Direção:
Jean Jacques Annaud Roteirista Gerard
Brach . Gênero: épico. Tema principal: a descoberta do fogo. Atores: Everett McGill, Ron
Perlman, Nameer El-Kadi, Rae Dawn Chong Original: La Guerre du Feu. Região: 2
(Alemanha) Duração:
96 m Ano: 2001
Sebastião Pereira Viana Júnior[2]
O contexto do filme se passa na pré
história, ou idade da pedra lascada. A guerra se dá devido a necessidade que a humanidade
tinha, nos seus primórdios de que precisava
para sobreviver, e quem possuía o fogo
era sinônimo de poder, riqueza cultural, aquele que sabia manipular o fogo,
dominava e escravizava outras tribos. O que não era o caso da tribo dos
protagonistas, que mantinham ele aceso a todo o custo, por não terem o conhecimento
de fazer produzi-lo ou acende-lo. Mas eles não eram os mais atrasados, tinham
aqueles que não se diferenciava muito dos macacos, e que lutavam por fogo
também, nesse caso, as duas tribos não dominava o elemento primordial da
natureza que propiciava um grande poder na época o fogo.
Três membros da tribo foram
designados para irem em busca do fogo. Isso
parecia uma missão de honra pois outros queriam ir, mas um homem que era
uma espécie de líder deixou para os três que foram escolhidos.
A
terra nesse período era habitada por seres primitivos, vivendo em cavernas, em
grupos nômades, tendo ao lado animais pré-históricos, como o tigre
dente-de-sabre, o mamute etc. O perigo
que o homem enfrentava com animais ferozes era constante, a tribo não havia
aprendido a domesticá-los, ainda era muito rudimentar, os seus conhecimentos em
relação a natureza.
Por isso enfrentaram diversos
perigos atrás dessa nova chama de fogo. Durante o percurso, encontraram outra
tribo, essa de canibais, e tiveram que
enfrentá-los e saíram vitoriosos, conseguindo alcançar o objetivo almejado. E
ainda salvando uma prisioneira mantida por essa tribo e que depois insiste em
ficar com eles.
E assim, resolvendo seguir a mulher que salvara dos
canibais, encontra a tribo Ivakas, que sabia como fazer fogo, era uma tribo, muito mais desenvolvida, que conhecia frutas,
artesanatos e já moravam em cabana. Ao chegar nessa tribo, foi recebido com boa
alimentação e muitas mulheres para fazer sexo, mas iria se tornar prisioneiro
dessa tribo.
Porém, com ajuda conseguem fugir, e
novamente enfrentam outra tribo desta vez no 2º confronto o meio técnico de
matar tribos rivais que tinham técnicas de guerras mais avançadas, foi muito
forte. E se sobreporem sobre os mais fracos, igual nos dias de hoje, o mais
forte dita as regras.
E assim, os três conseguiram chegar
em sua tribo com o fogo e levando consigo a mulher que salvara e obtendo um
final feliz para um dos membros que havia saído em busca do fogo.
A partir do filme compreende que o
fogo é o material histórico, e quem o
dominava tinha grandes possibilidades de sobreviver, ele era o mecanismo que
regia a vida.
Karl Marx em sua obra remete a esse
contexto da pré-história, ressaltando que sobre o grande poder exercido por
quem tinha o fogo, ou seja, quem dominasse o fogo, dominava outras tribos. Na Introdução
de 1857, Marx afirma que “a anatomia do homem é uma chave para a anatomia do
macaco” Tanto que, quando os homens primitivos perdiam a sua chama em
decorrente de uma guerra com outros grupos de hominídeos, tinham que
imediatamente sair em busca de outra chama, pois o fogo tinha uma importância
para a sobrevivência.
Podemos relacionar também esse
filme, com o que ressalta Vygotsky,( 1924-1934 ) “(...) a interação entre
grupos diferentes acarreta um aprendizado muito importante para todos os
participantes... Afetividade e inteligência, apesar de terem. funções definidas
e diferenciadas, são inseparáveis na evolução psíquica”.
Compreende-se que uma parte dessa
teoria diz-se que o homem precisa das relações pessoais para se desenvolver, e
foi o que aconteceu quando as duas tribos “Ulan e Ivakas” entraram em contato. Uma por ser mais desenvolvida
contribuiu para que a menos desenvolvida a “Ulan” aprendessem a fazer coisas
novas, rir, bem como a produzir o fogo.
Fica
evidente, que a aprendizagem do
homem, só poderá ser compreendida como um processo de formação resultante do
contato e da colaboração da sociedade, o que interfere diretamente no
desenvolvimento do pensamento e do raciocínio de cada um”.
O filme
nos deixa claro que a interatividade com outras pessoas, ou tribos, proporciona
uma mudança nos meios técnicos e nos traços cultuais.
Tudo isso condiz com a teoria do Vygotsky que segundo esse autor atribuía um valor
preponderante às relações sociais no processo de construção do sujeito, como bem
observado no filme esse processo que desenvolve o ser humano que aprende novas
coisas e transmite para outras gerações fazendo assim um ciclo cultural que
envolve as pessoas.
A partir do estudo realizado vimos
que a espécie humana ao longo de sua saga passou por diverso momento de
desenvolvimento. O intercambio cultural e genético, foram cruciais nessa troca
cultura, e que o filme retratou foi muito forte, e importante para o homem. E
isso aconteceu muito à questão do sexo e da cultura, que foi de fundamental
importância para o desenvolvimento da espécie. Os mecanismos criados para a sobrevivência
como conhecimento de frutos, medicina, domínio do fogo para a época era
considerado muito avançado. Diante de tamanho momento rústico a qual o homem
vivia
Entendemos
que a necessidade de dominar a natureza, está ligada com a necessidade de sobrevivência
dos homens, e de que eles aprendendo e desenvolvendo armas, a imaginação que faltava
ao macaco sobrou no homem. Por isso ele conseguiu mais tarde se destacar em
relação aos outros animais. Se diferenciaram para mostrar que no decorrer da
saga humana houve fatores fundamentais que foi o trabalho em equipe,
imaginação, descobertas, e a transmissão de conhecimento.
Conclui-se
que a natureza humana, por ser violenta
em que guerreava, e matava uns aos outros, não é pois somente marca do passado,
mas atual, também, existem muitos aspectos em que percebe-se a qual é a origem
da necessidade em que o homem sente em mostrar a sua força para
o seu semelhante, a necessidade de poder, sexo, em fim, o domínio do
homem sobre o homem, são marcas na historia humana, até nos dias atuais.
Referencias:
http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=1244
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml
http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt13/t132.pdf
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