RESENHA ELABORADA DO LIVRO: ENSINO DE HISTÓRIA FUNDAMENTOS E MÉTODOS[1]
AUTORA: CIRCE MARIA FERNANDES
BITTENCOURT. ASSUNTO ENSINO DE HISTÓRIA, DOCENCIA EM FORMAÇÃO ENSINO MEDIO TEXTO: CONTEÚDOS E METODOS DE ENSINO DE HISTÓRIA:
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA. EDITORA CORTEZ. ANO DE PUBLICAÇÃO 2012. 4º EDIÇÃO.
Sebastião
Pereira Viana Júnior[2]
Diego Afonso da
Silva Assunção[4]
01/05/2014
CONTEÚDOS E METODOS
DE ENSINO DE HISTÓRIA: BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
“A história, enquanto disciplina escolar, possui uma
longa história, permeada de conflitos e controvérsias na elaboração de seus
conteúdos e métodos”
Escola: Grade Curricular
|
Escola de primeira letra ou escola primária
elementar de 3 a 5 anos
variava muito
|
Escola primaria complementar (existia
apenas
em Alguns centros urbanos
desenvolvidos)
|
Letras, contas e educação moral e cívica.
(história nos últimos anos )
|
As praticas e métodos tradicionais devem ser abolidos,
também devemos nos adequar ao novo tipo de aluno que veem surgindo, O autor
aborda que a disciplina passou por muitas mudanças. Começou o debate sobre a
mudança no método do ensino de historia
nos anos 80. No meio a um poder
institucional que manipulava o conteúdo de historia.
Passou a existir uma preocupação entre aluno e
professores, buscando incorporar um conteúdo epistemológico na inserção da
disciplina na cultura escolar. Parece que nos anos 80, foi fundamental para
essa mudança na visão de uma nova metodologia, na abordagem da disciplina
historia.
O autor alega que ele fez um recorte messe momento
dos anos 80, para poder dar uma analise sobre o ensino de historia nos
currículos. O esquema da grade curricular, era “escola primaria ou elementar”,
ou “escola secundária”. Num primeiro momento, a disciplina história tinha os
elementos; “Objetivo, conteúdo explícito e e,todos” .
Foi feito uma analise dos conteúdos para rever o
ensino “tradicional”, a qual a disciplina história ficou com o estigma de que ela
era uma matéria decorativa, e fazer memorização, era o método a se fazer. Tudo
isso fazia da disciplina como se ela não tivesse algo a oferecer para o aluno,
ficando um ensino muito superficial.
1.A HISTORIA NA
ANTIGA ESCOLA PRIMARIA
“(...). O ensino de história sempre esteve presente nas escolas
elementar ou escolas primarias brasileiras”. No entanto ela foi objeto de pouco
estudo nessa década, depois a necessidade de aumentar a sua necessidade de
influência fez com que procura-se
abordar uma historia nacional. E como instrumento pedagógico significativo na
mentalidade de identidade nacional. “(...). Métodos e conteúdos foram sendo
organizados e reelaborados a fim de atingir esse objetivo maior”
1.1. PÁTRIA, MORAL E CIVISMO NO ENSINO DE HISTÓRIA.
Existia toda uma preocupação com a formação de
indivíduos baseadas no ensino tradicional ou era porque só se tinha
conhecimento disso mesmo ou a superestrutura “estão e Igreja”,não estava
interessada em abordar um novo tipo de ensino no Brasil. Ao mesmo tempo que
estamos dizendo que eles desconheciam outras correntes, porque o processo
escolar foi-se desenvolvendo para o que
é hoje por conta de estudos vindos de outras sociedades, a até por teorias
criadas aqui mesmo, mas nesse momento a escola tinha como verdade esses
estudos.
“Ler, escrever e contar” era essa as bases da escola
primária ou primeiras letras tudo ocorrido depois do Brasil se tornar um estado
independente. “(...) Os professores de escolas elementares deveriam, segundo os
planos propostos em 1827, utilizar para o ensino de leitura e outros textos; A
Constituição do império e História do
Brasil.” O objetivo era motivar o senso
moral com a aprendizagem e deveres com a pátria e seus governantes.
Esse tipo de ensino era chamado educação moral e
cívica e que se estendeu desde o século XIX ao XX “(...) Os conteúdos passaram
a ser elaborados para construir uma ideia de nação associada à de pátria, integrada
como eixos indissolúveis”. Parece que a disciplina história nesse momento está
preocupara em formar o cidadão patriótico não uma formação critica, estavam
preocupado como o momento histórico do Brasil, de um ponto de vista positivista.
No império e na republico os programas não eram os
mesmos, eram de 3 a 5 anos divididos em graus. “(...). Os estudos de história
eram previstos apenas para a ultima
etapa do ensino, na escola primaria complementar”. O ensino de história ficou
relegado a uma historia sagrada um ensino religioso mesmo depois da separação
da igreja católica do estado. “(...).As
autoridades educacionais exigiam o ensino apenas de: Leitura e escrita noções
gramática, princípios de aritmética, especialmente o sistema métrico, pesos e
medidas e o ensino da doutrina religiosa. O ensino de historia sagrada fazia
parte da doutrina religiosa e era mais difundida dos que historia
profana”.
O conteúdo era baseado
em santos de determinadas épocas que se tornaram mártires, visava passar para
os alunos a ideia que o exemplo deixado deveria ser seguido, a influencia da
igreja católica estava presente, mesmo na republica. (...) A narração da vida
de santos e heróis profanos denominava –se história biográfica e era defendida
pelos educadores da época como um “modelo pedagógico”, para as classes
elementares”
O trecho a cima remete
a mentalidade de que o ensino no Brasil nunca foi uma preocupação das
autoridades, e mesmo pelos professores que desconheciam outros métodos que não
fosse relatas os grandes feitos de heróis bem positivista mesmo, naquela
época a escola tradicional acreditava
seriamente que ensinar daquela forma era necessário e importante, não deixa de
ser importante memorizar, mas não se pode ficar só nessa metodologia, tinha que
procurar outras correntes teóricas.
Na década de 80, como
o procurou-se dar uma maior envergadura para a formação do cidadão não aquele
ensino tradicional, mas para a aquisição da formação da cidadania política dos
alunos, aumentar o numero de alfabetizados também era uma meta a se alcançar,
em fim a escola estava despertando, par uma visão mais politizada ao
cidadão.
O Brasil estava
passando por mudanças, o direito a voto para alfabetizados, e as políticas
educacionais estavam se desenvolvendo, isso fez com que a escola abrisse o seu
campo para uma maior perspectiva e mais amplo que atendesse as pessoas. “(...).
Para a maioria dos educadores que concordavam com a escolarização das classes
populares, a História a se ensinada, desde o primeiro ano escolar”.
Parece que os
educadores, voltaram seus olhos para as classes menos favorecidas, não deixa de
ser uma questão social, que se iniciava. E também a visão de que a história
pode transformar as pessoas, para uma visão mais real e critica da sociedade em
que vive.
Nesse momento o Brasil
estava querendo se modernizar substituindo o trabalho escravo por trabalhos retribuídos
financeiramente “Assalariados”. Claro que a mudança não foi organizada! No
cotidiano das pessoas, cada virava-se como podia o principal objetivo de
estado, era: “(...). Chegar ao progresso seguindo os parâmetros europeus”.
“(...). O conceito de
cidadania servia para situar cada individuo em seu lugar na sociedade: cabia ao
político cuidar da política, e ao trabalhador comum restava o direito de votar
e trabalhar, dentro da ordem institucional”. Parece que os feitos dos grandes
homens, foram retratados na escola, a alienação se dava por conta da teoria
positivista de abordar a história. Segundo Eric Hobsbawn é as “tradições
inventadas”, que o Brasil mediocremente seguia o modelo europeu.
A função da disciplina
história nesse momento era formar o “individuo
patriota”, ensinar as tradições nacionais. Afonso Celso sintetizou uma
outra perspectiva para a história que não fosse o patriotismo sego e bitolado.
Com a base em abordar alguns aspectos do cotidianos popular, e uma moral sem
preconceito.
Esse projeto de ensino
de homogeneização n]ao foi bem recebido por educadores e historiadores, que não
aceitaram uma história que não fosse retratasse a elite branca. Manuel Bonfim
tentou introduzir a história da America, anarquistas criaram escolar de educação popular para os
setores da classe trabalhadora.
Foram dois movimentos
em prol de uma visão de fazer mais próximos das grandes massas, sair daquela
visão que colocava os brancos e a elite na história como se só eles fossem
importantes. Ao anarquistas lideraram os primeiros movimentos da primeira
década do século passado, e os movimentos operários por direitos
trabalhistas.Com a explosão da 1º guerra mundial, grupos de intelectuais questionaram essa tal “civilização europeia”,
que a maioria dos europeus procuravam impor ao resto do mundo.
No meio rural, existia
escolas que eram diversificadas, primárias, publicas que eram cada vez mais
controlada pelo poder do estado, existia ai um confronto entre essas ideologias
referente a escola. Lembrando que o movimento anarquista de criar escolar e
minisstar as aulas diferente das ideologias alienadora do estado foram
fechadas, e vale lembrar que educadores e historiadores concordavam com a
formação do individuo patriota que era o positivismo.
O Ministério da
Educação nesse momento foi se organizando de forma centralizada, e de forma
rígida e gerais. Tiradentes foi consolidado como herói nacional? Isso mesmo
aquele que tem relatos que bebia de cair nas calçadas, de amanhecer na sarjeta
em consequência do álcool. E as comemorações de 7 de Setembro também são
relevadas como parte integrante do ensino ao patriotismo nacional aos alunos.
1.2. A
“MEMORIZAÇÃO” NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
“(...). Aprender História significava saber de cor
nomes e fatos com suas datas, repetindo exatamente o que estava escrito no
livro ou copiando nos cadernos” . Acreditava-se que a memorização era a
metodologia significante para o aluno desenvolver um bom aprendizado,
curiosamente ainda se faz isso nas escolas de hoje , nos métodos de alguns “professores
tradicionais”.
Parece que o catecismo estava presente acreditava-se
que por meio do castigo que era a palmatória seria o método mais eficaz, de
aprendizagem, reproduzir do texto, escrever exatamente como estava no livro era
as atividades propostas por essa metodologia, p sistema era baseado em castigos
físico a integridade da criança.
Esquema:
|
Livro didático Modelo
|
Método Catecismo
|
Reproduzir e memorizar
|
Palmatória
e férula
|
Essa memorização era o principal processo de
aprendizagem, e exigida como sucesso escolar, e criava-se o método e
exercício de memorização O educador
Ernest Lavisse formulou um novo9 tipo de
metodologia na França, com métodos de colocar imagem para que o aluno faça a chamada “memorização histórica”isso na
escola primaria francesa percebemos que o modelo brasileiro provem da Europa,
essa ideia de copiar, parece ser um equivoco, será que estamos certos?
Esse método estava mais voltado para a decoração de
nomes dos grandes heróis nacionais, também as escolas se reuniam, com os chefes
nacionais, com grandes festas, os presidentes eram exaltados, a didática
consistia em memorização, decoração, dos fatos nacionais. Parece que só se
falava bem desse pais que era atolado em corrupção, e em uma história
verdadeiramente terrível, o que dar se a entender nesse momento que isso era
camuflado do aluno.
Graças a
deus ou alá, tupã ou seja qual for a entidade verdadeira, que houve critica a esse modelo, e sugeria
que o aluno participasse mais ativamente
e intelectualmente do processo educativo. Jonathas Serrano propôs uma nova
metodologia no ensino de historia em que
o professor, seria melhor preparado para ministrar aulas, e que ele pudesse
escolher o conteúdo que atraísse a atenção dos alunos, e a implementação de
mapas e figuras, mas não descartaria os grandes heróis desse país.
Memorização mecânica e
memorização consciente: O autor coloca que memorizar como forma de obrigação
para fugir do castigo, da palmatória vai de contra o desenvolvimento da
criança, também de que a memorização consciente se fá por uma razão necessidade
particular e critica, como forma de aprender na vida. A critica a memorização mecânica
deve ser consciente, fazer e da
alternativas para por em pratica.
Temos
que ter o cuidado com o ANACRONISMO, na metodologia de memorização, quando você
estipula uma data, você está
determinando aquilo como se fosse certo daquela data, e muitos fatos não
dependem só das datas, ela passa por um período de transformações. No Brasil,
nos caracterizamos pela cultura oral que
era a base no Brasil na época dos senhores de escravos, escravos etc. Todos vivendo numa sociedade
complexa. Parece que o autor faz uma critica a memorização, mas não descarta
que é uma metodologia, que depende da capacidade de cada aluno, uns tem mais
outros menos, mas não pode ser usado como ameaça, e castigos, por um ensino
mais envolvedor aos alunos e um método mais humano, para o aluno.
Existia uma cultura
oral que era transmitido na África por exemplo, Nas fazendas para fazer
crianças dormir etc, as mais variadas formas de cultura oral AGRAFADA. Até na
igreja o Púlpito era lugar de repetição da oralidade. “(...). A instituição
escolar nasceu para propor uma nova
forma de comunicação, o conhecimento pela escrita”. Não podemos alegar que a
escola veio para dar fim nessa cultura oral na sociedade, até porque ela não
deixa de ser importante, mas ela veio para propor essa nova modalidade, não
descartando as mídias atuais entre outras, algumas foram sendo ultrapassadas,
até a metodologia de memorização foi superado.
1.3.ESTUDOS SOCIAIS
E OS “METODOS ATIVOS”
Nos anos 30, cogitou-se uma disciplina de estudos
sociais em substituição a historia e geografia, parece que nos estamos vivendo
na época da ditadura militar. Parece que essa corrente baseava-se nos estudos
de que o individuo deveria inserir-se a sua sociedade e era com base da
psicologia cognitiva (de Piaget). E se
aperfeiçoou nos anos 50.
Procurava abordar os temas na faixa etária de acordo
com a idade do aluno, a partir dos 8 anos acreditava-se que a criança teria condições psicológicas para a vida escolar. Houve
um experimento em todo o sistema de ensino, em escolas experimentais, ou
vocacionais, e até na ditadura até para tirar as disciplinas que poderia ir
contra o domínio deles, causando assim mais uma estratégia daquele regime.
A metodologia de
tornar o homem mais patriota, já não bastava mais aos olhos dos educadores, as
series iniciais corresponde ao atual ensino médio, é bom lembrar que o momento
histórico, e no momento vivíamos num mundo difícil, “(...). os estudos sociais
poderiam atender aos problemas da sociedade moderna e ajudar a enfrentar seus
riscos por serem constituído de diferente materiais”. A disciplina estava
preocupada com o cotidiano das pessoas que era muito corrido, era uma
preocupação para a formação das pessoas na sociedade.
Matérias provinham da:
|
Geografia Humana
|
Sociologia
|
Economia
|
História
|
Antropologia Cultural
|
Essas matérias se misturaram para construir as
ciências sociais; “(...). Elas se integravam para explicar o mundo capitalista
organizado segundo o regime democrático norte americano” . Nessa corrente é
preciso ver que tipo de condição a educação está sugerindo, para o individuo
quando se sugere o regime capitalista devemos entender que essa tendência
sugere uma mentalidade aos moldes do capitalismo selvagem, (individualismo, competitividade).
A crítica que
eles sugere nesse sistema não é de oposição, mas que favoreça o sistema,
acreditando que ele é maravilhoso. Para a maioria dos autores,a idade de 9 anos
era a mais adequada para iniciar os
estudos de história a preocupação era a formação do individuo no sistema
capitalista.
2. ENSINO DE
HISTÓRIA NO SECUNDÁRIO
O colégio Pedro II, a escola secundária publica
modelar criado pelo governo imperial em 1837. Ela sofreu bastante
transformações no século XIX, embora ainda a finalidade fundamental estivesse
associada a constituição de identidades nacionais. Até o nome da escola sugeria
uma visão positivista pegaram o nome
imperador, e nem lembraram nome de índios que morreram ou de mestiços no
Brasil.
2.1.A HISTÓRIA E O
CURRICULO HUMANISTICO
“(...). O secundário
foi criado para atender à formação dos setores da elite”. Também surgiram as
escolas privadas. Escolas religiosas de origem europeia para meninos e meninas,
que era bastante amplo com externato e internato no século XIX e XX, na década
de 50 ela sofreu grande concorrência da escola publica com o advento da classe
média. O currículo era o humanístico clássico.
“(...). servia para que o jovem secundarista fizesse
citações e usasse expressões características de um grupo social do povo iletrado”. O colégio Pedro II baseava-se
no modelo Frances de abordar a história que era nos gregos e romanos
predominava o estudo da história geral que era profana.
Idade Media
Idade Moderna
História contemporânea
História profana
O ensino de história se separava do religioso
|
Foram parte do estudo na época do império, e o
ensino secundário não era obrigado para ingressar no ensino superior.
Historiadores no século XIX apresentaram as bases para o ensino de história
divididos em períodos definidos pela ação política.
A Descoberta do Brasil
O nascimento da nação que era notadamente branca, europeia e cristã foi
constituído no período da colonização
A independência e o estado Monárquico
Era baseado na ótica europeia e acreditavam que o Brasil tinha que ser
integrado ao mundo seguindo a matriz do berço europeu
2.2. A HISTÓRIA E O
CORRICULO CIENTIFICO
No fim do século XIX o estudo humanístico foi
criticado por grupos interessados em mudar a configuração do ensino e
consequentemente a economia do país, esses grupos deveriam estar ligados a uma
elite interessada na indústria. O objetivo agora era preparar o cidadão para o
mundo capitalista, e mais uma vez o aparelho educação foi acionado eles queriam
fazer no Brasil o mesmo que estava acontecendo na Europa e nos EUA, queriam
implementar nas escolas a :
Matemática
Física
Química
História natural ou biológica
|
Era voltada para a configuração de um tipo de elite,
foi feito de forma mais organizada e compuseram um novo currículo: Currículo
cientifico. A história foi inserida, sem maiores problemas, foi a história da
civilização com os quatro grandes períodos e separada definitivamente da história sagrada”(...). Os pressupostos iluministas
foram os vencedores de uma concepção de história da humanidade”.mas vale
lembrar que a cronologia criada pelos homens brancos.
O objetivo da história era formar o cidadão
patriótico, que era o possuidor do direito ao voto. Também era voltado para a
formação da elite que eles se preparavam para conduzir o país a um status mais
elevado no globo. A disciplina história continua como ensino complementar
tentaram introduzir a história da America para fazer uma nova mentalidade
latina americana, mas a tentativa fracassou.
A mentalidade era de que a História do Brasil
começou na Europa, o “berço da nação”, tanto que a história do Brasil começou
em Portugal. “(...). O povo brasileiro constituído de mestiços negros e índios
continuava alijada da memória histórica escolar”
Lei Nº 4.244
de 1942. Gustavo Capanema tornou mais
presente com carga horária aumentada e a
história da America passou a ser dedicada.Basicamente ficou definido que a
classe média era especificamente qualificada para a ser suficiente o curso
ginasial para elite o curso colegial que
conduzia grupos selecionados a curso superior.
“(...) A historia nesse contexto tinha por objetivo
apresentar e difundir elementos que
forma a trama da história por meio de
fatos políticos econômicos , e sociais, religiosos,literários,artísticos,científicos,
enfim, os fatos culturais e de civilização ; ou seja servia para a formação de
uma cultura geral erudita”.
Nas décadas de 50 e 60 professores criticaram essa
base de ensino, e que era formado por base em ensino de pesquisa, surgiram
criticas contra a autonomia intelectual e contra o domínio de setores
empresariais pelas política desenvolvimentista, que visavam o crescimento
industrial.”(...) À parte desse formação intelectual via-se necessária a
formação do cidadão político, a qual diferentemente de períodos aliasse a
conhecimentos da história política à história econômica...”
A disciplina ainda
teve que competir com conteúdos dogmáticos como da disciplina Educação Moral e
Cívica e Organização Social e Política do Brasil. (O que é Dogmatismo:
Dogmatismo é a tendência de um indivíduo, de afirmar ou crer em algo como
verdadeiro e indiscutível). Era isso que essas disciplinas pregavam, algo como
se fosse verdade absoluta, do Brasil e da nossa história.
No primeiro grau, passou a ser passado um conteúdo
ligeiramente dogmático, no segundo grau não houve mudança significativa na
carga não substituiu o conteúdo erudito e enciclopédico. Por conta dos
professores houve resistência em abordar um conteúdo que não fosse voltado para
as elites, o objetivo era voltar o ensino para uma visão mais social amplo em
luta por direitos de cidadania. Mas é bom lembrar que os professores da época resistiram
a essa perspectiva de mudança.
2.3. MUDANÇAS E PERMANANCIAS NOS METODOS DA HISTÓRIA
ESCOLAR
A disciplina história até então ministrada com métodos de memorização aos poucos is se
transformando para uma tendência cognitiva de ensino, no método da cognição
“inteligência”. Acredito que o objetivo era desenvolver a cognição do aluno.
O método Mnemônico prevalecia na disciplina. ( O que
é Mnemônico:Mnemônico é um conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o
processo de memorização. Consiste na elaboração de suportes como os esquemas,
gráficos, símbolos, palavras ou frases relacionadas com o assunto que se
pretende memorizar). Por exemplo, no século XIX a preocupação era aperfeiçoar
essa técnica.Teve a história cronológica na técnica “método Zaba” que utilizada
mapas para facilitar a memorização dos alunos.
“(...). de maneira geral, mo Colégio Pedro II e nas
escolas publicas, o ensino centrava-se nas preleções dos professores e nas
leituras dos livros que norteavam os alunos para responderem aos questionários
que seriam repetidos em arguições orais ou nas provas escritas.”. Percebemos
nesse trecho que o método é tradicional, moeu frequente até mesmo na
atualidade, não ficando uma coisa do passado ainda se emprega esse método,
outros métodos surgiram mas todos incitada a memorização e repetição, parece
que ainda era da mentalidade, mas com resquícios na atualidade sobre esses
métodos.
As disciplinas como química física matemática, não
sofreram alteração com ma implementação do currículo cientifico, poderíamos
esperar mais da disciplina história e de seus mestres que continuavam no método
arcaico de memorização, nesse momento a tão sonhada mudança ainda não estaria
por vir, pois os livros didático vinham cada vez mais ensinando ao professor como ensinar o aluno a
memorizar. “(...). passando os livros didáticos, cada vez mais,a indicar os
rumos da aula, a maneira “correta” de o professor dar aula”.
Nos anos 30 do século XX ainda se cogitava uma
mudança, mas a escola tradicional persistia, as técnicas propostas com mostrar
filmes fazer excursão, ainda não era uma realidade, os alunos ficaram relegados
a fazer prova e pegou o chavão, quem não cola não sai da escola.A disciplina se
faz pressente nos cursos preparatórios para
os vestibulares, o objetivo do aluno era dominar os conteúdos para se aprovado
na universidade e faculdades.
Nos anos 50, o conteúdo provinha dos norte
americanos e objetivava o ensino das elites, e consequentemente para mão de obra a serviço dos meios de produção
do capitalismo, novamente o capitalismo aciona a educação para moldar aquela sociedade
em prol dos seus meios de produção, já nesse contexto percebemos que até aqui a
educação de fato nunca foi pensada como algo “libertadora das massas” . Nos
anos 40 e 50 por intermédio de publicação de artigos em revistas, vários
pensadores queriam a neutralidade do professor. “(...). A constante solicitação
da postura neutra do professor evidencia, paradoxalmente, o caráter político da
disciplina”.
Segundo Dewey, o que a historia tem feito até hoje a
não ser treinar para técnicas de memorização, e alijar as massas da historia e
exaltar os grandes heróis, ele dá uma nova visão para a historia : “(...). o
desenvolvimento de outros aspectos da inteligência, tais como o raciocínio,
imaginação construtiva, julgamento critico etc.”. O autor diz que essa proposta
coloca o professor fora de debates ideológicos, mas lembra o que a disciplina
representou no passado uma disciplina que alienava o aluno, e não fazia
oposição a democracia neo liberal fazendo acreditar-se que está tudo certo, ao
fazer isso ela faz ferrenha oposição aos princípios do comunismo e do
socialismo, que nessa época estava rodando o mundo, mas o Brasil mantinha-se
alienada até por intermédio de seus professores que aceitavam o que o governo
impunha uma educação conservadora neoliberal burguês.
Depois começou o debate para a proposta de renovação
de técnicas que utilizassem vários materiais didático e não ficasse preso ao
livro didático parece que começava uma certa liberdade aos professor de
escolher o que fazer de melhor para o aluno, entre eles “(...).estudos
dirigidos, jogos de memorização, trabalhos em grupos para produção de textos,
sem favorecer debates orais” . Quando se iniciava uma interação maior com o
aluno a ditadura vai acreditar que são técnicas subversivas, e fechar essas
escolas e caçar professores voltando à alienação o Brasil, dessa vez por
intermédio do governo dos militares.
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