nós. Não vivemos mais em um mundo de nações e ideologias, Sr Biel, o mundo é um grupo de corporações inevitavelmente determinadas pelas regras mutáveis dos negócios o mundo é um negócio senhor Biel. Tomadas de modo crescente, as integrações do mundo como um todo especialmente no quesito qualidade de capitalismo de “mercado livre” representa um verdadeiro “império” no seu direito.

            Poucos têm sido capazes de controlar aos “ajustes estruturais” e “condições” do Banco Mundial, ou do FMI, ou das decisões da Organização Mundial do Comércio, que mesmo inadequados determinam o significado de globalização econômica... O poder da globalização é tão grande que durante nossas vidas provavelmente veremos a integração, mesmo que desigual, de todas as economias nacionais do mundo, num único sistema de mercado livre global. O mundo está sendo dominado por um punhado de negócios poderosos

(28:27)

            que controlam os recursos naturais que precisamos para viver, enquanto controla o dinheiro que precisamos para obtê-los. O resultado final será um monopólio mundial, baseado não na vida humana, mas em poder corporativo e financeiro. Conforme a desigualdade cresce, claro, mais e mais pessoas se desesperam. Então o sistema foi forçado a criar um novo modo de lidar com quem desafia este sistema. Assim nasceu o “TERRORISTA”.

(49:00)

O termo “terrorista” é uma descrição vazia, dada a qualquer pessoa ou grupo que escolhe desafiar o “establishment”. Isso não deve ser confundido com a fictícia Al Qaeda, que é na verdade o nome de umbanco de dados criado pelo Mujahadeen com apoio americano nos anos 80. 
“Na verdade NÃO EXISTE nenhum exército terrorista islâmico chamado Al Qaeda. E qualquer oficial da inteligência bem informado sabe disso. Mas existe uma campanha de propaganda para que o povo acredite na presença de uma entidade identificada... O país por trás dessa propaganda é os EUA.”
Pierre-Henry Bunel (especialista francês de inteligência militar).
Em 2007 o departamento de defesa recebeu 161,8 bilhões de dólares para a chamada guerra global contrao terrorismo. De acordo com o Centro Nacional Anti-terrorismo, em 2004 cerca de 2000 pessoas tinhamsido mortas intencionalmente em razão de supostos atos terroristas. Desse número, 70 eram americanos.

Usando esse número como uma média, o que já é muito generoso, é interessante notar que o dobro depessoas morrem de alergia a amendoim por ano, comparando com o terrorismo. Ao mesmo tempo, acausa principal de mortes nos EUA são doenças coronárias, que matam cerca de 450 mil pessoas por ano.Em 2007 os fundos destinados pelo governo para pesquisa nessa área foram cerca de 3 bilhões de dólares.Isso quer dizer que em 2007, o governo dos EUA gastou 54 vezes mais dinheiro prevenindo o terrorismodo que prevenindo a doença que mata 6600 vezes mais pessoas por ano, que o terrorismo.

Ainda assim os nomes; terrorismo e Al Qaeda estão obrigatoriamente estampados em todos os jornais. Omito se expande! No meio de 2008 o Procurador Geral dos EUA chegou a propor que o congressoamericano declarasse oficialmente GUERRA À FANTASIA, para não falar que até julho de 2008 existia maisde 1 milhão de pessoas na lista de terroristas monitorados pelos EUA. Essas “Medidas Anti-Terrorismo”,naturalmente não têm nada a ver com proteção social e tudo a ver com a preservação do sistema.Enquanto cresce o sentimento anti-americano dento do país e internacionalmente, o que é legitimamentebaseado na expansão gananciosa do império corporativo que está explorando o mundo.

Os verdadeiros terroristas do nosso mundo não se encontram no escuro, à meia-noite, ou gritam “AllahAkbar” antes de um ato violento. Os verdadeiros terroristas usam ternos de 5 mil dólares e trabalhamnos mais altos cargos das finanças, do governo e das empresas.E então, o que fazer?
Como paramos um sistema de ganância e corrupção que tem tanto poder e impetuosidade?

(52:08)

Como paramos esse comportamento grupal aberrante, que não tem compaixão por,digamos, os milhões de massacrados no Iraque e no Afeganistão, para que a corporatocracia controle recursos energéticos e a produção de ópio e gere lucro em Wall Street? Antes de 1980, o Afeganistão produzia 0% do ópio mundial. Depois que Mujahadeen ganhou a guerra com a URSS com apoio da CIA e dos EUA, eles passaram a produzir 40% da heroína mundial em 1986. Em 1999, eles estavam produzindo 80% do total no mercado. Então algo inesperado aconteceu. Os talibãs subiram ao poder e em 2000, já haviam destruído a maioria dos campos de ópio. A produção caiu de 3 mil toneladas para apenas 185,uma redução de 94%. Em 9 de setembro de 2001, os planos de invasão ao Afeganistão estavam na mesa do presidente Bush. Dois dias depois eles tinham uma desculpa (nesse momento aparece a imagem das torres gêmeas sendo atingidas pelos aviões).

(53:05)

Hoje a produção de ópio no Afeganistão controlado pelos EUA fornece mais de 90% da heroína do mundo, quebra recorde de produção todo ano.
Como paramos um sistema de ganância e corrupção que condena populações pobres à escravidão nas fábricas em benefício da Avenida Madison? Ou que arquiteta ataques terroristas falsos com o propósito de manipular? Ou que cria “Modos Embutidos” inerentemente explorados de operação social? Ou que reduz sistematicamente as liberdades civis e viola os direitos humanos para se proteger das consequências de seus próprios atos?Como lidamos com as inúmeras instituições encobertas, como o Conselho de Relações Internacionais, a Comissão Trilateral, o Clube de Bilderberg e outros grupos eleitos de forma não-democrática, que às portas fechadas, se reúnem para controlar os elementos políticos, financeiros, sociais e ambientais de nossas vidas?
Para encontrar a resposta, primeiro devemos encontrar a causa principal, pois o fato é, que os grupos corruptos e famintos de lucro não são a fonte do problema. Eles são SINTOMAS.

(54:24)

III
A ganância e a competição não são o resultado de um temperamento humano imutável. Ganância e medo da escassez, na verdade são criados e ampliados... A consequência direta disso é que temos que lutar uns com os outros para sobreviver.” (Bernard Lierter – Fundador do sistema monetário dos EUA)
(54:42)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Educador Profissão Apaixonante.







 Escrito em 2009 durante uma greve de professores da rede publica


Segue a greve dos professores, no momento ela funcionando assim: aqueles  que aderiram a greve, estão parados algum tempo,  sem dar aula. Alguns professores estão no seu horário normal, outros firmam o protesto e mantém - se  irredutíveis. Alguns grupos  querem ser atendidos diretamente com a governadora, que manda representante, ou secretária, depende de como ela vê  e entende a importância da classe. Eles não aceitam, querem falar diretamente com a governadora.
Com um  sindicato fraco, e desorganizado, de nota zero,  e que não atinge a todos. Ao contrario do sindicato  dos rodoviários, que sabe o que quer. Estrategicamente escolhem um data, comemorativa, para entrar em ação, então o ministério publico, recebe duas pressões, do sindicato dos comerciantes, para liberar a frota se não as vendas nessa data vão dar um grande prejuízo.
Quando o ministério público, ordena colocar 40% da frota, não é porque eles estão preocupados com o trabalhador, ou com as aulas, é por causa da pressão, de duas classes que jogam sujo, ou rola algum acordo, que fica só entre eles, e que  não podemos especular aqui.Então eles tem poder porque atinge o mercado, ao contrario dos professores que tem apenas os estudantes como maiores  prejudicados.
Entre as gafes do governo, estão: Mostrar um futebol pela tv, esse que se arrasta  no quadro  nacional, falido, e sem motivação. "A propaganda Pará Terra de Direitos" em resposta a alguns acontecimentos envolvendo o campo, e o MST. Preparação de uma festa para comemorar  a escolha de Belém como uma das sede da Copa, que serviria para amenizar os ânimos dos grevistas da educação e da população.
Mas, a maior derrota que o governo sofreu, foi no futebol,  foi essa que chamou a atenção  do povo realmente. A exclusão de Belém, causou comoção e por sinal foram muito que enviaram cartas a jornais. O mais dramático, concluía que torceria contra o Brasil na Copa, imagine o que ele  vai fazer nas urnas. Acredito que,  por causa desse fato seja difícil ela conseguir a sua meta principal.
Alheio a greve, dos  professores, os escândalos que tem projetado o Estado na mídia  nacional, são triste. Como as crianças da Santa Casa. CPI da pedofilia atc. Talvez o povo não se lembraria, de um escândalo que envolvesse o  governo, caso fosse de corrupção de algum secretário, ou outro assunto. O governo iria saber contornar, e seria capas, de reeleger a governadora.
Enquanto isso, As ONGs que ministram aula de graça para alunos do pré- vestibular, estão amenizando esse problema de  falta de aula, pós hoje nos sabemos que o aluno que só assiste,  aulas de escola publica, já começa em desvantagem com relação a escola  privada.
A valorização dos profissionais da educação do estado, é um dos planos de governo, como foi debatido  na 1º Conferencia Estadual de Educação, e a projeção do (PEE) Plano Estadual de Educação.
Ficou estabelecido que a contribuição da sociedade paraense, ou seja o Governo,  para a I Conferencia Nacional de Educação Básica, segundo objetivo da conferencia Estadual, constituam-se como um recorte das deliberações desta, que se organizaram conforme os eixos temáticos propostos pelo Ministério da educação, a saber:
1-Desafios da Construção  de um sistema nacional  Articulado de educação;
2- Democratização da Gestão e Qualidade social de educação    
3- Construção do regime  de Colaboração entre os Sistemas de ensino, tendo como um dos instrumentos o financiamento  da educação;
4-Inclusão e diversidade da educação básica
5- Formação e valorização profissional

"Assim, o Governo  reafirma, o seu compromisso com uma educação publica de Qualidade para todos"

A vida de um professor, não é fácil além de ter que ministrar a família, casa, a rua onde mora, ainda tem que enfrentar, um cotidiano que não é fácil a dos alunos que reflete na escola. Então pelos rumores que a greve está tomado, no caso, alguns professores já estão voltando, desprestigia o sindicato e, confirma que a educação no Brasil não tem valor, é o que posso imaginar sobre essa falta de vontade do governo.
 Quando nos pensamos que iria  mudar alguma coisa, com um governo  popular, como ele mesmo se intitula. Com esses acontecimentos, ser governo só pode significar uma  coisa, sair contra a categoria, não abrir os arquivos da época da ditadura, no caso o presidente Lula, e empurrar com a barriga a questão da educação.
Os alunos que ficam sem aula, ganham as ruas, a praça. O quadro no bairro do Guamá é desesperador, a escola  Frei Daniel, não tem aula, percebemos um racha nesse movimento, alguns alegam que a greve é de todos, outros que não atingiu a todos.
Alheio a esse greve, acontece que, quando o professor recebe aqueles livros no inicio de cada ano letivo,  que não tem nada  ver com nossa realidade. A primeira coisa que  alguns fazem, é  descartam logo qualquer  possibilidade de estudar todo esse livro até  o fim do ano, imagine com um tempo desse perdido com a greve.
Resta aos educadores se desdobrar para  suprir a necessidade que as crianças precisam, o Pará  é o penúltimo em media de educação. Não entendo, se o foco principal da cidadania, depois da saúde é a educação, sendo que essa é quem alavanca um Estado, então porque,  o governo não dá valor a esses profissionais.
 Não que eles não se orgulhem  de ser professores, o problema é que, não estamos vendo por parte do Brasil os recursos para educação, a não ser enrolar com outros fatores  inúteis, como trocar uniforme, da policia, material escolar medíocre etc.                    
Para encerrar essa carta, vou contar uma história. Em Dezembro de 2008, cheguei em uma certa escola, para estagiar. Os alunos estavam sem aula a três meses, por causa de problemas de saúde do professor. Curiosamente quando cheguei, tinha acabado de chegar a professora substituta, keidelsen Salles, a qual me atendeu muito bem, e nos dois fomos para a sala. Seria para alunos da quinta série, ficaram alegres, os mais atentos logo  perceberam dois professores, veio me perguntar um aluno, falei que o Estado fez isso para corrigir o erro por causa de vocês terem ficado três meses sem aula, então ele mandou dois logo. Não esperei resposta, mas no outro dia aqueles mais curiosos, mais observadores,  concluíram que um de nos no caso eu, seria um estagiário,  por tanto a preocupação do governo era brincadeira completou o aluno; Nossas crianças são inteligente, assim como inocente  só precisam ser trabalhadas, e  educadas governadora ! Mas para isso é preciso in vestir em educação.



Sebastião pereira Viana Júnior
oi(91) 88693808