RESENHA ELABORADA DO LIVRO RAIZES DO BRASIL PARA
ATIVIDADES COMPLEMENTARES [1]
Raízes
do Brasil, Publicado em 1936. Por Sérgio Buarque de Holanda Temas principais: É
o Perfil do Homem Cordial; E a Falta de Educação na Colônia Portuguesa em
comparação com a Espanhola. E uma problemática sociedade Brasileira. E a falta
de importância a que se dava a educação no Brasil, pouca comparadas com outras
colônias. Editora Companhia das letras. Ano 2013
Sebastião Pereira Viana Júnior[2]
Raízes do Brasil
É um
livro que, aborda principalmente o perfil do brasileiro, o homem cordial. Mas
também fala do freio religiosa ao nosso desenvolvimento,a revolução
protestante, logo capitalista passou longe do Brasil, por isso ele levanta a
teoria de que o atraso econômico do Brasil se dá em nossas origens religiosas
com Portugal, muito católica. É uma obra com a visão marxista e com base no
trabalho de Max Weber. Ao lançar essa obra, foi uma polemica onde o autor
Sérgio Buarque, foi a fundo na investigação e supôs que o brasileiro é cordial
e respeitador, diferente do jeito europeu frio, Raízes do Brasil, também é uma
critica a elite hierárquica brasileira, acreditando ser eles o responsável pelo
atraso que caberia ao Brasil, como pobreza, tudo porque uma elite com traços
reais imperava aqui. O
conflito entre o barão de Mauá e a elite de vida copiada de sociedades mais
avançadas, cada uma nas suas respectivas formas. Inglaterra, Espanha,
Portugal.O Brasil foi colonizado por homens que tinham como principal razão a
aventura, para eles não importa o planejamento de um futuro sólido, referente
ao geral de sua sociedade, diferente de seus rivais que se lançaram ao mar, que
enxergaram o seu patrimônio como algo a evoluir não apenas financeiramente, mas
tecnicamente quer dizer eles estavam morando na Europa. Mas
sabiam administrar todo seu país como um órgão, e não apenas se dá ao luxo e ao
orgulho de viver o momento luxurioso. Segundo o autor, o Brasil de hoje se vai
bem ou mal, a culpa é dos colonizadores, radicalmente quis dizer que estamos
atrasados, e se o Brasil é do 3º mundo uma expressão hoje pouco falada é porque
os novos colonos não cuidavam nem do seu país, nem da Colônia, a não ser se
preocupar com seus caprichos. Segundo o livro as
nossas não foram apenas máquina de manobras das elites, aqui no Brasil a classe
popular fez e traçam o seu destino mudando os números de sua história de um
país que era completamente rural por herança de apenas uma elite, se tornaria
uma nação mais tarde.
Fronteiras da Europa
(pagina. 29)
Partindo
da Europa, percebemos que existem vários mundos, várias sociedades diferentes.
Cada uma com um patamar de forma de vida, que poderá causar a novos mundos uma
conseqüência a sua cultura devido à chegada desses novos seres que vivem nessa
sociedade.A nossa sociedade é fruto de uma hierarquia de má conduta em termos
de administração e organização, particularmente a portuguesa, como já dito. O novo ser de novo mundo traria
para cá uma ordem que nem pertencia a esse mundo terreno, eles vivem sob uma
ordem divina, até para si mesmo a elite acreditava ser os escolhidos dos céus
para comandar o restante. Em
Portugal a separação em classe da nobreza, das elites era quase inexistente,
mesmo que houvesse um privilégio para a hereditariedade da realeza, a outra
classe portuguesa tanto a nobreza como o rei, quase não havia diferença, por
isso acreditava haver aí muitos conflitos. Em
Portugal era comum um individuo for saído das massas, fazer nome e se entregar
a classes altas, e ao mesmo tempo voltar para a classe baixa, dependendo das
circunstancias, até a nobreza fazia-se que sente entre as massas, tanto na comida,
como davam seus filhos para alguns escolhidos a educá-los, cedendo-lhes alguns
privilégios. Seria essa
forma de vida na península Portuguesa, e se adaptar a outras necessidades
decorrentes da forma que o mundo se transforma seria quase impossível, seria
fácil eles levarem seus modos e continuarem do mesmo jeito, tanto que no
decorrer do tempo eles ficaram para traz essa relação com outros países. As duas nações que se
lançaram de imediato as navegações principalmente Portugal não ousava contestar
a tradição imposta pela Igreja no caso seria isso sempre, ao contrario da ética
calvinista que fizeram uma transformação, seria o advento da economia para os
portugueses, seria irrefutável ver as classes baixas tomar as rédeas de uma
sociedade, ou fazer uma mudança contraria a tradição escolástica. A
ultrapassada forma de viver da fidalguia estava se prejudicando as condições e
as necessidades de mudança no Estado.
Uma Elite
Por ser
de natureza que sua posição de fidalguia, ou nobreza seja intocável, parece que
essa lembrança, nos deu uma crise que acabou renascendo com a ditadura, onde
uma elite ficaria no topo e comandar um Estado. Parece
que isso tem haver como os portugueses justificavam de viver simplesmente, uma
elite cheia de glamour e riqueza. Realmente a Igreja
teve influencia de peso em Portugal a forma subserviente como queria a Igreja
que o homem fosse esquecendo a instituição ou o Estado, e vivendo apenas em uma
sociedade por viver, sem mais contestação ou mudança quer dizer, o rei seria
para sempre rei e jamais mudará. Acredito que o trabalhador
continua submisso como se fosse uma tradição religiosa, desde os tempo
medievais, essa submissão e cultural no Brasil hoje está enraizada em nossa
cultura.
Trabalho e Aventura (pagina.
41)
Os
portugueses se acharam melhor preparados para começar uma expansão marítima, de
fato é verdade, porém teria sido melhor para nós uma colonização holandesa, com
pessoas com uma mentalidade mais aberta e menos conservadora de sua posição
tradicional na sociedade. Acredito
que o tipo português, representa o aventureiro, quer dizer aquele que colhe a
fruta, mas não se importa com a árvore e nem em plantá-la, foi esse tipo de
homem que nos colonizou, que ao contrário do trabalhador vê a árvore procura conhecê-la
e vive em um problema para transformá-la a seu favor e não o ignora ou passa
por cima como os nossos colonizadores. O contraste entre o
aventureiro e o trabalhador preserva o que é seu e procura evoluir, o
aventureiro vive apenas de sua o fator da natureza também representa um
elemento favorável a hegemonia dos aventureiros, por ser o Brasil um país
extremamente favorável a atividade agrícola. A imensa riqueza não se tornaria
sólida com o passar do tempo. Ao
invés do trabalhador, ele preferiu escravizar os índios ou pelo menos tentar já
que esse não aceitava as condições de uma nova forma de vida, foram buscar na
África, lugar onde era melhor para o homem se adaptar as formas que os
portugueses necessitavam escravizar e mandar e viver como um soberano. Sobre a classe trabalhadora na colônia, e a mistura das
raças, era até aceitável, um descendente de português, com índio, ou negro
assumir um posto, mas era negado aos índios e negros de roça para assumir um
cargo que seria respectivamente a branco.Para os portugueses o negro era o mais
impuro das raças na colônia, nem era visto com bons olhos a união do negro e o
índio que para eles, iria contaminar a pureza do índio. As classes
existentes na época da colônia com referencia a prioridades administrativas,
com os cargos dependiam muito da atividade trabalhista, podendo o individuo
realizá-la, uma atividade pouco importante, mas se tivesse qualificação
correspondente a sua época, ele jamais seria eleito para exercer algum cargo,
era realmente uma cultura comercial, mas individual, não havia uma organização
para toda sociedade. A
cordialidade que tanto fala o autor pode estar ligada porque o gênero humano
que estava em posição de se ver obrigado a baixar a cabeça. Aliada a uma força
de opressão histórica desde os primórdios quando atacaram índios e escravizaram
os africanos. Com o passar dos
tempos iam surgindo os brasileiros que iam vivenciando essa caótica
colonização. Não é a toa que o processo de desenvolvimento capitalista
português era atrasado e continua até hoje como castigo por desleixo em
perseguir até aqueles que tentavam procurar outra forma de vida, ou de produzir
com melhores técnicas ou arrumar um meio de mudar os seus meios técnicos para
agilizarem e melhorar a sua maneira de dominar a terra.Nos descendemos de
homens de muita crença e fé, até na Carta de Pero Vaz de Caminha, mostra isso,
quando ele fala que seria o melhor salvar o gentil. Numa terra de pessoas
extremamente tradicionais e radicalmente ligadas as suas raízes hierárquicas e
de um nativo e de um oprimido africano não menos desenvolvidos do que os
nativos, seria impossível a instalação de uma ética protestante ou outra
cultura mais materialista se adaptar aqui, como os calvinistas holandeses.
Persistência da lavoura do
tipo Predatória
Parece
que a sociedade da América e européia não estavam muito distante, quando de
repente a plantação, as técnicas européias foram desenvolvidas na Europa, e
para cá vieram, mas não se tornando algo inédito, mesmo os índios brasileiros,
como as sociedades pré - Colombianas já faziam uma técnica até ai nada novo.
Continuaram com as técnicas já existentes antes da sua chegada. Infelizmente
parece que o clima ou a forma da natureza do Brasil não foi favorável a
agricultura, tanto que os europeus assim como portugueses e alemães aqui
tiveram que manter a forma de cultivo conhecida ou retrocederam do arado para a
enxada o que representa uma volta no tempo e um atraso. Tecnicamente e
economicamente para o futuro e a época. Se a terra fosse queimada, não renderia
o necessário do que fosse arrebatada com enxada. O arado causaria perfurações e
ajudaria a proliferação de mosquitos. As técnicas encontradas foram sendo
descobertas para driblar a dificuldade da terra arborizada, tanto pelos
europeus, até pelo homem pré colombiano que tinham suas técnicas, porém, aqui
os portugueses chegaram com a técnica da enxada a atravessaram séculos com a
mesma.
Herança Rural (pagina.
71)
Ainda
hoje o Brasil é completamente rural, e com técnicas atrasadas para a nossa
época.Um Brasil extremamente rural e com uma classe tradicional rural e com uma
classe tradicional rural, onde seus filhos adquiriam intelecto liberal
estudando na Europa, onde esses impreguinariam o parlamento que mais tarde
fariam as nossas mudanças, a mudança veio da classe dominante filhos, herdeiros
dos antigos senhores. A
mudança do sistema feudal, essa já depois de ter deixado os senhores
extremamente ricos e pelo surgimento de uma classe que não tem sua herança
rural, também tiveram influencia para a abolição da escravatura. A
Inglaterra teve grande influencia sobre a libertação dos escravos, pois eram
eles a maior potencia da época, até sentiam navios negreiros no Brasil.
Continuam com essa atividade num país em formação e mal distribuído era um mal
necessário para a elite rural. As
riquezas ou as unidades existentes no Brasil com as suas e as chibatadas à
custa do trabalho escravo pertenciam aos Portugueses. O brasileiro estava a ver
navios com a sua terra. O
sistema escravista estava sofrendo desintegração a partir do grande país
capitalista da época que intensificava a apreensão aos navios de tráfico humano
e vinham gradualmente caindo. Enquanto o tráfico acabava, uma atividade
comercial crescia impulsionada pelo Barão de Mauá. Seria a capitalista, regida
por bancos, indústria. Começaria
a entrar em choque no Brasil duas culturas, capitalista e feudalismo, de um
homem extremamente patriarcal e outro com suas bases criadas nos moldes
burguês, ambos vindo do outro lado do planeta. Os estilos de vida estavam
entrando em conflito mesmo com seu jogo de cintura, o Barão de Mauá acabara
entrando em choque com os homens de uma cultura, ou até mesmo biológicas de
tradição e respeito e não improviso, mudança e revolução como é característica
dos burgueses. O
patriarca português ou brasileiro, não descende recentemente de Portugal, mas
muito antes de Roma, onde se iniciava os modos patriarcais e passava de geração
em geração, onde o centro era sempre mantido, o chefe familiar, onde mandava
executar qualquer cosia que não lhe era conveniente, como condenar alguém a
morte, sem dar satisfação a ninguém. Para
o homem que estava começando ou o português, ou brasileiros que estavam
começando suas raízes para eles era inconcebível que um homem comum viesse
erguer um império, em vista a resistência contra esse, por não carregar a
herança da família tradicional. Um
trecho do livro alega que a adaptação do trabalho ao trabalhador, é prejudicial
para o homem cordial, isso que é uma característica da burguesia. O emprego de
novas técnicas e máquinas pra diminuir a mão de obra, isso para o homem cordial
era intolerável. Num
Brasil completamente feudal, com suas bases como vivencia nos grandes senados
da Europa, enquanto o Brasil procurava manter as bases e os costumes do seu
sistema, como ocorreu na Europa, parecia que o Brasil estava parado no tempo em
meio às revoluções e acontecimentos de um mundo transformação. O
surgimento do Brasil como classe é incontestável na sua inexistência por uma
nação que já nasceu com moldes feudais, com homens que de costumes seculares
dificilmente encontraria aqui uma classe que ameaçava a sua existência.Os
pequenos comerciantes que existiam sofriam com as hostilidades do rei do feudo,
que não deixaria seus costumes mesmo que o sistema se tornasse
presidencialista. O homem cordial do Brasil recebiam
títulos de nobreza, que eram considerados até altos para o cidadão português, a
vida na colônia se resumia no centro rural aonde o senhor feudal dificilmente
ia à cidade a não ser para festas até nos centros urbanos, os moradores
dificilmente paravam em suas casas, pois tinham que passar o dia nos trabalhos
manuais. Nos
dois primeiros séculos a vida pouco se resumia a vontade do senhor feudal, e a
lavoura, depois começaria uma transformação no cotidiano das pessoas ainda
assim as pessoas ainda eram rústicas e sem condição de exercer um cargo
administrativo, os instruídos estavam na fazenda como o senhor feudal.
"O PREDOMÍNIO ESMAGADOR
DO RURALIMOS,S EGUNDO TODAS AS APARENCIAS, FOI ANTES UM FENÔMENO TÍPICO DO
ESFORÇO DOS NOSSO COLONIZADORES DO QUE UMA IMPOSIÇÃO DO MEIO".
O Semeador e o
Ladrilhador (pagina .93)
O crescimento das cidades, representa
uma forma de criar uma fronteira entre o que já existe e tem dono, sobre um
controle hierárquico, e uma nova área, ou forma de vida, seria uma espécie de
se libertar da dominação. Só
que na colônia portuguesa, as cidades cresciam desordenadamente sem qualquer
planejamento, talvez sem conhecimento que elas estavam se desenvolvendo
peculiarmente, ao contrário de colônias espanholas, que era tido com total
organização as cidades. Buscar
os erros porque Portugal colonizou o Brasil de forma tão peculiar, sem um
estado ou organização e como deixaram passar em sua história um erro de
administração tão grotesco desse ao percebermos a história do império romano,
onde as cidades que procuravam desenvolver a economia, e não ficar numa
história banal de rei e súditos eternamente, pois era isso que o português
cordial acreditava. E por tradição não teve condições de renovar e de mudar o
mundo a seu favor, até porque ele era cordial e queria respeito.
"O HOMEM PODE INTERVIR
ARBITRARIAMENTE, E COM SUCESSO, NO CURSO DAS COISAS E DE QUE A HISTÓRIA NÃO
SOMENTE "ACONTECE", MAS TAMBÉM PODE SER DIRIGIDA E ATÉ
FABRICADA".
A forma
ultrapassada de colonização que se assemelha as épocas romanas, antes de Cristo
se fazia presente na atual colônia portuguesa, outra critica é que as colônias
Espanholas, eram instaladas nas universidades para estudarem os filhos da
América, aqui não existia. O
objetivo de Portugal, pelo menos se mostrou no mínimo claro, tornar as terras
descobertas uma espécie de colônia, seria apenas para extrair riquezas, parece
que faltava a metrópole cuidar melhor da colônia. As
colônias bem cuidadas pelos seus vizinhos, usavam o transporte marítimo, que
seria uma boa opção, embora aqui Portugal não permitisse tal atividade. Fica
uma incógnita no ar, será que Portugal estava tentando deter a povoação do
Brasil com algumas medidas, até pelo fato de permitir apenas as capitanias
hereditárias de ficarem no litoral, entre outras de impedimento da entrada
marítima pelos rios da Amazônia. A
sua cultura rural lhe propicia uma forma de colonização digamos que contraria
ao desenvolvimento das colônias, ela foi litorânea e era tido como interior e
sem importância as anteriores que cresciam para dentro do Brasil. Uma critica
muito construtiva a respeito da educação defasada na colônia e no Brasil de
hoje sugere que nada mudou na forma de ensinar no Brasil de hoje e na colônia
do século XVIII.
Um novo homem
O surgimento de uma
nova forma cultural ou genética, original dessa região de São Paulo,
aparentemente eles não estimulavam a hegemonia da cidade, por causa da força da
coroa, mas sempre que podiam a faziam, poderíamos dizer o surgimento de um novo
brasileiro.
"NO PLANALTO DE
PIRATININGA NASCE NA VERDADE UM MOMENTO NOVO DE NOSSA HISTÓRIA NACIONAL. ALI
PELA PRIMEIRA VEZ, A INÉRCIA DIFUSA DA POPULAÇÃO COLONIAL ADQUIRE FORMA PRÓPRIA
E ENCONTRA VOZ ARTICULADA A EXPANSÃO DOS PRIMEIROS PAULISTAS NÃO TINHAM SUAS
RAIZES DO OUTRO LADO DO OCEANO".
Nesse
lugar, vale lembrar que a mestiçagem prevalia com índios, forasteiros, isso
quer dizer que não apenas em São Paulo, mas em toda colônia, em qualquer parte
do Brasil, onde houvesse o surgimento e a mestiçagem com índios no meio da
fusão biológica, e por conseqüência do meio, nasceria um homem sem padrões
cordiais e apto a evoluir as cidades e transformar a paisagem. Em
pleno século XVIII, os portugueses ainda queriam viver numa sociedade arcaica,
onde ele empregava leis e punição, contra aqueles infratores que tentavam sair
da influencia do senhor central. Com
a descoberta de um país rico em minérios em vista da relutância dos
exploradores, o governo português colocou mais ordem nas terras descobertas,
tudo para ter o controle da riqueza, resumindo as pessoas não tinham liberdade,
tinham que se submeter à vontade o pai. A
expansão ultra marina portuguesa ocorreu como um processo natural de Portugal,
pois os grandes mares, a aventura seria característica desse povo, tanto que no Brasil eles
procuravam habitar de forma igual como era seu país de origem, toda uma costa a
beira mar, enquanto os espanhóis entravam a pé para dominar povos indígenas,
para um povo não habituado a mudanças, encontram uma terra onde seria de grande
extensão com índios falando a mesma língua seria uma vantagem.
"O DESEQUILÍBRIO ENTRE
O ESPLENDOR RURAL E A MISÉRIA URBANA JUSTAMENTE ESSAS DUAS MANIFESTAÇÕES SÃO DE
PARTICULAR SIGNIFICAÇÃO PELA LUZ QUE PROJETAM SOBRE AS FASES INTERIORES DE
NOSSO DESENVOLVIMENTO".
Quando
falamos que a colonização portuguesa era de total exploração, sem ao menos se
importar com os habitantes, não podemos confundir com mercantilismo que se
expressou deflagrando as guerras mundiais, pois o mundo já estava dividido, no
caso da colonização, Portugal era a única entre as nações cultureiras a manter
uma colônia de exploração em vista da sua cultura milenar de reinos. Num
certo momento os portugueses permitiram a entrada de estrangeiros, em vista da
forma como tratavam o e o mercado logo percebem serem incompatíveis com sua forma
de vida, mesmo cobrando 10% em suas mercadorias sobre seus produtos, mas tarde
foi proibido a estrangeiros, tendo inclusive que usar a força para tirá-los do
Brasil.
Começo da Revolução Burguesa
Parece ser inevitável que uma revolução,
mesmo em terras onde nossa herança vem de um índio, que se acomodava com a
vasta oferta de alimentos nas matas, da cordialidade do beneficio do português.
E de onde sairia do povo uma classe que aos poucos se desvincularia dos moldes
tradicionais patriarcais, dando ênfase ao trabalho e ao mercado. Nossa
herança da cultura do beneficio, igual aos que se aventurava nos mares, nenhum
pertencia à classe baixa, ou eram fidalgos ou nobres. Com exceção de Cristovão
Colombo que não era nobre, sua competência o levou a ser nomeado vice rei nas
terras descobertas, competência e na que em Portugal jamais poderia aparecer
por causa dos privilégios. Classe que houve uma mudança, uma transição
biológica do português com o índio o que acontece hoje não é como antes dos
senhores feudais, mais acontece no cotidiano de cada um.
A Questão da Igreja
A longa e
sem futuro empreitada portuguesa sobre a colônia vem sendo acompanhada de perto
pela Igreja, talvez com certa influencia de sua crença em um homem respeitador
e ditador das normas humanas.Assim como o sistema português era totalmente
contrário a qualquer forma de administração que viesse a se formar. No Brasil a Igreja Católica, mas
os portugueses tomava a mesma postura, ou influenciando ou recebendo ordens.
Era inconcebível para ambos a separação do Estado e padrões que viviam o homem
na sociedade patriarcal. A
sociedade patriarcal aqui no Brasil é apenas um esboço da original de Portugal,
onde o rei tem o controle de tudo, aqui os feudos são em menor porte, e eles
devem obediência ao rei, mas sob suas terras eles continuam sendo os reis,
parece que a sociedade patriarcal devia a sua herança hereditária do rei.
Vida intelectual na América
Espanhola e no Brasil pag.
América Espanhola - 150 mil
bacharéis
México - 7850
Brasil - 720
Demonstra segundo o nosso
historiador, que não era interessante, ou pelo menos Portugal não queria que os
letrados surgissem no Brasil.
A CARTA RÉGIA DE 5 DE JULHO
DO REFERIDO ANO, MANDANDO SEQUESTRAR E DEVOLVER AO REINO, POR CONTA DOS DONOS.
AS "LETRAS DE IMPRENSA" ALEGAM NÃO SER CONVIENITE QUE NO ESTADO DO
BRASIL
Língua Geral em São Paulo
Os índios
e índias passaram e a se relacionarem com o esboço e formação de vila, entre
portugueses e partiram dos nativos das terras brasileiras o passo a língua
dificilmente o português, ou os próprios jesuítas aprendiam a língua nativa e
nem sempre havia entendimento entre eles. O
gestor estava vivendo já com os colonos e os jesuítas queriam trazê-los para
seus padrões de vida católica. Menor convivência se misturava as línguas, tanto
que hoje muitas palavras do português são de origem indígena.
Sociedade Matriarcal
Consistia
em que o índio vivia com o português, e nessa convivência elas estavam sujeitos
a uma vida cativa, onde os filhos por incrível que pareça aprendiam a língua do
pai eram comuns muitas vezes o homem não entender o que queria a mulher. Também
existia a figura dos serviçais, tanto a língua portuguesa, como a língua
indígena foi se transformando na Igreja, era difícil um desses letrados senhores
Ada verdade conhecer a língua indígena, ou os índios conheciam a portuguesa ou
existia um dedicado que soubesse amenizar a situação. Muitos dos compridos
nomes inclusive de Domingos Jorge Velho, se resumia pelos índios de seu modo. A língua Tupi -
Guarani era o predominante na imensa região que é hoje o Brasil, mas existiam
outras línguas, mas o colono aproveitava a vasta opção dos guaranis, que já era
mais familiarizada. Depois
do convívio com os índios alguns colonos os escravizavam, a Igreja também, mas
de forma a torná-los trabalhadores dóceis, a seu beneficio logo a colônia
estaria em risco visto sua imensidão, e pela necessidade de trabalhadores
hábeis, começaram aí, os próprios filhos da terra nascida a partir de índios e
portugueses tomar iniciativas, e a querer desbravar a África para trazer
escravos. Também não escaparia o Brasil, como no desbravamento e nas conquistas
do interior do Brasil, o brasileiro começando a tomar iniciativa, começava a
tomar as rédeas da sua terra, a identidade de uma nação não nasceria com uma
elite, mas com o homem simples que formaria cidades.
"OS DESCOBRIDORES E
EXPLORADORES, CONQUISTADORES DO INTERIOR DO BRASIL NÃO FORAM OS PORTUGUESES,
MAS OS BRASILEIROS DE PURO SANGUE NRANCO E MUITO ESPECIALMENTE O BRASILEIRO
MESTIÇO, MAMELUCOS E TAMBÉM UNIDOS A ELES OS PRIMITIVOS INDIGENAS DA TERRA.
TODO O VASTO SERTÃO DO BRASIL FOI DESCOBERTO E REVELADO A EUROPA, NÃO POR
EUROPEUS, MAS POR AMERICANOS.
AVERSÃO ÁS VIRTUDES
ECONÔMICAS
Em nossa
herança segundo o autor, valia, mas a honra, do que o lucro parecia não existir
no seu ser um interesse capitalista. Um comerciante português, meso obrigado
por força de uma mudança global se a necessidade de ter relações Cortez com os
comerciantes, ou seja, seria um amigo ao invés de um trabalhador, seria um
acordo de negócios. A
cordialidade sobre negócios era mais profundo nos negociantes portugueses e se
num mundo capitalista o principal objetivo é o lucro, parece que nesse caso o
português está em desvantagem. Parece eu
o desenvolvimento do capitalismo entre esses povos, estava longe de ser bem
sucedido, não por falta de oportunidade ou de conhecimento, mas talvez por ser
de sua natureza mesmo, pegar a fortuna e guardar, não investir, não querer
fazer coisas novas, como de costume, ao visitarem o oriente saíram reclamando
do povo que vendia comprava, enfim desenvolvia o comercio na (pag. 1042),
mostrando que o português não era compatível com o modo de produção
Capitalista. Este traçado o sistema que o português, ou o homem do século XVI e
XVII começa a sentir, a necessidade de mudança e de expansão de mercado o
português não aceitava isso, ver troca vender, oferta e procura, ele preferia
tirar os canhões do navio para usar como outro procedimento ao investir um dinheiro
na mesma coisa, concluímos que o português negociava, mas de forma Cortez, sem
ter a ânsia de ampliar, ou de obter lucro.
O Homem Cordial (pagina.139)
"O EMPREGADOR
TRANSFORMA-SE EM UM SIMPLES NÚMERO: A RELAÇÃO HUMANA DESAPARECEU. A PRODUÇÃO EM
LARGA ESCAL A ORGANIZAÇÃO DE RENDIMENTOS ACENTUOU APARENTEMENTE E EXARCEBOU A
SEPARAÇÃO DAS CLASSES PRODUTORAS".
O estado
constitui uma instituição em que nada tem haver com a família, até porque, a
família constitui moldes conservadores alheio ao que prega o esatado positivista.
A família constitui mentalidade cativa pronta para servir o estado quabndo
assim o precisar. A
formação de uma nação nos moldes patriarcais com homens onde vale a honra. A
forma do autor modos cortez, como dito, o homem cordial português não era
compatível com o capitalismo, que já começaria a assolar o mundo. Um novo
sistema estava começando a motivar as guerras e estava prestes a selar o
destino do trabalhador. Quanto mais avança
a tendência capitalista, mas o homem cordial vai sendo superado, mas o home em
geral se vê obrigado a sair do seio familiar para dar lugar a um mais seleto
mais dinâmico. Segundo
o autor, até a formação do homem num mundo onde a necessidade de aprender,
desde cedo sem que seja amparado pó um ambiente familiar cheio de regalias e
respeito onde se exaltava a sua condição de nobre, pode-se imaginar que a
burguesia colocou esse homem para trabalhar e forma igual como todos, digamos
que entre o órfão e o nobre, perdidos na selva é incomparável a esperteza do
órfão de sobreviver em meio ao desconhecido.
"NO BRASIL, ONDE
IMPEROU, DESDE TEMPOS REMOTOS, O TIPO PRIMITIVO DA FAMÍLIA PATRIARCAL O
DESENVOLVIMENTO DA URBANIZAÇÃO QUE NÃO RESULTA UNICAMENTE DO CRESCIMENTO DAS
CIDADES, MAS TAMBÉM DO CRESCIMENTO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, ATRAINDO
VASTAS ÁREAS RURAIS PARA A ESFERA DE
INFLUÊNCIA DAS CIDADES - A ACARRETAR UM DESEQUILIBRIO SOCIAL CUJOS EFEITOS
PERMANECEM ATÉ HOJE.
A
revolução burguesa não pode ser vista como uma revolução justa e inovadora,
segundo os fatos, causas nos homens a necessidade de se adaptar a essa nova
formula do mundo, que seria cheia de contrastes, visivelmente nos dias de hoje.
Quando o senhor da família saiu de cena, ficou a herança que vemos hoje, ainda
se beneficia parentes na sociedade Capitalista. Uma herança cordial. Depois
da passagem dos modos patriarcais desde o tempo da colônia, e até da formação
de Portugal, estamos no Brasil atual, há como negar a veracidade da tese do
auto e, as regalias no estado entre familiares, estrangeiros alegando um certo
comportamento brasileiro, até muitas famílias chegam até morar junto, irmãos,
casados, até durante muito tempo, provando que realmente o brasileiro atual tem
no gene a herança da cordialidade.
"A MESMA ORDEM DE
MANIFESTAÇÕES PERTENCE CERTAMENTE A TENDÊNCIA PARA A OMISSÃO DO NOME DA FAMÍLIA
NO TRATAMENTO SOCIAL. EM REGRA É O NOME INDIVIDUAL DE BATISMO QUE PREVALCE.
ESSA TENDENCIA QUE ENTRE PORTUGUÊS RESULTA DE UMA TRADIÇÃO COM VELHAS RAIZES,
COMO SE SABE OS NOMES DAS FAMÍLIAS SÓ ENTRAM A PREDOMINAR NA EUROPA CRISTÃ E
MEDIEVAL A PARTIR DO SÉCULO XVI".
Mas um
fato marcante que ocorreu de nossa herança cordial é a respeito dos nomes onde
os portugueses passavam seus nomes e sobrenome de forma tradicional há muito
tempo, bem antes dos outros povos da Europa adotar e na tradição até na forma
de cultura entidades, trazendo cada um para dentro de suas casas como capelas,
assim como o comportamento do brasileiro de ter tudo perto a seus domínios.O
brasileiro é profundamente amoroso com Deus, seus familiares e até a quem de
seus negociantes, ele quer tornar tudo uma relação profunda de amor e amizade. O brasileiro
nunca foi acostumado a distanciar e se deslocar até para a Igreja, distante,
esse comportamento distante a instituições acarretaria uma dificuldade de
organização por parte das entidades. Uma população com traços cordiais,
aliada a uma passividade popular, que aconteceria mudanças como revoluções,
vinda de organizações, na vida por interesses próprios, e não pela camada popular.
Essa mesma dificilmente se apega a ordens institucionais em agremiações hora
esta a defendê-la com suas metas, ou hora simplesmente se desprende a ela.
Novos Tempos (pagina 153)
Restou a
nova geração de brasileiro, a herança como vinculo familiar, difícil de
organizar sobre um governo. Segundo o autor o brasileiro é inquieto, não
acostumado com a monotonia, e o trabalho não é prioridade como em outros países
que chega a ser uma doutrina. Se
o brasileiro tem uma certa formação jamais num espaço de folga, ou outra
conseqüência de sua vida, ele anda fora da sua área profissional, para ele
terminar ali, fora é uma outra realidade sua forma de pensar e agir. Como
sabemos, a nossa herança cordial, aliado com outra pacata do ser nativo, mas
depende de seguir uma carreira a qual nos acreditamos ter o dom, para procurar
subir ainda mais mesmo que se desvincule totalmente do inicio que procuramos. Até na formação da republica passamos
por uma transformação brusca do meio rural para a cidade, tudo de forma
desordenada. Enquanto em outros países, a ascensão dos bacharelados ocorria e
mudaram os países, criaram leis e regras, formavam um governo, curiosamente
formado por advogados. Enquanto
as outras nações européias seguiam em patamar rígido e ético. Aqui nas
Américas, procuravam se formar para chegar a ocupar cargos públicos, o
brasileiro procura uma formação por se valer da sua cultura individual, que
pode ser conseqüência do materialismo, que pode ter uma ligação entre os dois.
O Positivismo com Sucesso no Brasil
Vendo um
Brasil dinâmico de cultura extravagante ligado a bens familiares, e desligada
da natureza material, o positivismo colocaria ordens ou se tornaria inflexível
aos seus orgulhosos cidadãos. Seria colocada uma nova ordem, um novo sistema em
que o homem cordial iria ter que se adaptar e talvez obrigado por força da
ocasião se extinguir.
"É CERTO QUE, EM SUAS CONSTRUÇÕES
POLÍTICAS. OS POSITIVISTAS IMAGINAVAM CANDIDAMENTE RESPEITAR NOSSO "ESTADO
PREEXISTENTE". NOSSA FEIÇÃO PRÓPRIA NOSSOS ANTECEDENTES ESPECIAIS. E ASSIM
POR EXEMPLO EM UM DOUCMENTO DATADO DE
HOMERO DE 120, ISTO É QUANDO CONTAVAMOS DOIS MESES DE VIDA REPUBLICANA,
PROPUNHAM QUE SE SUBDIVIDISSE O PAÍS EM DUAS SORTES DE ESTADO. E QUE PROVÊM DA
FUSÃO DO ELEMENTO EUROPEU COM ELEMENTO AFRICANO E O ELEMENTO AMERICANO E
ABORIGINE" E OS ESTADOS AMERICANOS BRASILEIROS.
Seria uma
espécie de acordo entre uma parcela da nação que se acredita ser de um elemento
propicio a governar e organizar e estaria apto a proteger a nação. Entretanto a
liberdade que o brasileiro almejava não foi real, os positivistas do Brasil
foram um esboço do que Augusto Corte idealizou, aliás, vários dos que tentaram
colocar em prática em tudo a história não chegaram nem perto de seus
idealizadores. No seu primordial, o
positivismo foi fatídico, mas quando passou por experiência, e quando tomou
consciência de seu poder sobre o imaginário, para nós, eles sempre estiveram
seculares, há não ser quando com se exaltava e chama atenção ai sentia-nos que
estava algo errado, no geral a democracia na Brasil, além de ser importante não
visava o bem popular, porque o liberalismo democrático jamais se concretizou
entre nós.
"A DEMOCRACIA NO BRASIL FOI SEMPRE UM
LAMENTAVEL MAL ENTENDIDO. UMA ARISTOCRACIA RURAL E SEMI - FEUDAL IMPORTOU-A E
TRATOU DE ACOMODÁ-LA, ONDE FOSSE POSSIVEL. AOS SEUS DIREITOS OU PRIVILÉGIOS, OS
MESMOS PRIVILÉGIOS QUE TINHAM SIDO NO VELHO MUNDO".
Os
movimentos de organização do Brasil, como as idéias republicanas eram
organizadas sempre de cima para baixo, sempre militar e fato que o povo
assistiu a tudo sem ao menos entender o seu significado.
Proclamação da Independência
Esse
movimento como os movimentos republicanos não menos teve a participação das
massas, como cita os da História do Brasil. A poderosa critica a respeito da
classe popular no Brasil nos mostra e prova a passividade de um povo que viu o
advento de uma formação nacional elitizada. Quando a corte real Portuguesa
chegou ao Brasil, a elite rural viu-se ameaçada, mesmo com movimentos republicanos
ocorrendo em toda parte pela elite. Nem a vida da Corte, nem a medo de sua
hegemonia dominante sobre o Brasil pelos senhores colocaria uma ordem popular
no Brasil. Apesar de toda a
beleza do conjunto dos nossos revolucionários, nada mudaria, nesse momento eles
eram homens letrados, da elite o que seria mudado é que os benefícios seriam da
elite local, mesmo essa elite letrada, não deixou de tomar as rédeas de sua
revolução com toda a cordialidade de que seu coração lhe permitiu mesmo o
príncipe D. Pedro II, não perderia o intimo de nossa herança cordial, mesmo
assim, o futuro imperador daria um impulso a uma nova forma de letrados, os
homens se tornariam mais cultos até certo ponto, e até certas pessoas nem todos
teriam isso a seu alcance, e muitas vezes esses intelectuais não tinham
experiência de realidade do mundo materialista.
*PROVAS DE NOSSA HERANÇA
CORDIAL
* Acreditamos que cada um
tem, ou nasce com um dom, ou um talento, igual a herança da nobreza, sabemos
que o estudo e o treino podem levar qualquer um a fazer ou a se tornar um
nobre.
*Associar, seu nome ou de
sua família a ídolos, extremamente de destaque em uma outra sociedade sem
nenhum vinculo cultural com sua terra, mas mesmo assim de forma a ter em si o
nome daquela entidade, o torna mais afetivo e mais ligado a sua família.
A
educação no Brasil, nesse período não seriam prioridade onde se vê nos países
da América do Norte, até porque conduzir uma população em se tratando de
interesses de uma minoria tendo em vista que é necessário que a maioria não
esteja entendendo o que está acontecendo como quem será beneficiado com a
mudança. Desde as idéias de tornar o Brasil republicano, que se acredita que o
país não pode crescer há não ser com o consentimento das nações dominadoras. Parece
que hoje esse conceito ainda persiste no Brasil de hoje, quando se faz
políticas publicas que tira do trabalhador, mas quando o Brasil insiste em
permanecer celeiro do mundo. Se o
governo e corrompe acreditam os intelectuais de países europeus, é porque o
povo permitiu, é porque o povo não estava preparado. Se não ninguém permitiria
ele fazer o que não é do interesse popular, e não ilusoriamente nacional, tanto
o império como a republica, em ambas as fases a massa popular sempre esteve do
lado mais simpático.
“É JUSTAMENTE A ESSE
RESPEITO NÃO É EXAGERO DIZER QUE NOSSA REPÚBLICA FOI EM MAIS DE UM PONTO ALÉM
DO IMPÉRIO...O EUROPEU DEFINIA A VERDADEIRA POSIÇÃO DE CHEFE DE ESTADO
CONSTITUCIONAL, CORROMPEU-SE BEM CEDO, GRAÇAS A INEXPERIÊNCIA DO POVO”.
Nossa Revolução (pagina. 169)
Foram
lentos, cautelosos não houve aqui nem o ensaio de uma revolução FERVOROSA, a
fim de quebrar o sistema, foi algo cuidadoso, para não ferir o inimigo.Nada,
absolutamente nada que prejudicasse uma determinada elite qualquer que seja e
que tivesse vinculo não seriam tocados, mas fácil eles tirarem do povo para
beneficiar determinadas sociedades. Com o advento das cidades, aliado a lenta
mudança pelo menos há três quartos de séculos, aos poucos o mundo rural foi
perdendo espaço para os centros urbanos. Finalmente
as cidades haviam se desvinculado do meio rural, esta que, portanto tempo foi o
meio de exploração da sociedade feudal. Se hoje ainda temos traços de uma
cultura que dá privilégios a pouco, é porque então o americano ainda não
existe, ainda preferimos acreditar em histórias a uma nossa realidade,
cultuamos uma coisa que será impossível de obter aqui no mundo real. A nossa
revolução foi feita aproveitando o homem que estava na terra, que seria de
fácil controle, para homens que tinham autonomia e negócios. Antes
de Brasil chegar ao estágio em que as cidades dominariam como centro da nação o
mundo real passou diferentes fases, e o açúcar quando foi perdendo importância,
depois substituindo pelo café, cada um com sua forma.
*O café não precisava de
tamanha extensão territorial, ao contrário da cana de açúcar que exigia
intensas terras.
“PARTICULARMENTE NO OESTE DA
PROVINCIA DE SÃO PAULO – O OESTE DE 1840, NÃO O DE 1940 – QUE OS CAFEZAIS
ADQUIREM SEU CARÁTER PRÓPRIO, EMACIPANDO-SE DAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO AGRÁRIA
ESTEREO TIPADAS DESDE OS TEMPO COLONIAIS NO MODELO CLÁSSICO DA LAVOURA
CANAVIEIRA E DO ENGENHO DE ACÚÇAR”.
O senhor
feudal estava perdendo o seu comando, mas ao mesmo tempo via que esse lugar não
era mais o seu modo de ser, mas se transformando numa forma de meio a explorar
como bem material. Os senhores se
viram obrigados a se mudar para os centros urbanos, as pequenas e grandes
plantações estavam caindo, começava a queda de uma sociedade extremamente rural,
nessa sociedade, onde ate casas comuns tinham seu modo de subsistência, outra
forma do mundo capitalista superar a feudal, foi a proibição do tráfico
negreiro. Existiam senadores donos de grandes centros cafeeiros e queriam mudas
para feijão etc. começava aí ter que procurar outras formas a explorar a terra. No auge do café como as cidades estavam já
a frente desses centros urbanos, até no meio de comunicação se desenvolvendo
achou-se a necessidade de transportes de mercadoria para a cidade. A queda desse
domínio feudal não seria na verdade tão catastrófica, pois foi lenta e
articulada para que não viessem abalar o bem dos senhores, eles não fizeram uma
mudança que colocaria em risco sua fortuna. Mas, perderam como centro de
principal influencia no sistema que seria substituído pelo atual.
“O DESAPARECIMENTO DO VELHO
ENGENHO ENGOLIDO PELA USINA MODERNA, A
QUEDA DE PRESTÍGIO DO ANTIGO SISTEMA AGRÁRIO E A ASCENSÃO DE UM NOVO TIPO DE
SENHORES DE EMPRESA”.
A Revolução até hoje única bem sucedida no
Brasil, quando deixou impossibilitados os feudos, os senhores de Engenho não
mudariam muito o cenário nem a forma do Brasil, continuaria a mesma hipocrisia,
a mesma pirâmide social, permaneceria no topo essa elite. Infelizmente, mesmo
para essa elite, como pra nós. Essa monarquia manteria seu prestigio, parece
que os bens da monarquia portuguesa foram intocáveis, e até certo ponto a
mentalidade arcaica também ficou aqui, parece que ficou no exterior a forma do
brasileiro muito “bonzinho”.
Guerra do Paraguai
Até sobre
a guerra, para o brasileiro, que não lhe falta coragem, mas intuito militar se
entramos na guerra, foi porque a necessidade extrema nos compeliu a tal, até
pra nós a guerra é tida como um crime, não é algo que vale a pena como por
terras, expansão imperialista etc.
“AS GUERRAS ESTRANGEIRAS,
COMO MÉTODOS POLÍTICOS, SEMPRE FORAM ENCARADS, PELO PAÍS COMO IMPORTUNAS E ATÉ
CRIMINOSAS, E NESSE SENTIDO ESPECIALMENTE, A GUERRA DO PARAGUAI NÃO DEIXOU DE
SÊ-LO, OS VOLUNTÁRIOS QUE A ELA ACUDIRAM, ERAM DE FATO, MUITO POUCO POR VONTADE
PRÓPRIA...NÃO AMBICIAMOS O PRESTÍGIO DE PÁIS CONQUISTADOR E DETESTAMOS
NOTORIAMENTE AS SOLUÇÕES VIOLENTAS”.
A
formação de nossas raízes com elementos propícias a formação de um ser passivo
e quieto, acarreta um problema na sua administração do país, que permanece da
mesma, forma em que a colônia era mantida pela metrópole. As classes baixas
assistiam pacificamente a transformação de uma sociedade, a partir da elite,
nos menos pacifica. As nossas leis são típicas de uma mentalidade em que tudo
há de ser resolvido sem medidas enérgicas, foi o Brasil o primeiro a abolir a
pena de morte. Nossa
nação da mais prioridade aos de fora, ao contrário os que fazem as nações do
outro lado, onde procuram valorizar a todos, a revolução no Brasil, foi
extremamente elitizada em visto dos seus costumes cordiais, meso a burguesia
tem essa herança. Uma maioria, onde a sobrevivência os levam a não viver como
de forma digna aos revolucionários, nem menos inteligente, nem mais
inteligentes. Porque não há oportunidade igual na sociedade feudal.
“AS CONSTITUIÇÕES FEITAS
PARA NÃO SEREM CUMPRIDAS, AS LEIS EXISTENTES PARA SEREM VIOLADAS TUDO EM
PROVEITO DE INDIVIDUOS E OLIGARQUIAS, SÃO FENÔMENOS CORRENTE EM TODA A HISTÓRIA
DA AMÉRICA DO SUL.”
Imaginar
que nossos políticos, imaginam, que idealizam a igualdade entre nosso povo, é
uma tola imaginação. No Brasil onde prevalece o gene da cordialidade, onde
mesmo insatisfeito com as penúrias de sua vida, nada se faz para mudar, para
não afetar o slogan da “Ordem”.
“AS PALAVRAS MÁGICAS
LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE SOFRERAM A INTERPRETAÇÃO QUE PARECEU
AJUSTAR – SE MELHOR AOS NOSSOS PADRÕES PATRIARCAIS E COLONIAIS.”
A
revolução feita no Brasil, não foi compatível com as classes populares, nem
para o bem da nação, ainda hoje damos crédito ao personalismo ou populismo de
um individuo centralizados. A humanidade
veio construindo uma história violenta, como é de sua natureza fascismo,
nazismo, ditadura, imperialismo etc. em vista que para o homem cordial isso é
inaceitável, preferindo construir uma democracia liberal. Claro que a teoria da
cordialidade é baseada em fatos, que ocorreram principalmente no Brasil, como
sabemos em nossa história. O amor que o brasileiro tanto é elogiado, não
podemos esquecer de levantar uma questão. “há da subordinação”, é extremamente
grande o numero de brasileiros tanto há séculos, quanto hoje, que deve
obediência. Uma das formas que o Brasil procurou concertar as mazelas do
passado, foi com uma ditadura, ou uma republica alheia aos problemas da nação
tanto com a penúria dos escravos como os excluídos na sociedade capitalista.
“HOJE OS PARTIDÁRIOS DO
FASCISMO JÁ DESCOBREM SEU GRANDE MÉRITO EM TER TORNADO POSSIVEL A INSTAURAÇÃO
DE VALORES MORAIS. NÃO HÁ QUE DE CERTO PONTO DE VISTA, O ESFORÇO QUE REALIZOU,
SIGNIFICA UMA TENTATIVA ENÉRGICA PARA MUDAR OS RUMOS DA SOCIEDADE.”
A
esquerda seria a principal forma de revolução para o Brasil, o que nem de longe
aconteceu, o que aconteceu realmente foram revoluções que inibiram o movimento
da esquerda. Como sabemos aqui realmente nunca houve um movimento movido pela
ideologia popular, ou sempre foi crucialmente esmagada de forma sutil. O mundo espiritual não é real para um
mundo real, onde as necessidades dependem das atitudes históricas, sempre que
foi cobiçada a nossa frente um sistema, qualquer que seja, nem sempre é justo
para a maioria, ou na verdade nunca foi justo.
Conclusão
O Brasil
caiu num profundo atraso social, por causa do modo e da forma como os
portugueses viviam, segundo o autor a revolução calvinista passou longe do
Brasil, nos países capitalistas a revolução foi um salto nesse mundo
economicamente. Quem aderiu
a revolução se desenvolveu mais rápido, quem continuou a dar preferência para
sua honra e sua posição de nobre, há colecionar tapetes e títulos ficou para
trás e levou outros mundos junto, quer dizer os portugueses viviam de uma forma
e só o seu momento de glória e luxo importava. A honra a cima de tudo, tudo que
como administradores do Estado era quase nulo. Segundo
o autor os colonizadores não permaneceram na atrasada urbanização por
conseqüência do meio, ou por falta de recursos, mas por não administrarem uma
mudança na tradição cultural de seus costumes. A nossa herança vem do índio
e do português, essa cultura muitas vezes mostra a realidade da cordialidade
entre indivíduos de uma mesma hierarquia, como aconteceu entre a nobreza e o
rei que beneficiava a sua classe. O
homem cordial, mistura do índio com o português aliado os costumes do e
tradições de cada um. Com o decorrer dos anos surgiu o brasileiro que seria uma
forma singular com traços de dois seres, biologicamente surgiria um homem bom. A partir do momento em que o
mameluco, junto com índios, formando um homem branco ou de pele escura começou a
se aventurar no desconhecido, acabava aí a fase do português, mesmo que fossem
obrigados a dar satisfação ao rei. Já era sinal de uma nova nação nascendo, com
os brasileiros começando a se aventurar. O
grande trunfo de Raízes do Brasil é sem duvida o foco do perfil do homem
cordial, esse tipo de homem não é compatível com as mudanças que estavam
ocorrendo no caso a advento do Capitalismo, essa incompatibilidade acarretaria
grandes prejuízos a Colônia, como atraso técnico, financeiro e educação nítida hoje
no Brasil. Um homem que não
seria compatível com o capitalismo, mas com a tradição abstrata de sua pessoa.
Mesmo sendo uma critica sobre o apático homem, dar-se a entender o advento da
burguesia e do sistema por essa imposta. Foi uma espécie de impulso para esse
homem sair desse modo monótono de viver, apesar do sistema capitalista, não ser
nenhum sistema de igualdade ao menos quebraria com o atraso que assolava os
grandes centros urbanos. Um
dado importante sobre essa obra em comparação as outras de seu tempo, esta por
ter se mantido atual, foi por o autor se basear nos grandes pensadores do
século XIX Karl Marx, Max Weber e Augusto Conte, o que não aconteceu com outras
obras de sua época.
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