RESENHA ELABORADA DO LIVRO A COLONIZAÇÃO DO IMAGINÁRIO[1]
AUTOR: SERGE GRUZINSKI;
SOCIEDADES INDIGENAS, E A OCIDENTALIZAÇÃO NO MEXICO ESPANHOL. EDITORA CIA DAS
LETRAS. ASSUNTO HISTÓRIA. ANO DE PUBLICAÇÃO 2003. EDIÇÃO 1º.
Sebastião
Pereira Viana Júnior[2]
José Ricardo Mouta Melo[4]
Paulo
Cristiano Borges dos Santos[5]
Rosivan Almeida
Pinheiro Júnior[6]
João Gouveia dos Santos Feio Júnior [7]
28/05/2014
Tonalli, aculturação, resistência, intrínseca
A Idolatria Colonial
Pelo titulo entendemos que o imaginário indígena, e
os contato com os espanhóis, causaram profundas mudanças, naquela inteligência,
existia um coletivo que pensava de uma foram que foi brutalmente modificado,
por ela Igreja católica e o governo espanhol.
“(...). Ao longo da década de 1620, a população
indígena do México central atingia seu ponto mais baixo, 730 mil pessoas
representado apenas 3% do que fora na época da conquista” A exploração a
degradação da natureza o desaparecimento das religiões vigentes e da cultura
local em decorrente de uma expansão territorial selvagem, seria um sintoma mais
evidentes da incontrolável decadência dos “Macechuales” (Na sociedade asteca, o
macehualli (ou macehualtin, plural) eram a classe social que estava acima dos
escravos , e foram hierarquicamente abaixo pipiltin ou nobres). Também a
aculturação, e a imposição de um clero feros, que crescia a cada momento e
diante de uma imposição de um Deus , no caso a trindade coisa que eles
desconheciam, lembrando que eles estavam se extinguindo.
Aculturação
|
Oitocentos
reguladores de clero 1559
1500 Indígenas por volta de
1580
Sobraram aproximadamente três mil em 1650
|
Podemos deixar uma critica aqui o autor usa o termo aculturação,
mas segundo conta na atualidade, aculturação não existe ninguém esquece
completamente a sua cultura e toma por completa a dos outros os que pode
acontecer é uma fusão, uma transformação que ele vais interpretar do modo dele
e adaptar a sua cultura, aquilo que ele acredita.
Esse triunfalismo da igreja foi marcado por sua
vitória em vista de culturas em conflitos, vaio acontecer além de um massacre
por intermédio de epidemias, pela aculturação, exploração cultural e pela
cristianização. A perseguição dos “dogmatizadores” a destruição dos templos. A
instancia da igreja conduzia uma ação tão sistemática quanto à inquisição
costumava fazer.
Nesse momento a igreja sofria conflitos internos, e
externos conflitos civis etc. E tendo que combater a retomada desses povos por
suas religiões vigente. Por cinco anos seguidos, Hernando Ruiz de Alarcón foi
encarregado pelo Bispo do México Juan Peres de La Serna de colher informações
sobre os costumes pagãos. A investigação servia pegar todos os
dogmatizadores, eles detalharam com
precisão as praticas dos pagãos, e suas idolatria, assim eles se referiam.
Suas visões sobre o paganismo no México era de que o
paganismo tinha uma aparência cristã e de outro um enorme conjunto complexo, de
praticas religiosas. “(...). A Nova Espanha apresentam um campo suficientemente
diversificado para que possamos multiplicar os cotejos e adiantar algumas
conclusões”
Existia uma variação muito grande de culturas
diversificadas por um lado os CHONTALES e por outro os TLAPANECAS. (esses dois
nomes se referem a cidades do atual México) Cada um com seus costumes de acordo
com o clima temperado da região, a mortandade era muito frequente não podemos
chamar de comum, a presença do clero também era eminente, no inicio do século
XVII.
“(...). A penetração variável da economia colonial
com suas haciendas, a criação de gado e o cultivo da cana de açúcar ou as minas nos arredores de Taxco, e
Zacualpan (eram cidades)”. Existia toda uma cultura de crenças também o autor o
essencial da existência indígena é entender o vocábulo e essa mística
imaginação em crer em coisas fantasiosas.
Parece que havia ai um
choque entre as religiões do clero e dos indígenas,mas precisamente dos
MEXICAS, essa sincretização se tornava evidente
a medida que o estudo realizado ia se aprofundando. Havia uma
preocupação em espionar a religião vigente.
Não podemos alegar aqui que o cristianismo na
colônia estivesse legado apenas a um conceito ideológico de dominação, embora
isso tivesse ocorrido ele se caracterizou também por rituais de gestos e
costumes que vão da tradição até a nova geração de colonos. O AUTOR USA A
PALAVRA INTRÍNSECA, para caracterizar essa religião como sendo algo de
dentro das pessoas, por isso cultural.
Existiu um conflito por mais que brutal entre a
colônia e os colonizados. Ele sita a TRIPLICE ALIANÇA, que respeitava essa
diferença de culturas, diferente do cristianismo que impunha toda uma violência
contra os índios e aniquilação dos cultos locais. Além de eliminar os sacerdotes e parte da
nobreza eles tomaram o monopólio dessa nobreza para si, uma violência que se
estender da parte religiosa a econômica.
Com a ascensão do cristianismo, eles tomaram os
antigos centros religiosos para impor os
seus cultos com suas missas e festas
católicas, e a construção de capelas.vale lembrar que eles demoliam os antigos
templos dos mexicas. Os santos escolhidos substituía o CAPULTEOTL (era uma
cidade).
“(...). vencidos esgotados pelas doenças os índios
não dispunham de meios para recusar o cristianismo, que além disso lhes trazia
rituais de substituição adaptados às necessidades de sua sobrevivência” também
as cidades eram rebatizadas com santos católicos, dado significado de domínio
cristão”.
Apesar dessa tirania da conquista e de um espaço
cristianizado essa tendência foi diminuindo ao longo do tempo, “(...). Mas nem
por isso devemos considerar que as massas estivessem completamente
cristianizadas desde o século XVI”. O domínio publico tornou-se mais eficaz do
que a cristianização logo que terminava um ritual da igreja homens iam tomar
banhos seguindo anciãos e demais praticas e rituais indígenas.
A superação da língua ainda no século XVI, foi uma
das barreiras vencidas pela igreja no entanto, o índio em si continuava com as
suas praticas, mesmo que nos altares das casas indígenas tivessem os chamados
santos católicos.
“(...). Ao impor um sistema de impedimentos
canônicos e um costume matrimonial uniforme, a igreja rompia por toda parte
praticas tradicionais de aliança”. havia uma luta ideológica entre igreja e os
demais colonizados, não podemos dizer que a cultura local desapareceu
completamente, mas o autor nos garante que ela foi alterada.
Podemos relacionar alguma mudanças no modo de vida
daquele povo nessa citação: “(...). A introdução da pratica testamentária e da
confissão e a difusão da propriedade privada e do trabalho assalariado semearam
a longo prazo o germe de um individualismo inimaginável antes da conquista”
Percebemos nesse trecho que o capitalismo aqui se
tornou eminente, pois era tudo o que os conquistadores podiam oferecer, morte,
guerras, doenças e capitalismo, houve sim uma mudança , mas dessa para uma vida
selvagem do capitalismo, aliado ao cristianismo católico que veio somar com
essa mudança de mentalidade
Títulos, línguas
“(...).Os cestos domésticos lembram a TLAQUIMILOLLI de
antes da conquistas, “pacotes relicários” que serviam para selar a aliança do
pueblo (povo) com seus tutelares” essa citação remete a uma atividade cultural
que era escolhido pelos familiares homens ou mulheres nesse caso não pela
comunidade, isso foi mais uma prova da resistência cultural indígena, até
porque segundo o autor é intrínseca .e que escapava da influencia da igreja
católica.
Essa pratica levava a criança a fura a orelha, e ao
seu tonalli que era a sua força que ligava diretamente ao cosmo, e lhe dava
vigor calor e valor. “(...). O tonalli exercia dois efeitos consideráveis. A
curto prazo garantia a sua sobrevivência e o crescimento da criança; a longo
prazo influenciava sua personalidade”
Existia todo um ritual na doença caso a criança
morresse na infância ou sobre a recuperação de uma pessoa doente, não era
restrito somente a penetração do cristianismo, existia toda uma crença,
oferendas na colheita etc. Que fazia desse povo, um diferencia na expansão do
cristianismo.
Ela
encontra-se enraizado no seio da maioria das atividades indígenas, que representa uma forma de resistência
intrínseca “(...) Tudo o que se relacionava
à produção e à distribuição dependia da idolatria” eram atividades
culturais baseadas nas crenças, e que o cristianismo não conseguis controlar.
Antes o indígena fazia da sua produção que não era o
capitalismo, tudo uma base de rituais e crenças em seres sobrenaturais,
curiosamente com o advento dos conquistadores
espanhóis, e de seu capitalismo,. O índio, também passou a fazer desse
novo modo de produção, uma válvula de escape para o terror que estavam vivendo
e passaram a cultuar as mesmas crenças nessas atividades. “(...)... Ou seja, a idolatria não se limitava
a preencher passivamente os vazios deixados pela penetração parcial do
cristianismo”.
Os ritos culturais encontra-se enraizado na cultura
indígena, é intrínseca, e a Igreja com o seu cristianismo não pode deter esses
cultor, essa cultura que resistia, ao mesmo tempo sim se fundia como
cristianismo causando o sincretismo
religioso. Que hora se confundia coma as praticas católicas, hora com os cultos
e rituais indígenas.
Por um lado os indígenas acreditando nas forças
espirituais, tudo relacionado as coisas que eles faziam; mas vale lembrar que
esse é um momento novos porque eles estavam sob pressão da igreja do
capitalismo, mesmo assim nesse meio de produção selvagens eles botavam
toda a sua crença, em rituais típicos de
sua cultura, tudo que se relacionava a produção dependia da idolatria, se ele
fazia alguma atividade ele fazia ao ritual religioso.
Tudo isso alem da teoria de ser intrínseco, se dava
também pela dificuldade das novas praticas de trabalho, da imposição dos
espanhóis O autor fala a palavra SANGRIA, retirado dos indígenas isso quer
dizer que eles eram violentamente explorados eram escravos, e o trabalho era
pesado, a idolatria também pode ser considerada como um saber das populações
indígenas, em vista da nova forma de
vida que eles tinham que aderir que era o ter que ascender por meio de lucros,
conceitos típicos do capitalismo, no entanto caia numa ilusão acreditar nessa
ascensão.
“(...).. a luta contra
a morte e a doença e os perigos do parto também eram pontos de fixação da
idolatria, igualmente graças a homens e mulheres que conheciam as palavras e as
plantas”. Parece que havia um titulo dado pelos espanhóis aos índio merecedor
que era:
Indicação de status superior
Qualificado pelo dom espanhol
Don, na palou ou cacique
Existia títulos nobres entre os mexicas
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Essas senhoras existia em maior quantidade do que os
homens, que faziam adivinhações, achavam objetos mantém a estabilidade na casa
e encontra a mulher sumida etc. Sua experiência se igualava a dos “médicos,
adivinhos,sábios, feiticeiro”.
Cotidiano, classes
Os feiticeiros ajudaram o povo em seus problemas do
cotidiano, de angustia, aflição etc. Aos olhos dos índios esses feiticeiros ou
curandeiro não eram vistos com bons olhos, porque eles usavam os seus poderes
místicos para se beneficiar, enrolar trapacear “(...).feiticeiro era heterodoxo
para o cristianismo ou maléfico aos olhos dos índios”.
“(...), A idolatria fornecia uma resposta para a
desgraça biológica e social, e a precariedade das condições de vida”. O
trabalho era causticante em resposta vinha a idolatria que o autor no trecho a
cima como sendo uma resposta a essa condição de vida que depois da vinda dos
espanhóis mudou bastante e para pior.
O NAHUALLATOLLI, que
era uma linguagem secreta, e esotérica,ela foi muito usada para camuflar as suas praticas, e cultos em
vista que a igreja perseguia. Também por intermédio desse XOXOUHQUI, que
causava dores nos índios, eles faziam rituais para acabar com esse tormento,
assim como a invocação a entidade para dar auxilio aos índios que combate.
É certo que muitas
rituais foram pegar do cristianismo alguns elementos, outros foram criados,
principalmente com a vinda de animais, tudo o que eles não conheciam antes da
conquista. As anciãs e velhos, assim como em casa e na comunidade, a tradição
ao sendo transmitida de geração em geração, de pai pra filho. Nesse contexto,
os EXTIRPADORES, sempre denunciaram as praticas e os complôs feito pelos índios.
O NAHUALLATOLLI, é
evidente de origem pré hispânica, ela estava paralela a religião cristã e aos
letrados espanhóis a idolatria portanto era “popular”. Existiam pinturas feitas
pelos índios, que os extirpadores confiscaram e o autor fala que era uma
cultura em regressão, os saberes e as idolatrias, essa tradição teria sido
mantida pela camada mais modesta da população “(...). plebeus, vendedores,
ambulantes, e parteiras”
Se o autor fala em
regressão eu só posso entender de uma forma que o contado com os espanhóis, foi
uma barbaria, não foi benéfico para os mexicas, eles partiram para um modo de
produção predatória, por regressão eu entendo isso.
Deuses e Sacerdotes
Os índios estavam relegados a uma vida em que alguns
aderiram a cultura hispânica, outros preferiram atender os sacerdotes
remanescentes. “(...). a influencia cristã e colonial teve um efeito apenas
indireto limitando –se a desenvolver a democracia um mistura interna”.Ao
TEOTLAHTOLLI “palavra dividida que contavam a origem do mundo e a gesta dos
deuses, ainda tinha os TONALPOUHQUE; Que ainda contavam os dias dos calendários.
Eles estavam completamente na realidade que evocava,
era aqueles que conhecia a terra dos mortos e o domínio dos céus. O Sacerdote ,
Senhor dos Encantamentos ou Príncipe das nauas (A escrita asteca (também
escrita nauatle) é um sistema de escrita pictográfico e ideográfico
pré-colombiano usado no México central pelos povos nauas).CIPACTONAL: O
inventor do calendário pode ser identificado com CENTÉOTL deus do milho.
Deuses
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QUETZALCOATL
XIPE TOTEC
CIPACTONAL
AXOMOCO
XOCHIQUÉRZAL
MICTLANTECULTLI: é o senhor da terra dos mortos
TEZCATLIPOCA: Poder supremo conhecimento dos
signos e dos destinos
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Divindades primordiais
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Terra
Fogo
TLÁLOC deus tutelar do pueblo (povo)
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“(...). Para tanto seria preciso atribuir aos deuses pré hispânicos uma
personalidade uma individualidade que jamais tiveram”. YÁOTL, “o adversário”
permite vencer um combate. Era o sacerdote que qualificava o conjurador como
seres ou coisas aos quais se dirigia antes da conquista “(...). Ao receberem a
denominação de TLAMA CAZQUE, todos –homens,
plantas, animais, instrumentos e ferramentas por eles utilizados”. Dela Serna
confirmaque os TLAMACAZQUE de outrora eram divinos eram igualmente homens
idosos.
Curandeiros,
feiticeiros eram considerados pagãos e foram todos condenados pelo
cristianismo. Uma vez esses sacerdotes considerados a sua natureza divina eles
podiam fazer mais variadas coisas condenar, destruir, apaziguar, repelir etc.
Existe os mais variados contos que nos podemos chamar mitologias que por
intermédio dos sacerdotes davam uma realidade aos índios.
Parentescos, Praticas no cotidiano, idolatria
As relações de parentesco vincula deficiência e respeito,
isso na sociedade de antes da conquista. Termos como MACECHUAL, empregado em
seu sentido pleno e as palavras TECUHTLI, DILLI, TLAÇOPILLI, que aplicavam
tanto para deuses como para planta e animais. “(...).Assim o conjurador manda o
OLOLIUHQUI, um alucinógeno poderoso cosolar seu vassalo que em troca irá
trabalhar para ele e varrer para ele”.
Palavras meu pai (nota)
Minha mãe (noman)
Ou meu pai e minha mãe (nota noman)
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Designavam potenciais divinos, tios e irmãs mais
velha tende a ocupar posições antitéticas, é preciso reconhecer confirmar a
profunda ambivalência dos seres e das coisas que povoavam a realidade indígena.
CICHUATL: mulher designa um vasto domínio feminino que inclui irmã mais velha e
mãe. TLAMACAZQUI:conjunto masculino ou não associados a (tio) mas também se
aplica a divindades primordiais (como fogo).
O conjunto recorre a uma divisão sexual os
sacerdotes são: TLAMACAZQUE
CIHUATLAMACAZQUE. Tudo isso constitui uma idolatria é bom lembrar esses
aspectos. “(...). Constata-se então que a idolatria colonial evoca modelos
eminente contestados pela dominação espanhola e pela cristianismo. Quer se trate
das hierarquias das nobrezas e títulos indígenas”.
O titulo (TLATOANI) foi banido pela coroa e o de
TECUHTLL (chefe) foi caindo em desuso, e os sacerdotes perseguidos
desapareceram de sua forma antiga. Havia toda uma organização familiar já havia
famílias cristãs as famílias nucleares na fixação entre parentesco por aliança
igualdade entre primogênitos e caçulas.Existia monogamia e o papel dos tios
tendia a diminuir por impedimento canônico.
“(...). O que não significa que a sociedade antiga
tenha sido riscado do mapa”. Pouca que é esquecido o modo como os índios
aderiram ao estado que estava sendo formado, os seus modos culturais não
desapareceram completamente, mas tiveram que ser reinventados diante dos espanhóis e do cristianismo, a
idolatria permanecia nesse novo mundo, mas dessa vez sincretizada com o
cristianismo e o capitalismo selvagem.
“(...). Uma antropologia dos sentimentos mostraria
que a idolatria que o sacerdote coloca em jogo estados afetivos e reações
psicológicas que são parte integrante da existência indígena”.
A idolatria se insere profundamente no terreno
afetivo daquele catolicismo, também envolvia as doenças a caça a pesca, até
mais do que os próprios mitos correspondia de suas vidas. O conjunto das
ligações entre forças e coisas paralelas a idolatria, está as praticas cristãs
que tenta explicar diversas coisas que está relacionado no cotidiano, uma deles é o livre
arbítrio.
A mácula náutle – cobre a ideia poeira e sujeira, o
erro de um pode colocar a unidade
domestica e o grupo inteiro, entre outros também pode ser entendido como a
personificação do mal. GONZALO AGUIRE BÉLTRÁN: chamou a atenção para a
dependência na etologia naua das doenças, os índios acreditavam que ocorre
trocas ou conflito entre divinos anônimos. (TLACATL, a pessoa MAHUIZTLI, o maravilhoso e terrível) .
Eles temiam diversas coisas, que poderia acontecer
referente a seus deuses entre elas a perda do RONALLI, que já falamos
anteriormente. “(...). A noção (cristã) de pecado de macula moral do ser não
funciona aqui”. O curandeiro assume o papel de insubstituível diante de tanta
idolatria nesse cotidiano cheio de crenças.
O curandeiro oferece interpretação as relações
sociais valendo-se de todos os meios oferecidos pela idolatria ele é um agente de
controle esporádico. “(...). Ela é muito mais do que isso pois afunda a
representação de real e a manipulação da realidade assim concedida”. E também
ocorre uma atividade intelectual já que ocorre uma interpretação, uma versão do
que o curandeiro está fazendo diante de seu cliente.
Essa idolatria passa por diversas técnicas, as mais
variadas no cotidianos dos mexicas, desde a previsão do futuro até a previsão
de signos etc.Os rituais como os caçadores, pescadores que gritavam e
gesticulavam também era ligado a idolatria, como a preparação dos materiais de caça, pesca e plantação , em
fim as mais variadas atividades dependente da etapa distinta. E sucessivas de
recitação dos conjugues. Existia todo um ritual e um procedimento material
envolvendo esse cotidiano fantástico.
“(...). A idolatria é também uma panóplia, (Conjunto
de elementos reais ou abstratos, usados para a mesma finalidade).muitas vezes
rústicas e banais como cabaça cheia de água grãos de milho e de copal”. A
idolatria n]ao é como o cristianismo, nela busca-se a realização material para
uma bem sucedida vida e materialista. É o que se deu a entender, mas
o autor coloca que ela não é igual ao cristianismo e os evangelizadores, ela
compõe colocar-se a sua fé em todas as praticas cotidianas da vida, os mexicas acreditavam
que tudo dependia dos deuses por isso impunham as suas crenças e praticas nos
deuses.
“(...). A idolatria não requer a adesão pessoal ela
enreda a todos num entrelaçamento fluido de dependências dádivas e sacerdócios
multiplicados ao infinito”. A idolatria
não pertencia ao cristianismo não existia essa pratica acredita que as coisas do
cotidiano que tenha que ter um ritual para tudo, é uma identidade particular na
vida dos mexicas, isso se mostra nas pinturas, nas pirâmides etc.
IDOLATRIA EM QUESTÃO
O autor fala muitas vezes que o cotidiano mudou,
outras que foram um século de dominação e cristianização logo o cotidiano mudou,
mas ele diz que serviu para garantir uma clareza de raciocínio que nos
acreditamos sendo do raciocínio dos mexicas. Mas ele atenta de que nos não
podemos cair em um erro a qual foi cometido por autor pesquisadores que foi
acreditar que os mexicas viveram depois da conquista intocáveis em sua cultura
por tanto ele confirma que houve uma aculturação cristianizada, houve sim uma
mudança e até eles aderiram ao cristianismo mesmo que pela força.
Parece que o etnocentrismo, se fazia na igreja
católica já naquele tempo, nesse momento eles acreditavam que os outros povos
tinham que aderir a sua crença ligada ao cristianismo. “(...). Devemos
igualmente evitar o excesso oposto, isto é, considerar a idolatria como mero
amálgama (AMÁLGAMA: Fig. Mistura de
pessoas ou coisas heterogêneas, confusão: um amálgama de cores). de supertições,
encavalamento de desvio de espírito ou de vícios do paganismo”.
A idolatria como ele coloca nos devemos renegar, ela
atrasava a produção e invenção de novas técnicas, porque tudo era atribuídos as
crenças, e os problemas sociais, fome,
miséria, problemas na colheita, foram agravados pela dominação espanhola, eles
não vieram para melhorar mas para dominar. Com a conquista, as escolas que eram chamadas
de TELPOCGCALLI (escolas) foram sendo destruída assim com a classe dos sacerdotes dos mexicas foram
caçados.
Derrocada da idolatria,
sincretismo, arte
“(...) O milho
e o pulque são alimentos, tanto quanto
parcelas do poder divino.”
É importante lembrar que em tudo
acima para que a idolatria se manteve, mesmo com o fim das instancias dos
sarcedotes em fim do sistema que mantinha toda uma função cultural. Também
caímos no risco de acreditar que essa idolatria remanescente fosse das classes
populares, o que pode não ser, acreditasse que era por conta de nobres mexicas.
Essa modificação cultural da
idolatria pode ter afetado também as práticas “(...) os índios do povo buscam
nela meios para uma ação eficaz sobre os seres e as coisas”. Mas muitos saberes
se perderam junto com o trágico fim dos sarcedotes tradicionais, assim como a
busca pela recuperação do TONALLI extraviado em ritual parece ter perdido o
sentido até par aos índios.
“(...) não há
mais índios que compreendam o CÔMPUTO CERIMONIAL nem que saibam quando começa
ou acaba o ano.
A idolatria
teve que se adaptar como o autor exemplifica no caso dos curandeiros que iam
para o convento atender as freiras. “(...) ainda que adorassem ídolos,
visitassem as grutas, encomendassem sacrifícios de crianças ou deixassem tomar
por um pânico coletivo”.
As idéias do
autor oscilam muito, percebemos que hora ele fala que a idolatria sofreu conseqüências
profundas de mudanças, inclusive de “aculturação” e hora ele fala que ela
resiste. Isso ele se refere ao século XVII, especificamente nos campos de MORELO e de GUERRERO, mas a idolatria
podia coexistir o que fazia na década de 1570 ma grande preocupação da igreja “(...)
eles acreditavam em Deus ao mesmo tempo que praticavam seus costumes antigos e
os ritos do demônio”. Para DE LA SERNA, até avaliou os índios como: Querem
poucos cristãos, mas na verdade são idólatras, mas não podemos esquecer dessa
visão etnocêntrica de DE LA SERNA até por que era índios que ele perseguia.
“(...) Querem na maior parte do tempo em suas invocações, curas e superstições,
imitar os ministros da Igreja e usurpar mais funções”.
(vou iniciar a página 264)
Os Santos
Católicos tinham sido inseridos na categoria de que tinham que ser temidos,
esses procedimentos de inserir elementos novos chama-se organização autóctones.
A idolatria estava pronta para anexar novos rituais, novos ritos, havia toda
uma anexação de santos católicos aos desses mexicas.
DIVINDADE DO FOCO – VELHO
XIUHTECUTLI também chamado de XOXEPTZIN = São José. XIMEONTZIN = São Simão
ESPÍRITO SANTO = Forma de
“PÁSSARO O ESPÍRITO IN TOTOIL IN SPIRITO.
Mas nesse caso
de espírito santo, ele atacam o doente para torná-lo impuro no início do século
XVII a idolatria tinha um caráter diabólico. Mas havia um culto a Maria, uma
invocação a Santo “(...) Assim o conjurador implorava a virgem. Seja minha
mediadora, pois muitas das coisas que criaste se perdem”.
5. A CRISTIANIZAÇÃO DO IMAGINÁRIO
Havia um choque religioso, a
realidade indígena era uma a do cristianismo era outra, no momento em que o
cristianismo é implementado a realidade vai se modificando.
Inicialmente
os índios acreditavam que Cartés era o deus QUETZALCOATL, mas na questão de ver
os religiosos a encarnação dos monstruoso TZITZIMIME que eram as criaturas de
seu apocalipse. E os colonizadores e religiosos não hesitaram em enxergar as
manifestações dos deuses mexicas como sendo as manifestações múltiplas de
satanás “(...) de modo que longe de ser completamente negada uma parte das
culturas indígenas representava para os religiosos, a realidade ameaçadora e
negra do demônio”.
O autor diz
que não significa que o sobrenatural de um tenha virado o diabólico de outro,
mas ela igreja exclui o estudo em geral as culturas indígenas tinha um
significado decisivo (sonho, alucinação, embriagues) uma vez que eles se
mostravam hábeis em decifrar sonhos.
Parece que houve uma mistura
relacionada as divindades cristãs e mexicas, o autor não fala em sincretismo.
MICTLÁN NAVA – INFERNO
CRISTÃO
CEU CRISTÃO – ILHUICATL
DEUS – OMMETÉOTL
TONANTZIN – VIRGEM MARIA
No caso de
TONANTZIN que era denominar deusa mãe, entre outras que eles compararam termos
parecidos com seus Santos Católicos, eles deram essa designação.
Foi essa
espécie de fusão que os franciscanos ao ensinar o latim faziam ou dava-se a
entender essas comparações. “(...) sabe-se que alguns evangelizadores
apresentavam os seus ensinamentos com quadros sobre os quais faziam
comentários”
Os ensinamentos
ocorriam em pleno século XVI em capelas poucos ornamentadas nas igrejas e
índios que freqüentavam essa forma de educação imposta pela igreja.
Vários índios
começavam a pintar artes de que a igreja lhes ensinara, foram muitos que
seguiram esses passos, e inclusive
produziram e difundiram pinturas flamengas e espanholas, até no povoado vizinho
de TLATELOLCO houve uma corrente que seguia. Foi um entusiasmo pelas
representações européias.
Essas artes
preocuparam o Arcebispo do México, por acreditar que para haver uma mistura de
fé e paganismo os mexicas estavam transformados e faziam as pinturas cristãs,
mas não abandonavam a idolatria ao mesmo tempo que pode ter havido acreditar na
comparação e mistura da realidade européia com a realizado mexica. Isso era a
inquisição de olho nos indígenas, dizem que beirava a heresia.
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Nossa Senhora, Deus e Curandeiros
Espanhóis
A obra de
Virgem Maria de Guadalupe obra de Miguel Sanches, segundo ele a virgem teria
aparecido em 1531 na colina de Tepeyac a um índio chamado Juan Diego, ela teria
dito para ele colher flores e levar para o
bispo do Méxixo quando ele abria a capa que envolvia as flores a imagem
da Santa teria aparecido. “(...) a
partir de então os escritos, os sermões, os sonetos e os poemas consagrados a
Guadalupe alimentavam o embrião de um nacionalismo crioulo”.
Então
percebemos que nesse momento houve uma consagração ao catolicismo, ao
cristianismo, e a Virgem Maria. Parece que a investigação de 1666 entre as manifestações deixou em vigor que a
igreja tentou recuperar o controle sobre as aparições mariana. “(...) é digno de nota que como títulos
primordiais, a igreja tratasse de forjar um passado, de cuja autenticidade
também estava convencida”.
Quer dizer a
igreja refez uma possível história de um possível milagre de uma santa, mas que
ela mesma enquanto instituição igreja era crente do que contava ter acontecido.
“(...) os dois padres estabeleciam uma memória e apresentavam os fundamentos de
uma entidade para uma nova sociedade”.
Então percebemos que a igreja
naquele contexto fazia o papel de forjadora de uma identidade social nova, uma
transformadora social em vista daquilo que ela acreditava ser sociedade. Era o
seu mundo sendo colocado para outras pessoas.
Mesmo assim, a
devoção a virgem de Guadalupe ocorreu contra pelo menos metade da igreja. Mas
no século XVII a devoção e os milagres espalharam-se por todas as classes
sociais.
Não devemos
esquecer que a virgem de TEPEYAC apareceu para um índio deixando um recado e
esse acontecimento se expandiu, não foi um caso isolado, em 1576 e 1580 virgem
apareceram para índios de XOCHIMILCO e de TLATELOLCO.
Também acontece de num traslado,
os índios terem visto os braços do crucificado se mexerem, o fantástico
imaginário cristão estava se solidificando com o mundo dos índios.
Nessa visão,
do cristo, uns pensam que estava vivo e que os abençoava, outro que era o
herdeiro Cristo... enfim, o mundo cristão estava instalado na cultura México.
Curioso nas
voltas que o que procurava a igreja agora não era o paganismo, a idolatria, mas
com possíveis desvios da exaltação religiosa “(...) na década de 1580, existia
entre os índios de México e dos arredores uma receptividade ao milagre que já
não era de caráter individual, mas coletivo”.
Como o autor
deixa claro, o sagrado e o sobrenatural dos vencedores se enraizaram na
sociedade indígena principalmente na primeira década do século XVII.
Parece que a
ordem católica se instalou nessa sociedade, uma ordem cheia de dogma e
sacramentos e hierarquia, complexa num primeiro momento, mas ao cansaço e os
acontecimentos dos sobrenaturais envolveram os índios de tal maneira que eles
incorporaram o mundo cristão e seus Santos.
TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO –
1571
CHEGADA DOS JESUÍTAS –
1572
III CONCÍLIO MEXICANO –
1585
CLERO DE 800 PARA 3000 –
1559 E 1650
PADRES SECULARES DE 158
PARA 451 – 1575 E 1622
Com todo esse
poderio evangelizado, e um enfraquecimento e desorganização da sociedade
indígena seria evidente uma projeção mais elevada da “IGREJA BARROCA”, e a
ascensão da nova Espanha.
Em vista que a
população indígena deixava as suas cidades e seu povo atrás das cidades com
população branca e mestiça, o vice reino tinha 17 mil indígena e outras que
atraíam cada vez mais milhões de índios para essas cidades colonizadas. “(...) cada vez mais em contato com os
espanhóis e os mestiços eles eram levados a se integrar ainda mais a uma
religiosidade coletiva e plausiétnica pontuadas pelas grandes procissões
anuais”
Muitas
transformações ocorreram nessa colônia, principalmente no campo econômico e
religiosos , se por um lado a economia indígena era sujada causando pobreza
onde já existiam homens brancos pobres, assim como indígenas mendigando.
Todos iam de
encontro as celebrações da igreja, que eram construídas no lugar dos conventos,
parece a necessidade que igreja tinha em conquistar novos fiéis estava se
concretizando, já que a reforma protestante trouxe muito prejuízo para esta
instituição. Também aliado a isso está o grande número de acontecimentos
sobrenaturais que envolvem esse cotidiano.
Nesse
cotidiano houve muita narração de acontecimento, que arrastavam populações
inteiras e muitas delas o estado de depressão e excitação extremas.
A missão
jesuíta referente aos mexicas tinha por objetivo integrar os mesmo na lógica do
catolicismo em que o purgatório não era falado muito como penitência para o
cristão, mas eles queriam salvar as almas agora, para que os índios possam se
tornar cristãos.
Houve uma
crise da idolatria em vista que a empresa catolicismo ascendia, em meio que os
índios não tinham resposta para os acessos delirantes as prisões alucinatórias
de perseguição.
Mas o autor
deixa claro que não podemos negar a clareza das manifestações indígenas
referente ao espiritual. As práticas estavam enraizadas na cultura dos mexicas,
práticas, cultos e o tribunal do Santo Ofício procurava mais conter do que
extirpar.
No mundo
cristão vinha a figura de Deus e da Vigem Maria. “(...) em momento algum a
dominação da igreja chegou a ser ameaçada”. No entanto ela encontrou em solo
americano os seus adversários, judeus, hereges. “(...) é sempre bom lembrar que
para os índios em geral o cristianismo era tanto o dos padres quanto as versões
que lhes ofereciam os índios de igreja”
Percebemos que
havia os índios de igreja, e isso já era uma mudança favorável ao que a igreja
queria que era o controle dessas pessoas.
Nesse mundo é
bom falar que, espanhóis, negros, mulatos e mestiços, praticavam a adivinhação,
mas não se igualava a idolatria e ao cristianismo eram práticas que foram se
desenvolvendo de forma desordenada bem crítica.
Também é bom
ressaltar que as práticas e idolatrias persistiram numa sociedade complexa e
hierarquizada como sendo uma resposta a essa condição dominadora de espanhóis e
da igreja que ainda tinha uma grande camada de escravos africanos.
Nessa resposta
a igreja das práticas, era porque ela igreja queria impor os seus Deuses e
Santos, Deuses porque me refiro a Deus e Jesus dos Santos, então por meio da
resistência as práticas e cultos mesmo sincrética permanecia.
Os índios
estavam realmente numa cruzada, por um lado a igreja condenando, perseguindo as
práticas por outro autorizando as práticas de curandeiros espanhóis, houve
então uma desorientação. “(...) e os índios, a desarticularem na percepção do
mundo nesse conjunto de crenças, espaços e contraditórias que refletem o
surgimento de uma sociedade inédita”.
CONCLUSÃO
Percebemos que
as sociedades que entraram em choque a européia e a que se denominava mexicas vieram
carregada de cultos, crenças, idolatria de ambos os lados, havia três segmentos
nesse campo que era o governo espanhol interessado na economia; a igreja que
vinha de uma derrota para a reforma embora o autor fale apenas uma vez nesse
momento e o império Asteca “mexicas”.
O autor não
fala no sincretismo, mas fala muito em uma espécie de mistura de cultos e
crenças com os índios e os católicos. Também fala na força do Governo Espanhol
e da Igreja Católica nessa cruzada estava os mexicas que recebem toda essa
carga.
Até na guerra
as mexicas o viam de outra forma enquanto os europeus faziam a guerra total,
eles eram para pegar prisioneiros para o sacrifício de seus deuses.
Dizer que
aquela magnífica cultura foi extinta é um erro, ela não acabou, permanece até
hoje, a religião católica veio e se instalou somado com muitos segmentos da
idolatria. E vale lembrar que o termo idolatria é parte pelo autor como uma
visão etnocêntrica da igreja.
Bibliografia:
Serge Cruzinaki; Sociedades Indígenas e Ocidentalização No México
espanhol. Editora Cia das Letras 1º Edição. 2003
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