A ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO E A CORRENTE
HISTORIOGRÁFICA MARXISTA
*SEBASTIÃO PEREIRA VIANA JÚNIOR
*FRANCO COUTINHO LOBATO
*MARILIA DE MELO VIDAL
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
PROFESSORA: (M. A) ANDREA DA SILVA PASTANA
RESUMO
Este artigo baseia-sena observação da corrente Historiográfica Marxista
presente nos livros didáticos, especificamente em três obras que são: “Nova
História Crítica”, e o “Projeto Radix”, dos professores Mário Schumidt, e
Cláudio Vicentino, respectivamente,onde buscaremos identificar e problematizar
a percepção das correntes marxistas, Fonte: Acervo pessoal apresentadas nesses
livros. Procuramos identificar as
correntes propostas: “Marxismo Ortodoxo”, “Marxismo Clássico” e “Marxismo
Cultural”, verificando o contexto onde se encontra e quando não se apresentam
essas correntes, ou vertentes marxistas.
Identificadas as correntes, temos a ousada intenção de apresentar uma
proposta mais dinâmica de abordagem, diretamente nos textos, na conceituação do
Marxismo, e dispor críticas construtivas, para que possamos instigar e
estimular os leitores ao debate, à busca da compreensão sobre o assunto, e de
uma possível aplicação das idéias em suas vidas. É diante desse quadro, de uma sociedade
formada por uma “ditadura burguesa disfarçada”, cheia de injustiças sociais,
que baseamos o nosso trabalho, tratando concomitantemente da questão da
participação da mulher e seu envolvimento nas lutas por emancipação, nas lutas
de classes, além de tentar despertar senso crítico nos leitores para análise
sobre a classe dominante, e refletindo sobre o seu papel social e seu senso de
justiça.
Palavras Chave: Livro Didático –Marxismo –Ensino de
História-Revolução
SUMMARY
This article is based on the
observation of the Marxist Historiographic present in current textbooks,
specifically in three works are:, and the "Radix" Project, teachers
Mário Schumidt, and Claudio Vicentino, respectively, where we will seek to
identify and discuss the perception of Marxist currents, source: personal Collection
presented in these books. We seek to
identify the current proposals, "Orthodoxical Marxism",
"Classical Marxism" and "Cultural Marxism", noting the
context where you are and when you present these chains or strands
Marxists. Identified the chains, we have
the bold intention to make a proposal more dynamic approach, directly in the
texts, on conceptualization of Marxism, and constructive criticism so we can
instigate and encourage readers to debate, the pursuit of understanding about
the subject, and of a possible application of the ideas in their lives. It is in this picture, a society formed by a
"bourgeois dictatorship in disguise", full of social injustices that
we base our work, trying at the same time the question of women's participation
and involvement in the struggles for emancipation, in classes, in addition to
trying to awaken a critical sense in readers for analysis on the ruling class,
and reflecting on their social role and their sense of Justice.
Key words:
Textbook-Marxism-History-Education Revolution
INTRODUÇÃO
Neste Trabalho faremos uma análise sobre a maneira como a corrente
marxista é tratada nos livros didáticos destinados às 8as séries (9os anos),
“Nova História Crítica” de Mário Schumidt e “Projeto Radix”, de Cláudio
Vicentino, onde faremos um estudo quanto à apresentação, abordagem e o tipo de
informação sobre o assunto “Marxismo”no conteúdo dessas obras. Abordamos também
a participação da mulher como agente ativo e indispensável nas lutas e
conquistas sociais, que foi, e é de suma importância,sob a visão marxista,à
busca de sua emancipação, respeito e reconhecimento. A necessidade de se levantar questionamentos
que sustentem análises leais aos ideais sociais de Karl Marx, desde o início de
sua abordagem, como nos livros destas séries escolares, são de importância
ímpar para a formação de um indivíduo autônomo e crítico, na construção de sua
personalidade intelectual e de sua capacidade de compreender,nesses compêndios,
os processos históricos das lutas de classes, o seu cotidiano, e identificando
as relações com as questões sociais em que vivem. Despertando nestes jovens
leitores a percepção de que fazem parte de um contexto social e de um processo
histórico, e que possam identificar-se nesse processo, bem como perceber no
materialismo histórico, que chegamos num estágio de evolução, ou revolução que
fechou no capitalismo e o porquê de não irmos adiante segundo as teorias do
materialismo histórico que consiste na sociedade feudal capitalista-socialista
e comunista. Por fim, a metodologia
utilizada que consiste num processo de análise direta dos textos dos livros
didáticos propostos, fazendo um diálogo com os autores, emitindo opinião e
propondo novas visões para o Marxismo proposto. A análise será feita
diretamente nos textos de alguns tópicos escolhidos.
“Não é a consciência dos homens que lhes determina o ser; ao contrário,
seu ser social determina sua consciência”. (MARX apud LÊNIN, 1980, p. 22, grifo
no original).
Os Professores Marxistas Ainda são Necessários
Nos anos 90 na Universidade Federal do Pará-UFPA, ser “professor
marxista” era moda. Ou ele era temido ou respeitado! Alguns falam que ser
marxista era debater no campo político com grande veemência e segurança.No
entanto atualmente a perspectiva para professores marxistas não é tão boa! O
Governo está fazendo tudo para acabar com essa perspectiva.O que parece pouco,
mas muito significativo, foi a exclusão da corrente Marxista da grade
curricular nos PCNs. A perspectiva marxista e a formação psicopedagógica de um
professor marxista seguem de acordo com o grau de indignação do contraste
social que o mesmo se depara quando estuda Marx, mesmo que tenha ocorrido uma
redução na elaboração de TCCs que discorressem sobre o tema ao longo da década
de 1990, ainda assim é muito importante debater o Marxismo, e que ele esteja
presente nos conteúdos dos livros didáticos, e é necessário que professores,
intelectuais, profissionais da área, até mesmo pessoas comuns, busquem
conhecimento e se declarem marxistas.
Contudo, ainda encontramos no país, material didático, profissionais e
métodos educacionais que preservam e seguem resistindo com a tendência
Marxista. Durante nossa trajetória na
Faculdade observamos que a maioria dos alunos ao estudarem o Positivismo, Marxismo,
Escola dos Annales, concluíram que a última corrente de pensamento é a correta
a se seguir e que serve de inspiração para seus planejamentos e planos de
aulas. Diante disto, entende-se que os estudantes, hoje, estão tendendo às
propostas contrárias à visão marxista.
Todo esse contexto também nos faz perceber uma sutil cultura de
difamação, estudar o marxismo é “coisa de gente bitolada”, de subversivos.
Entre os mais velhos, criou-se uma cultura de ódio contra marxistas, o que
remete à da ditadura militar, mas essa opressão é “um tiro no pé” porque quanto
mais o governo apertar a mão mais pessoas se levantarão contra. Sim os
professores marxistas ainda são necessários! Enquanto a superestrutura não
satisfizer as necessidades da sociedade, e enquanto as desigualdades e a
estratificação social fizerem parte dessa sociedade, e enquanto ela ainda for
selvagemente capitalista. O governo quer
alienar a população no debate dos traços culturais, para que não haja nenhuma resistência.
Essa agressão do PCN tentando excluir as tendências Marxistas é um verdadeiro
atentado disfarçado, da cultura do não questionamento. Essa educação nós não
queremos! “...Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura de
controle usada pelas classes dominantes. Por isso, ao aceitar as idéias
passadas pela escola à classe dos trabalhadores (que Marx denominava classe
proletária) cria uma falsa consciência, que a impede de perceber os interesses
de sua classe. Assim, Marx concebia uma educação socializada e igualitária a todos
os cidadãos”.
GIACATERINO.pp,2.
Percebemos hoje as idéias de Marx
quanto ao poder da superestrutura, a realidade de que o governo quer alienar o
povo, daí percebemos que essa preocupação é atual. Não adianta ser um professor
que relata a cultura como se tudo estivesse bem. Há algo errado com o Brasil! O
professor marxista é aquele que tenta entender a necessidade de emancipação do
“proletariado”. O marxista e o professor
marxista não são apenas formadores de opinião, eles são militantes, estão presentes
nas lutas sociais dos trabalhadores, das mulheres, dos excluídos, da minoria
marginalizada, engajado em sua luta histórica num contexto de desigualdade
social, que assola a sociedade por culpa do capitalismo, as classes menos
favorecidas, ele não se aliena numa sociedade estática ou cultural sem
sentido. O materialismo histórico, não é
uma corrente com começo meio e fim, não é teleológica, ele é contínuo. Já o
marxismo é! E tem um projeto social de emancipação e agregação das
classes. O “professor marxista” é
importante para a construção desse projeto social revolucionário, o professor
de historia marxista é um agente dessa ponte entre a sociedade e o trabalhador.
As classes ou categorias menos favorecidas podem ser protagonistas à mudança, para a transformação de uma nova sociedade
mais justa e mais bonita, a mudança também é na consciência !
“Se você não luta você não faz
história, se você não faz história você não existe.Sejais um professor
marxista”! (Sebastião Pereira Viana Júnior)
TIPOS DE MARXISMO
Por marxismo entendemos três possibilidades que
podem influenciar a conduta profissional do professor, isso se ele
identificar-se com o marxismo, pois existem muitos conflitos entre professores
com tendências marxistas e não marxistas, por ocasião das semanas pedagógicas,
definição de conteúdos e escolha dos livros didáticos, por exemplo. Identificar vertentes marxistas como
“MARXISMO ORTODOXO”, “MARXISMO CLASSICO”, “MARXISMO CULTURAL”, não é tarefa
fácil, numa enraizada “cultura positivista” e européia que “contaminam” até os
“verdadeiros marxistas” quando lançaram o seu “marxismo positivista”, assim
como alguns pensadores como Thompson, que surgiu com uma proposta nova para o
marxismo, no caso, o marxismo cultural.
Marxismo Ortodoxo
Essa tendência está ligada ao capitalismo, e nos
estudos para entender o capitalismo, também se diz que é o “determinismo
econômico”, por isso entendemos de que o motor do marxismo são as lutas de
classes, nesse contexto econômico, ambos estão interligados. Esse marxismo pode
ser entendido no livro didático, em alguns momentos como a causa das guerras
mundiais.
O imperialismo, a consolidação do capitalismo, e
todo um processo de desenvolvimento capitalista. “Marx apresentava em um determinismo histórico
e econômico dos meios de produção, o socialismo seria uma conseqüência
necessária da superação capitalista.
O capitalismo seria superado pelo socialismo quando
a mudança do modo de produção ocorresse. É o modo de produção como
superestrutura, que determina a cultura, que é a superestrutura.” (HUTTERER).
Percebemos na escrita do autor que ele fala de uma tendência revolucionária e
interessante, embora não se possa falar em termos práticos, apenas teóricos,
ficando assim uma proposta de revolução.
Nos livros didáticos analisados os autores apresentam esses movimentos
da esquerda almejando uma revolução socialista, como nós percebemos ao
estudarmos a “REVOLUÇÃO RUSSA”. Segurando essa idéia de revolução, encontramos
em: “As armas com que a burguesia deitou por terra o feudalismo, viram-se agora
contra a própria burguesia!” MARX,PP 14,2005. Marx deixa um aspecto de
revolução, nessa sociedade capitalista, o sentimento revolucionário da
burguesia se voltaria contra ele agora.
Como ele escreve em “A revolução comunista é a ruptura mais radical com
as relações de propriedade remanescentes; não é de se esperar que, em seu
desenvolvimento, rompa-se de modo mais radical com as idéias do passado”
MARX,PP,27,2005. Essas propostas, no livro didático, são apresentadas como uma
utopia, não como uma possibilidade.Pode ocorrer uma frustração para o leitor,
já que o comunismo seria o estágio perfeito da sociedade humana, onde a
produção e o trabalho seriam desenvolvidos de forma livre e para seu
desenvolvimento não como uma mera sustentação na sociedade capitalista. “O capitalismo não é apenas um regime dos
capitalistas, no outro prato da balançaou do outro lado da trincheira, está o
proletariado, que realiza o trabalho neste regime.” SINGER,PP,3,2002. Nesse
trecho o autor nos dá uma dimensão da configuração da sociedade capitalista,
entendemos esse marxismo ortodoxo, que se configura por essas classes sociais,
conforme é apresentada nesse livro.
Todas as coisas desejáveis estão à venda são mercadorias. Isso
obviamente não é verdade estrita. Amor, fidelidade, paz de espírito ou um bom
prato de comida caseira ainda podem ser encontrados no
inter-relacionamentoespontâneo das pessoas, sem pagamento “em espécie” isto é,
sem moeda legal do país. SINGER,PP,8,
2002.
Na citação acima percebemos uma anomalia no capitalismo, que
caracteriza relações fora dos padrões monetários, no entanto não passam de
fatos isolados, relegados a aspectos de comunidades e sociedades, fora do
alcance temporário da cultura e do processo de dominação do capitalismo. As
características do marxismo ortodoxo, no nosso entendimento, vai apresentar
sempre uma tendência revolucionária ligada às lutas de classes. O marxismo
ortodoxo, de acordo com o autor, é muito voltado para o capitalismo, é um
processo econômico caracterizado pelo modo de produção no decorrer da história
humana. Entendemos que essa
característica apresentada pelo autor, são pensamentos isolados, radicais e
sonhadores, e não se mostra como um processo de necessidade de emancipação
humana. Concluindo que, o conteúdo desses livros em alguns momentos, não
contribui para uma formação crítica do aluno, mesmo assim o marxismo ortodoxo
também ínsita uma revolução, como é característica do marxismo. Marxismo Clássico
Outra vertente dessa concepção
marxista é a concepção clássica desse sistema de pensamento, que é o “Marxismo
Clássico”, embora não apareça tanto quanto o marxismo ortodoxo, essa tendência
ainda assim aparece mais do que o “marxismo cultural”. Esse marxismo pode ser entendido como um
embate entre dominantes e resistentes.Ele pode ser encontrado nas sociedades
escravistas, feudal e capitalista, sempre voltado para o embate entre as
classes, e também uma concepção revolucionaria em sua essência.
A observação da historiografia
marxista é muito marcada por uma abordagem mais economicista da história da
humanidade. A corrente de historiadores e pensadores em geral que segue o
modelo de interpretação de Marx encara a vida social a partir das lutas de
classe e considera as mudanças em função das alterações nos sistema produtivo
das sociedades. GASPARETTO.
Na citação, Gasparetto nos dá uma dimensão do marxismo clássico voltado
para as lutas de classes, embora esses autores citados acima apresentem suas
idéias, percebemos que eles não esclarecem como isso deve apresentar-se no
contexto. “Por apresentar o antagonismo
do sistema capitalista, como embate entre burguesia e proletariado, a corrente
que se baseia em Marx é ligada ao socialismo”. (GASPARETTO). Aqui o autor apresenta o marxismo clássico,
mas não explica que existe uma dificuldade no entendimento e na explicação
dessa vertente, assunto que se tem tentado esclarecer nesta pesquisa.
“A história de todas as sociedades até agora tem sido a história das
lutas de classes”. MARX, PP,8.2002, nesse trecho de “O manifesto comunista”,
Marx nos dá uma dimensão da história humana, relegada às lutas de classes,
característica do marxismo clássico. Seu teor revolucionário é bastante
expressivo, O manifesto termina assim:“Proletário de todos os países,
uni-vos”.
Marxismo Cultural
Essa vertente consiste na resistência expressa em sua essência
cultural, no cotidiano do operário, na composição de músicas de resistência,
trata-se de uma novavisão do marxismo para suprir as necessidades íntimas do
agente social. No conteúdo dos compêndios, ele pode apresentar-se ao longo da
história como processos culturais de resistência, seja da mulher, de
militantes, e outros grupos, também se espera uma individualidade desse sujeito
na história. Diz o autor, “ela refere-se
a um sistema cultural dominante que cimenta a dominação de uma coalizão de
classes sobre o conjunto da sociedade, constituindo umbloco intelectual e
moral”. (SALLUN) Trata-se de um sistema de valores e crenças cuja autoridade
deve principalmente ao seu estabelecimento espontâneo como idéias dominantes.O
autor evidencia que o marxismo cultural apresenta-se como um parâmetro para a
dominação, e um sistema elitizado que é um conceito de Antonio Gramsci, não
deixa de ser interessante a abordagem, pensar que uma corrente popular pode ser
na verdade um sistema elitizado. Nas
citações abaixo, entendemos que o professor tem um amplo debate teórico sobre o
marxismo, para as suas aulas: o marxismo clássico, o marxismo revisado, e o ortodoxo.
Identificar o tipo de marxismo é propício à metodologia que o professor deseja
abordar, também como todas as outras concepção marxista o cultural almeja
também uma questão revolucionaria em seu contexto.
Marx proporciona periodizações
amplas, análise estrutural do social e perspectiva da história global. As
“descobertas” das profundezas da subjetividade coletiva, das estruturas
econômicas e da luta política (enquanto manifestação institucional e extra
institucional) revolucionam o conhecimento. Os homens vulgares e os processos
sociais transformam-se, respectivamente, em sujeitos históricos e em movimentos
sob causalidades explicáveis, rompendo com a história dos grandes personagens e
dos acontecimentos. Essa influência é intensamente sentida por LucienFebvre e
Marc Bloch. A influência do marxismo na Escola Annales. BARBOSA, PP.72
Por esse argumento o professor pode ter uma opção.O marxismo não ficou
parado, ele é dialético, ele se modificou supriu as necessidades que faltavam
no marxismo ortodoxo. A metodologia que
o professor encontrar no marxismo não será apenas uma historiografia de métodos
alienantes, ela aborda todo um contexto coletivo, pensar em marxismo é pensar
no coletivo. O referencial da proposta
teórico-metodológica alternativa é o método marxista. Concebido como estando em permanente
construção graças às conquistas científicas, o método marxista deveria
concorrer para investigar e analisar a realidade enquanto totalidade, na
qualinteragem os níveis da reprodução material e espiritual da sociedade.
Coerentes com Marx, os historiadores marxistas ingleses rompem com
determinismos em voga, mas reconhecem a determinação do todo social a partir
das relações de produção. BARBORA. PP74.
Na citação, entendemos que os estudiosos do marxismo desenvolveram um
marxismo alternativo, eles romperam com o determinismo econômico, e buscaram
entender como as relações sociais e culturais se desenrolam a partir dessa
perspectiva.
As relações de produção agora envolvem, não apenas a economia como um
todo, dos interesses do capitalismo que envolve as nações, mas ela envolve o
cotidiano, não só coletivo, mas individual, analisa como as massas vão se
comportar diante dessa sociedade, formas de resistência a expressão cultural no
sistema capitalista.
Estudiosos da historiografia
marxista britânica costumam dividi-la em duas vertentes: socioeconômica e
sociocultural. A vertente socioeconômica estaria mais vinculada aos estudos
estruturais em torno do desenvolvimento do capitalismo, do Estado e das classes
a partir das dimensões econômicas, sociais e políticas. Fariam parte desta
vertente os historiadores Eric Hobsbawm, Perry Anderson etc. A vertente
sociocultural estaria mais vinculada aos estudos da formação e desenvolvimento
das classes sociais, especialmente da classe operária, a partir das suas
experiências sociais e expressões ideológico-culturais. Fariam parte desta
vertente os historiadores E. P. Thompson, Christopher Hill, Rodney Hilton etc.
BARBOSA,PP75.
Entendemos assim que o marxismo sócio econômico sé apresenta como
estrutura formadora do capitalismo a partir das dimensões econômicas, tudo
interligado à economia. O marxismo cultural ou sociocultural está voltado para
a formação da classe operária e sua participação como ser cultural, ou social,
ele não vive alienado ele se manifesta em oposição à estrutura
capitalista. Essas opções do marxismo
remetem a uma possibilidade do professor interagir com o aluno e colocar as
mais variadas formas de mostrar a resistência do proletariado, que remete a sua
cultura, uma música bem com letra politizada pode ser uma forma de
resistência. São variadas as
possibilidades de corrente teórica marxista, que influenciou o ensino de
história e consequentemente os professores, entre eles temos: Thompson, com um
marxismo revisado culturalmente, entendemos que ele se apresenta como uma forma
cultural de resistência. “Para Thompson, as lutas cotidianas dos trabalhadores
e pobres ou classes não representadas dos ingleses no século XVIII, em razão do
aumento dos preços dos alimentos, por direitos civis, religiosos ou políticos,
pelo direito a desobediência civil e a oposição à tirania(Thompson 1987, p 80),
movimentos, reivindicações e conflitos que resultaram na descoberta de “novas
formas de organização e liderança” que se construiu a consciência do (futuro)
operariado inglês quando este se identificou enquanto classe”. MATHEUS Percebemos que o marxismo cultural não
significa só falar da esquerda, do sindicato,quando o que expressa à cultura na
formação do processo de resistência é o operário, o militante, o que para nós é
muito importante de ser mostrado na narrativa do autor.O que se espera é que,
ao demonstrar gostar de algo, que se tenha um porquê significativo, nem muito
menos criar cultura aleatoriamente sem algum objetivo, isso tem que vir como
forma de resistência, como protesto, também não é escrever sobre amor ou
espírito, isso tem que vir como forma de resistência, porque isso tira a razão
do homem, Karl Marx falou: “quem pensa muito no espírito esquece a carne”. Em nossa análise e entendimento, percebemos
que cada vertente tem uma característica específica, embora todas sejam ligadas
a existência do capitalismo. No marxismo
ortodoxo entendemos que ele abrange um contexto do determinismo econômico e do capitalismo,
apresentando uma tendência revolucionária.
O marxismo clássico, ou nas lutas de classes, evidenciou-se quando o
marxismo se destacou como uma corrente historiográfica das massas, antes tinha
o positivismo, essa nova historiografia seria o embate de uma camada social que
poderia interagir e transformar a história humana, seria o momento do embate,
sugerindo a revolução socialista. Já o
marxismo cultural, se aprofundou mais ainda no cotidiano do operário, não
falaríamos mais do partido, do sindicato, mas da vida social enquanto mecanismo
de resistência ao capitalismo, os que antes foram excluídos da história agora
fazem parte, transformando a sociedade.
A questão das Mulheres na
concepção marxista materialista- uma luta não abordada nos livros
didáticos
“Uma interessante novidade,
entretanto, diz respeito ao fato de a segunda parte abordar os movimentos de
esquerda e com proximidade ao marxismo, com diferenças de grau e intensidade.
“Debate no exílio: em busca da renovação”, de Denise Rollemberg; “O encontro
marxismo-feminismo no Brasil”. GRACIOLLI.PP,2.2007.
“Comunistas, marxista juntos na luta pela emancipação feminina”
Os Comunistas lutam pelas Mulheres
Os Comunistas gostam das Mulheres Os Comunistas lutam com as
Mulheres Os Comunistas lutam pela
emancipação da Mulher
A luta pela emancipação começou com a revolução Russa A questão
econômica a qual elas são relegadas A questão de uma cultura opressora e
econômica Comunistas marxistas levantam a bandeira dessa emancipação
O feminismo burguês é opressor, tal como o capitalismo, O capitalismo é
incompetente para emancipar a mulher A
burguesia não permite a ascensão da mulher
Até Voltaire queria uma mulher submissa
Lutar, lutai junto com as mulheres Nós marxistas gostamos das
mulheres Nós marxistas lutamos junto com
as mulheres A vida é uma luta, lutamos juntos!
Sebastião Pereira Viana Júnior
Fonte: arquivo pessoal
A citação acima retrata um contexto onde começam vários movimentos
sociais de esquerda, entre eles, o das mulheres, com apoio do “PCB”, o partidão
daria entrada nesse processo da luta pela emancipação das igualdades de
direitos para a mulher, isso no contexto brasileiro. É uma luta política, não de gênero, embora se
pense ser, é uma luta política de classe, uma luta política também contra as
pessoas. A solução não está em matar todos os homens, ou roubar para se
alimentar, mas por uma mudança na sociedade na condição da mulher ligada ao
estado. Para o PSTU, a luta da mulher
seria a luta da mulher trabalhadora, mais explorada e ela se dá pela luta
sindical, enquanto a luta da mulher burguesa é menos oprimida.
O problema do operário foi
criado com o capitalismo, o da mulher não! Ela é resquícios de outras
sociedades, esperava-se que, a burguesia resolvesse esse problema, e ainda tem
o problema econômico. Em todos os países, a mulher não é juridicamente igual ao
homem, os direitos de voto era um direito do gênero masculino burguês.O
problema da mulher continua porque a revolução burguesa foi um fracasso, não
garantiu os direitos de “igualdade, liberdade e fraternidade”. Até o próprio aborto a mulher não tem o
direito de decidir sobre o próprio corpo, são os outros que decidem por ela, é
próprio homem que fala e impõe que ela não pode abortar. Muitos desses direitos
na revolução russa, os revolucionários procuraram suprir pelo menos no papel
esses direitos, pelo menos com os recursos que eles tinham. A URSS, no auge da
sua revolução, percebeu através de seus intelectuais que a mulher vivia numa
condição de submissão histórica, era também uma questão econômica, onde ela
vivia relegada a um cotidiano triste em que se resumia ao trabalho domestico
diário. O que foi que eles fizeram?
Procuraram tirar a mulher dessa condição construindo “lavanderias públicas”,
para que elas pudessem trabalhar, também foi a primeira nação a criar leis,
tudo na condição a qual eles tinham e podiam naquele momento, nem as grandes
potências capitalista, ditas democráticas procuraram fazer esse esforço para as
mulheres. Muitos dessas agressões as
mulheres referente à tradição e proibição, vêem geralmente impostos por
“teólogos”, e igrejas diversas, que depois dos burgueses são as piores espécies
que existe. A mulher é oprimida no
casamento, nos países capitalistas, e na legislação até hoje. Nenhum país
capitalista do mundo beneficia a mulher. Para a burguesia que entende de
igualdade, é o direito jurídico, o problema econômico não está nessa
equação.Acredito que se todo mundo é igual, todos poderiam enriquecer, não
seria um problema de desigualdade se nascer rico, e outro pobre, não tem
direito.Um burguês teria o mesmo direito de um operário. A sua busca pelo
direito foi contra a nobreza, e o feminismo burguês nasceu dessa deficiência da
burguesia, os marxistas também lutam pela igualdade jurídica da mulher, mas nós
não podemos ficar só nesse papel, nessa igualdade jurídica, que a burguesia
propôs, não representou uma emancipação da igualdade e dos seres humanos. Para o marxista não adianta só dá a igualdade
jurídica, para acabar com a opressão da mulher pelo homem e pela opressão
doméstica, a opressão tem por base as suas considerações econômicas, ela foi
confinada ao trabalho doméstico por causa da especificidade da maternidade. A
questão doméstica hoje, não tem a mesma importância do que no passado onde se
precisava para sobreviver, no caso do homem da caverna ou feudal, a questão de
que a mulher não podia fazer o aborto é uma opressão à mulher é uma questão de
escravidão, é uma questão de aprisionar ainda mais a mulher no lar. Quando ela tem um filho, o estado não dá
nenhuma garantia, mas não pode tirar, obrigatório ela ter esse filho, e ela tem
que se virar como for possível. No capitalismo, na parte econômica ela nunca
vai conseguir se emancipar, do trabalho doméstico. Na Rússia, os bolcheviques,
elas tinham direito ao aborto, ao divórcio eles procuraram nas condições que
eles tinham um plano de construção de lavanderia pública, para minimizar o peso
do trabalho doméstico, “lavanderia públicas”, era uma socialização do trabalho
doméstico. O capitalismo não é capaz de socializar esse trabalho doméstico,
isso nem está em pauta. Ele é um regime de competência desenfreado. A mulher
tem o “inconveniente”, ou a naturalidade biológica da gravidez num regime de
competência como é o capitalismo, ela tem a desvantagem, se ela engravidar os
outros pegam a vagado seu emprego, ao marxistas acreditam que a luta da mulher
tem que ir além do capitalismo, só com o
desenvolvimento superior da força produtiva e com o fim da exploração do homem
pelo homem que vier o socialismo, a mulher conseguiria a sua emancipação. A própria tradição judaica cristã coloca a
mulher como racionalização do papel da mulher na sociedade, ele coloca a mulher
como vilã da história. O estatuto não significa que os beneficiados ou citados
não dá segurança, não significa que não vão ser vítima de agressão. Não é
porque esta na lei que vai fazer as pessoas mudarem, o seu preconceito seja
contra a mulher, negros, homossexuais...
A origem do problema da mulher não é cultural, é econômico, para ela se
libertar desse trabalho ela foi oprimida colocada num papel inferior ao homem,
até hoje, pessoas pensam que mulheres são inferiores ao homem, na política,
quem manda é preponderantemente econômica, a mulher é subjugada. Não adiante
tentar julgar por vias culturais, porque ela é um problema econômico,em uma
relação de exploração e submissão. Marx e Engels falam que a situação da mulher
é uma medição da sociedade revolução russa: ela resgata e coloca os marcos da
grande iniciativa o problema da solução
da mulher quando ela encarou essa situação da igualdade econômica, como
base principal da opressão e exploração.
O impacto da revolução russa foi muito grande, hoje muitas conquistas e
produtos dessa revolução, o trabalho doméstico já não tem a mesma importância
do passado, está num papel muito
inferior, do que já foi, mas a sociedade capitalista não dá a condição para que
esse trabalho deixe de existir. Sobre a
questão das mulheres, Lênin escreve a favor da questão delas, é um cotidiano de
opressão, por culpa do capitalismo, é uma questão econômica os marxistas lutam
pela libertação da mulher. A URSS, em seu contexto histórico revolucionário por
intermédio dos bolcheviques construíram
lavanderias públicas para emancipar a mulher à vida social fora do cotidiano,
fora da cozinha. Direito ao aborto, isso é proibido por causa da questão da
educação capitalista, é uma cultura imposta por homens “ o burguês é o “macho
alpha” que determina o que a mulher deve
fazer com o corpo dela. Acusar o
socialista que é defensor do aborto, dá morte isso é completamente sem sentidos
sistema social capitalista, sim é o verdadeiro opressor, e assassino, da
degradação da vida. As mulheres hoje,
são acusadas de criminosas ao cometerem o aborto, o ministério público fica em
cima, teve um caso onde 10 mil mulheres foram indiciadas e uma clínica foi
fechada, mesmo a mulher burguesa ela sabe que está fora da cabeça das
empresas. A mulher operária sabe que não está em pé de igualdade ao homem
operário, a luta cultural é uma luta burguesa, porque acreditam ser seres
superiores, que são iluminados o mundo deve se moldado a sua imagem e
semelhança. (e que ele pode educar o resto da humanidade). A revolução russa,
começou com uma manifestação de mulheres, num processo contra a escassez de
alimentos, onde o partido bolchevique se fortaleceu e já organizava as
mulheres, o próprio homem quando vê a
mulher na luta ele se sente mais fortalecido.
É contra essa opressão a mulher que vão se levantar os intelectuais
marxistas, em plena revolução russa, eles vão tentar ao lado das mulheres
mudarem esse contexto social de injustiças e desigualdades da sociedade
burguesa. Entre os direitos conquistados estão o direito ao divórcio, voto,
mais liberdade sexual, direito a herança que antes tinha todo um contrato
técnico, a história da mulher em si vêem de um contexto de injustiça e
preconceito, sempre associando a mulher ao pecado, fora a questão econômica que
relega essa mulher a uma inferioridade social. Embora tivéssemos procurado em
ambos os livros Mario e Vicentino, sobre a questão da mulher a qual lançamos a
proposta, encontramos uma resistência das mulheres em
Vicentino no tópico “O ESPARTILHO A BICICLETA E A PRIMEIRA GUERRA”
(pag. 77), onde ele diz:
“ A mulher está pedalando em
direção ao sufrágio”, disse a americana Elizabeth Staton (1815-1902), citando
outro direito ainda por conquistar na época. A bicicleta é “igualitária e
niveladora” a libertar o nosso sexo, afirmou a presidente da Liga francesa de
Direitos da Mulher, Maria Pognon (1844-1925) . Entre os americanos, o ciclismo
ficou ligado á figura da New Woman , que
contestava os tradicionais papais femininos envolvendo-se com movimentos
reivindicatórios principalmente pelo direito ao voto. VICENTINO. PP 77.
Nessa página o autor narra as vestimentas das mulheres mais abastardas,
dando ênfase a sua capa e metodologia de falar sobre as mulheres, em, sua busca
pelos direitos e pela igualdade. Bem
diferente de hoje, as mulheres do século XIX. O autor fala na bicicleta, porque
ela corresponde a uma conquista, que não parece, mais é significativa. A liga
francesa dos direitos da mulher, entender que a bicicleta era “igualitária”, e
nivelava e ajudava a libertar o sexo
feminino, da opressão cultural machista. Encontramos nessa página um movimento
reivindicando, lutando mostrando resistência, por mais simples que pareça ser
já mostrava alguma resistência depois veio a conquista pelo direito de votar. E
essas mulheres não tinham base marxista e insista à resistência, e embate
contra uma força opressora. Também
devido os esforços de guerra as vestimenta das mulheres antes com muitos
acessórios e babados passaram a se tornar mais simples. Elas também passaram a
ocupar o lugar dos homens nas fabricas. Podemos entender isso como um “marxismo
cultural”, mesmo que elas não tivessem a
consciência do que estavam fazendo, concordamos com o autor em ter
buscada na guerra, um fator cultural de resistência Essa busca pelo direito de passei ou pratica
também marca a transição do século XIX para o XX, não deixa de ser um movimento
social, por direitos civis femininos, estamos falando propriamente da Europa, o
que também ocorreu no Rio de Janeiro. Eles faziam competições, com o intuito de
mostrarem o seu valor, as mulheres eram uma mudança de costume e postura,
caracterizada como um processo de resistência, por isso um movimento social se
consolidou aí. Também não nos satisfaz
saber que as mulheres mudaram o que elas queriam, não por um processo
exclusivamente de resistência, ou luta, claro elas lutaram por mudanças, mas o fato da guerra também transformou esse
comportamento, em prol de uma necessidade capitalista. Eles precisavam economizar, diminuíram os
vestidos, eles precisaram de mão de obra os homens estavam na guerra e então,
as mulheres foram trabalhar. Percebemos que tudo corresponde a um sistema que
se apropria das pessoas, homens na guerra, mulheres no trabalho, e a burguesia
lucrando. Até o presente momento, parece
que ninguém percebeu isso na história, que as massas eram “massas de manobra”
dos capitalistas, diretamente essa teoria não é compartilhada no livro didático
analisado, embora ele seja visto como um clássico marxista. Mario Schimidt também apresenta alguns aspectos
em relação à luta das mulheres ao longo da história por exemplo; ele lembra que
durante a 1º guerra as mulheres saíram pra trabalhar e assumiram os negócios
dos maridos, isso é só um lembrete, mas nós não queremos explanar o aspecto das
guerra como uma causa para a emancipação, mas nós queríamos que tivesse no
livro didático, a consciência, e as lutas vindo de uma mentalidade
independente, e político econômico, não ligada a fatores históricos.
E nesse contexto procuramos sem sucesso essa luta no partido comunista
com as mulheres lutando juntas,
infelizmente em ambos os livros é dado pouca relevância a esse aspecto. No
Brasil Schimidt apresenta a judia Olga,
e o Partido Comunista, naquele contexto da 2º guerra mundial. Outra mulher citada por Schimidt é “Elvira
Boni” uma militante libertaria dos anarquistas, eles defendia a igualdade entre
homens e mulheres, compreendemos que a emancipação dever ser no processo de
produção econômica a igualdade econômica exemplo; mulheres na chefia,
presidente de empresa recebendo com igualdade, e outros aspectos individuais,
que elas sentem necessidade, mas a principal bandeira é a “emancipação
econômica”. Em outro fato ele fala que
a luta na América latina das mulheres foi bastante relevante; “as mulheres mexicanas
participaram ativamente das atividades revolucionárias inclusive dos combates
armados. A revolução pode ser completa se não melhorar as condições de vida
femininas?”. SCHIMIDT, PP105,2001. Ambos
os autores se prendem no “marxismo positivista” para apresentar as suas
abordagem sobre as mulheres lembram a conquista do voto, também abordaram que o
aspecto “econômico fez emancipar essa mulher na sociedade” mas
existe um equívoco aí, se a luta é pela
“igualdade econômica”, nesse momento
elas apenas conquistaram direitos mas a condição econômica continuou
desfavorável, e isso não se muda com
aspectos emocionais, ou culturais, isso se muda com leis, e políticas
públicas.
ANÁLISE DAS CAPAS
Sobre a posição dos capítulos como percebemos na numeração eles
divergem, Schmidit, coloca a primeira guerra como, um momento importante na
transição de uma sociedade vivida por reis e rainhas, depois para governo
presidencialistas e demais sistemas de governo. Para Schimidt, a maldita
burguesia colocou- nos para morrer por eles na guerra. Vicentino da ênfase à belle époque francesa e
o contraste de um proletário insatisfeito com a sua condição. O capitulo sobre
a 1º guerra em Vicentino aparece no 4º capítulo após, explanação sobre o século
XX e Brasil república. Para Vicentino, a
mudança de comportamento foi importante após a guerra . Na primeira análise sobre o capítulo da 1º
guerra nos três autores, percebemos uma abordagem diferenciada, embora com
alguns aspectos parecidos, como na cronologia da guerra. O próximo passo agora é identificar onde é
mais relevante o marxismo, mas com o imperialismo e um jogo de interesses
comerciais entre as nações, Schimidt chega alegar que a burguesia foi a
responsável pela guerra. E que foi comemorar os lucros com a guerra.
Foto (1): Sebastião Júnior
(crianças transformando a história). O autor dá ênfase a participação
das crianças como agente transformador da sociedade. As capas são para elas
pensarem o que estão fazendo na sociedade, e que eles fazem parte desse
contexto social. Na avaliação e na
observação na capa, e com base nas opiniões de outros professores, percebemos
que a metodologia de trazer crianças nas capas remete a uma perspectiva de que
“as crianças também fazem parte da história, elas participam e tem o poder de
transformar”.
Foto (2) : Sebastião Júnior
MULHERES NA LUTA POR
DIREITO A capa vem mostrando um vaso
representando as mulheres, e ele realmente dá um destaque a elas, em pequenas
colocações em suas lutas sociais, desde a luta pelos direitos até as lutas de
algumas como Olga etc. Elas são subversivas.
Ele traz o infográfico das letras, e um curioso vaso de Pablo Picasso,
que é: A mulher, feita no século XX, e que se encontra na Rússia. O autor fala
que, o Projeto Radix vem com uma proposta de desenvolver o censo crítico,
entendemos que é por meio do marxismo, e também para desenvolver a cidadania do
leitor. Na capa, por se tratar do elemento do vaso, representando uma mulher,
acreditamos que ele dará destaque a elas, em sua jornada, de fato o autor entra
com a participação feminina em momentos do livro. Na guerra, ele expõe um fato
da época mostrando a moda das mulheres mais abastardas. E ele fala das mulheres
na pagina 77. Também da Liga francesa de direito da mulher. É um livro que
apresenta a mulher pela busca de seus direitos. A metodologia que sugere a capa
vem apresentando em pequenos trechos a participação das mulheres, entre ela
Olga etc. Elas são rebeldes, elas são subversivas. Entendemos que faltou ele dar crédito para os
russos que começaram essa luta social ao lado das mulheres por sua emancipação,
na vida política e econômica. Embora
Vicentino tenha apresentado a questão das mulheres, compreendemos que ainda não
seria o que nos procuramos, que seria um contexto que abrange o que a sociedade
vive hoje, que é a questão econômica.
PROJETO DE AÇÃO NA ESCOLA PAULO MARANHÃO “O Projeto Educador de Júnior Comunista”
Sobre as charges trabalhadas e proposta entendemos que o governo
através de seu mecanismo que é o PCN, não quer que seja abordada nas escolas a
perspectiva das lutas de classe, ao invés, de querer que você entenda sua
cultura na concepção de Thompson, como um processo de resistência ele o governo
quer alienar você. Como exemplo de cultura de resistência com base em Thonpson
podemos citar aqui em Belém tem o “Sarau do mercado de São Brás”, os
organizadores marxistas, o coordenador Jorge André se diz comunista. Eles falam
que eles organizam esse evento uma vez por mês, que é uma forma de resistência
realmente eles debatem assuntos variados. Realmente eles debatem variados
assuntos, entre eles os direito das mulheres, greves, lutas sindicais etc. Não
é uma manifestação cultural por simplesmente gostarem de dançar, cantar, e
beber cachaça, mas uma forma de se posicionar contra a opressão das
desigualdades das injustiças da opressão. Como o operário se comporta em seu
cotidiano em resposta a sua condição social sempre perdendo direitos
trabalhista como agora em 2015, com essas reformas. A elite dominante, que ao longo da historia
do Brasil sempre esteve a frente encabeçando ma pirâmide social, sempre impondo
e defendendo os seus únicos e exclusivos interesses. Sempre que se manifestavam
ou se revoltaram as classes populares eram visto como degradados, a escoria da
sociedade. O sarau se manifesta todo mês, e isso é cultura isso é resistência,
uma forma marxista cultural. Inserindo
a idéia de que a cultura é para se viver como um processo e parte longe dos
debates políticos, em outras palavras eles pensam assim: Fique ai com seu
carimbó, com sua cachaça não te preocupa nem te mete com política, essa é a
proposta do PCN. Ao contrario do marxismo que vêem com uma proposta ou
abordagem critica sobre a sociedade, lutar, contestar, as desigualdades
sociais, se manifestar tudo isso se adquire na corrente marxista, por isso ela
é tão temida pelo governo, e pelas classes dominantes. A critica ao PCN O governo quer alienar
alunos e professores, a população em geral, através do livro didático,
abordando correntes que não condiz com a realidade da lutas de classes, não é
interessante para nos falar se o caboclo gosta da musica X, ou como isso ou
aquilo, quanto tiver o que come.
Quando ele não aborda a condição social é porque não tem o que comer,na
mesa, do que me vale falar da musica da religião se o povo empobrecido não
contesta a superestrutura, que o mantém nessa condição. Nessa sociedade capitalista qualquer que seja
a degradação, ou deploração humana não é por opção é por uma condição social
desgraçada do capitalismo.A cultura não deve ser entendida apenas como um
processo de expressão social, mas sim como um processo de expressão de
resistência e indignação a opressão capitalista.
ATIVIDADE PARA OS ALUNOS DO 8º ANO CHARGE
Para os alunos será apresentado três charges que aborda a imposição do
governo que exclui o marxismo do programa escolar, através do PCN. Ela foi
elaborada pelos docentes e tem por objetivo despertar no aluno a “condição
social” de sua família, que é a da perspectiva das lutas de classe, geralmente
trabalhadores. Numa luta sem fim contra
a burguesia e governo, como agente da classe burguesa, que procura manter os
ânimos através da policia do exercito, o desemprego a pobreza são algumas
características dessa sociedade gerada pelo capitalismo e eles querem fazer nos
esquecermos isso. E isso o governo através do PCN, quer mascarar com essa
imposição metodológica do PCN, queremos atingir que o Aluno entenda a que
classe pertence, e que ele de a sua opinião sobre essa agressão aos professores
e alunos, retirando o marxismo do programa escolar
Segue as Charges sugeridas em sala de aula
Foto (3): Sebastião Júnior
Foto (4): Sebastião Júnior
Foto (5): Sebastião Júnior
Chegamos à conclusão no trabalho feito, que os alunos entenderam a
abordagem explanada sobre os tipos de marxismo, no entanto percebemos que no
cotidiano, pouco se fala diretamente sobre essa corrente, ficando o aluno
relegado apenas a um conhecimento mais aprofundado numa futura faculdade, caso
ele curse alguma. Concluímos que sobre as charges foram emitidas diversas
opiniões, no geral eles compreenderam a importância da corrente, mas perceberam
que ela é complexa, em vista que procuramos fazê-los entender o contexto social
de seus pais como trabalhadores. Em
relação à questão do governo em propor uma historiográfica apenas cultural, em
sentido e mal explicado, sobre que tipo de critica eles querem. Muitos
concordaram que o governo realmente constitui uma instituição de controle, que
favorece os grandes empresários, eles também falaram que essa sociedade movida
pelo racismo, e pela desvalorização do trabalhador, que leva uma vida com
salário de miséria. O professor X
explicou que eu não poderia falar sobre essa critica dos PCN aos alunos, e ela
falou que no ensino fundamental e médio esse conceito do marxismo passa
despercebido do entendimento dos alunos. Elaboramos uma prova com teor critico
o professor X disse que “nos não vamos mudar o mundo mesmo”.
Foto (6) : Sebastião júnior
Em nossa breve analise chegamos a essa conclusão no trabalho, e
elaboramos esse quadro a cima,onde os alunos deram sua opinião sobre o assunto.
Sobre a importância do marxismo estar presente no livro didático porque
corresponde com a realidade social deles e de seus pais enquanto
trabalhadores. Nos conseguimos
apresentar esse projeto pra uma turma com 45 minutos, a experiência foi feita
com base em conversas com os alunos.
Foto (6) Sebastião Júnior
60%=>Concordam com o marxismo no livro didático. 20%=>Preferem abordagens culturais como
festas e outras culturas. 10%=>Não acharam o marxismo importante. 10%=>Ficaram indiferentes. (não
opinaram)
ANALISE DOS LIVROS DIDÁTICOS PROPOSTOS MARIO SCHIMIDIT E CLAUDIO
VICENTINO
Foto (7) Sebastião Júnior
A equipe escolheu a 1º guerra de cada livro, respectivamente do 8º ano
de Schmidt e do 9º ano de Vicentino. E
depois abordar outros assuntos relevantes. Porque acreditamos ter sido o ponto
ou o momento mais significante em termos negativos a qual o capitalismo
proporcionou as nações a entrarem cheque.
Entendemos que a historia, a guerra foi o estopim da falência do
capitalismo, e do que ele poderia proporcionar a humanidade. Um sistema
econômico selvagem como esse só poderia desencadear as nações em uma busca
desenfreada e desesperada pela busca de mercados consumidores, por terras, por
armas etc. Esse desespero e a primeira guerra marcam o momento em que o
capitalismo se consolida como um câncer da humanidade, o seu ideal de trabalho
assalariado, e livre é uma farsa, a sua tendência é criar a necessidade de competição, entre os trabalhadores . Os
países entram em conflito, pela busca de mercados, a cada crise ocorre o
desespero, em todos os setores, em todas as classes, não existe estabilidade
nesse sistema capitalista, e a 1º guerra mostra essa instabilidade do
capitalismo. A guerra foi puramente capitalista, não existe ética para a
burguesia não interessa se pessoas vão morrer, eles venderam o que foi
possível, para obter lucro, em cima de
sangue e fogo. Entendemos que a guerra, em si é uma degradação da sociedade
capitalista, é isso que o capitalismo tem a oferecer guerra. Depois nos falaremos da REVOLUÇÃO RUSSA, e o
que os autores trazem em suas abordagens, é certo que eles têm características
diferentes, como veremos no estudo feito.
As experiências de que participei na adolescência, com meninos
camponeses, com meninos urbanos, filhos de operários, com meninos que moravam
em córregos, morros, numa época em que vivíamos um pouco longe do Recife. A
experiência com eles foi me fazendo habituar com uma forma diferente de pensar
e de se expressar, que era exatamente a
sintaxe popular. Freire e Betto pag;7 Eu chamo de “politicidade da
educação”, as coisas começaram a mudar. No momento em que comecei, através da
prática, a ter práticas que reforçavam para os outros uma opção pelos interesses dos trabalhadores,
ai comecei a ser visto pelos interesses dos trabalhadores, ai comecei a ser
visto como um potencial subversivo.
Freire e Betto pag; 13. Era tentando compreender a
linguagem popular e descobrir as palavras mais carregadas de emoção, mais carregadas de sensibilidade,
mais ligada a problemática da área, que a gente elaborava o programa. O ideal
mais adiante fiquei mais radical. O ideal era quando você podia fazer isso com o próprio povo. Era você ter
representantes do povo, dos alfabetizados em áreas populares, ao lado do
educador, pesquisando a sua própria palavra . Freire e Betto
pag. 19. Nos abre a porta porque somos cristãos. Em princípio, o Cristão
era anticomunista e antimarxista. O marxismo era propriedade privada dos comunistas, e a leitura e na Igreja se
fazia do marxismo não correspondia as idéias de
Marx. Predominava a leitura de um outro jesuíta, o padre francês Jean
Calves, que escreveu uma robusta obra chamada.
O Pensamento de Karl Marx, que é um texto apologético que diz: Marx pensa isso, porém
isso é equivocado, errado, porque não condiz com a doutrina cristã. Enfim, só a
partir de todo aquele processo de fermentação intelectual que se criou no
Brasil nos anos 50 e 60, em busca de uma alternativa. Enfim, só a partir de
todo aquele processo de fermentação
intelectual que se criou no Brasil nos anos 50 e 60, em busca de uma
alternativa ao processo de desenvolvimento brasileiro, é que os cristãos
começaram a superar seu idealismo congênito e a descobrir a visão
dialética articulada a vivencia da fé. No inicio dos anos 60, chegamos a
teoria da dependência, influenciados pela obra
de Gunnar Myrdal, que situa o subdesenvolvimento dos países do terceiro
mundo em relação ao progressivo desenvolvimento do primeiro mundo. Tudo isso
vai suscitando uma postura crítica que lança a pergunta: Quais são as
possibilidades reais do desenvolvimento dentro dessa economia capitalista
fortemente dependente e periférica?”. Então surge a questão de que “não será
possível dentro do sistema”. E ai vem o marxismo com uma explicação mais
científica e mais consistente de
como funcionam as relações de produção
dentro do sistema capitalista, problema do conceito de classes. Tudo isso
vai-se abrindo para nós. Houve uma fermentação
e uma aproximação a algumas categorias –base do marxismo já no
trabalho do Padre Vaz. Bem
não vamos entrar na questão da
filosofia, que é bem mais complexa. O importante é situar isso: que, nesse
momento, surge neste Pais uma nova postura epistemológica, quer dizer, uma nova
maneira de pensar o Brasil, de encarar o Brasil. E sobretudo uma tentativa de
aproximação cultural do universo popular. E essa tentativa se refletiu em todo
o processo de criação artística. Todo esse pessoal do cinema novo, da Bossa Nova
surge ai. Assim como tem o MCP no Recife, havia os Centros de Cultura
Popular da UNE no Brasil inteiro, que
suscitavam manifestações de arte com um conteúdo prós causas populares. Hoje a gente
tem uma visão mais crítica, sabe que ainda não era o próprio povo manifestando a sua criação
artística, ainda éramos nós
universitários, intelectuais, falando
em nome do povo. Por exemplo, a obra de Oduvaldo Vianna
as primeiras peças do Guarnieri refletem bem isso. Nós
interpretávamos a realidade a partir dos
interesses da classe popular. Freire
e Betto
pag; 28 O professor é aquele que sabe, mas também a idéia de que o aluno é aquele que não sabe e, para
saber depende do professor se ele se dispuser a dar uma migalha de seu saber aos alunos...mesmo dando
migalhas, a postura é de quem está
convencido de que os alunos jamais vão saber como ele sabe e por isso
precisarão sempre das luzes daquela inteligência suprema. Este é um dos problemas da educação popular
hoje . Em nome da educação popular, a muita educação “bancaria” por ai que se
“justifica” pela eficácia, pela pressa porque não dá tempo de se aplicar a
metodologia correta ...Então o assessor se apresenta perante o grupo popular e faz suas palestras,
dá seu show intelectual, numa de querer “fazer a velha negativa tradição de que
os trabalhadores, para saberem analisar a conjuntura ou conhecer o que são
modos de produção, devem continuar
dependendo de “quem sabe” , do pequeno burguês que passou pela
faculdade. Nesse ritmo, de assessor intelectual o sujeito acaba dando
diretrizes política, impedindo os trabalhadores de serem protagonistas do
processo histórico... Freire e
Betto pag 31. Vejo como uma possibilidade, como um desafio,
conseguir encontrar essas chaves de expressão do discurso popular, e sabe
utilizá-las na transmissão de noções e
conhecimento tidos como extremamente
clássicos e acadêmicos e até como inacessíveis. Tive uma experiência na Nicarágua
muito interessante. Consegui, com oitenta
camponeses, durante um dia inteiro, fazer a leitura do texto da “introdução a crítica da economia
política”, do Marx. É onde ele faz um resumo prévio de O capital Ali estão bem condensadas as principais noções do marxismo. E um texto
considerado dificílimo nas faculdades. Pois foi possível num ia de trabalho,
fazer oitenta camponeses nicaragüenses lerem e entenderem esse texto. Como? Vou contar a receita pedagógica;
primeiro, se leu o texto em grupo. E cada um tentou dizer o que entendeu. Percebeu
–se que entenderam muito pouco. Nem sequer as palavras eram bem compreendidas.
De qualquer maneira, foi um primeiro contato de visualização e audição do
texto. E esse é um dado também importante no saber popular. Ele é um saber experimental. As pessoas
conhecem o que experimentam, e não o que escutam. Como todo processo de
conhecimento mais intelectual tem que passar por ai. Depois dessa primeira
manipulação de texto, fiz uma leitura pausada, que chamo “leitura Versicular ”,
que é como se cada frase fosse um versículo, e transformei cada frase numa
história. Em torno de cada conceito do texto do Marx, montei uma história para
explicá-lo. Depois devolvi os grupos e a
leitura ficou mais clara ai fizemos o
teatro. Copiamos em Xerox o dinheiro e dividimos: vocês são os banqueiros;
vocês, os industriais; vocês, os latifundiários; vocês os empregados. Vocês os
desempregados; vocês, a polícia; você o juiz... E fizemos a dramatização do
texto, mostrando como se dão as elações
de produção. Os caras que tinham mais dinheiro,no inicio e que queriam
continuar comprando, iam ao banco, pegavam um empréstimo e compravam. Por sua
vez, os pequenos comerciantes também precisavam comprar dos grandes e iam ao
banco, e ia no fim, da brincadeira, o banco estava muito rico, os assalariados
muito pobres, os pequenos pedindo falência. Após essa brincadeira, esse jogo,
voltamos a ler o texto. Estava claramente inteligível. Não havia mais
problemas. “Queremos um profissional
de história que seja capaz de transmitir um
história viva e não morta, queremos um profissional capaz de transmitir
um história na qual as pessoas possam se reconhecer e se identificar, porque para nos a História é
uma experiência que deve ser também concretizada no cotidiano, por que é a partir dela que construiremos o hoje e o
futuro”. Freire e Betto
“Essa escola Minha Vida”. Editora Ática. Edição 14. Ano 2000 Citamos Paulo Freire porque entendemos
ser um autor importante, militante em sua luta social pela educação, Freire
propõe a escola Libertadora na citação ela usa um método de ensino em volvendo camponeses. Ele foi o
professor diferenciado igualmente a Marx,
que ia nos sindicatos, freire ele
saiu da sala de aula e foi ao campo.
E essa construção no livro didático que nos propusemos a analisar,
embora tenhamos identificado um
marxismo confuso, hora ortodoxo,hora positivista, especificamente não
encontramos uma metodologia especifica voltada para métodos de ensinar o
marxismo na pratica nesses livros didáticos analisados. Não foi nossa prioridade de trabalhar como
os professores devem ensinar os alunos, , ou alguma propostas, mas acreditamos
ser importante citar Paulo freire e seus método de ensino nesse espaço,
mostrando que o professor também é um militante.Acreditando na militância como
forma de ensino.Antes de entrarmos na analise do texto dos livros
didáticos.
ANTECEDENTE A GUERRA CAPITALISTA
Curioso que o livro de Mario Schmidt não apresenta os antecedentes a
primeira guerra mundial, como a partilhada áfrica, ela já entra no capítulo1
com a guerra a partilha fica para a introdução do livro em; “O que já
estudamos” e com base nela apresentamos essa temática.As guerras mundiais e
outras demarcam a degradação da sociedade capitalista, é por guerra e de guerra que vive o sistema
capitalista. O imperialismo: grandes monopólios haviam crescido tanto que o
mercado nacional não era mais suficiente para escoar a produção. Essa fase é o
capitalismo mundial do imperialismo.
Para os economistas era a necessidade de buscar mão de obra barata para
explorar, mercado, recursos naturais para destruir etc. Tudo aquilo que os
tentáculos do capitalismo precisa para sobreviver. Se diz países imperialista
quando um pais se torna dono de grandes empresas dentro do território de outros
países, ou colônias. As características básicas são 1 =>Investimento de
capital no estrangeiro 2 => e domínio econômico sobre outros países. Todo esse domínio capitalista levado à força
e a subjugar outras nações eles justificavam com teorias ou ideais
preconceituosas diversas. Mas o principal fator mesmo é a questão das
economias, o “determinismo econômico”,esse que mais tarde vai deflagrar outras
guerras mundial, consolidando assim a sina do capitalismo, de ocasionar guerra
entre as nações. Em Claudio Vicentino
ele apresenta um contexto do contraste da Belle
Époque na França, mais voltado para o “desenvolvimento do
capitalismo” ( pag.68 ). Vicentino entra
com o contraste de Belle Epoque, francesa o esplendor a cultura
as artes, o teatro em contrate com a desigualdade e a insatisfação do
proletariado explorado pela classe
burguesa sem duvida a 1º guerra mundial traria conseqüências, mas também
mudanças, mesmo assim essa mudança não seria o suficiente na consciência do
homem para evitar a segunda guerra.
“Tal quadro gerou ondas de protestos
e descontentamentos ser notados nos movimentos organizados, nas revoltas
nacionalistas, nas reivindicações do operariado, na pintura, na musica na
dança e no comportamento de homens e
mulheres que viveram nessa época” VCENTINO.PP,68.2015.
Na citação acima, O aluno vai perceber na pagina 68, que ele descreve a
mudança em homens e mulheres, mas à medida que os países iam ampliando a
competição internacional,no caso a Alemanha, se tornou uma potencia. Também ela
se armava para o conflito. Percebemos
que ele narra o operário,mas também outros aspectos culturais, o marxismo aqui
ainda está muito sucinto. Até nesse
livro didático percebemos um marxismo ortodoxo,
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL A entrada do capitulo 1 ( pagina 22),em Mario Schimidt vem com uma
questão aos alunos, o contestamento principal é porque ir para a guerra na
época, da 1º guerra mundial, não se fazia em alguns momento de forma sóbria ele
citou “homens embriagado”, com ideais de patriotismo, se lançavam numa guerra
sem sentido, que no final não daria a lugar algum a não ser o lucro para a elite burguesa. Ao final da guerra, as
nações iriam voltar com relações econômicas, esse é o foco principal, é que o
motivo que levou pessoas simples, como eu e você irem para a guerra. No final
das contas o lucro dessa tragédia só seria visto para os dono da economia,
aquele soldado, a população que sofreu não veria e não sentiria o lucro dos
vencidos.
“ As guerras podem acontecer por várias razões.
Mas com certeza, o motivo econômico foi decisivo para a primeira guerra mundial
(1914-1918). SCHIMIDIT .PP,23.2001
Nessa a cima citação percebemos uma perspectiva máxima do determinismo
econômico. Muito boa por sinal, conseguimos perceber ai um bom texto vibrante e
motivador para os alunos. Fazendo com que ele perceba e conteste a posição da
elites das nações, em fazer guerra, para
o desenvolvimento de sua economia em
áreas econômicas. E lançar as pessoas numa campanha de patriotismo sem sentido.
Percebemos na perspectiva marxista, que a superestrutura no caso e estado,
comanda as massas, recrutando e lançando –os na guerra. O livro deixa isso bem
claro. O aluno deve perceber como um mecanismo perigoso para as massas. No entanto acreditamos que nesse momento o
autor poderia nos apresentar uma proposta de resistência a guerra, apenas nos
mostrou que a economia foi o motor desse conflito, e enquanto a “resistência” contra a guerra, ficou muito
sucinto,a expressão de indignação dos povos, que foram levado brutalmente para
o conflito por interesses econômicos que não favoreceu a eles. Nesse tópico foi interessante que ele prova
que o MONOPÓLIO, CAPITALISTA,cresceu na Inglaterra e França e EUA, eles não se contentavam
apenas com seu mercado interno. Eles tinham fome, eram gigantesca empresas que
necessitavam escoar o seu mercado, precisavam de matérias primas mão de obra
barata, e mercado consumidor. Engraçado que eles querem que tudo venha barato
para por na lógica capitalista, aguardando os lucros que é certo. O aluno pode se sentir seguro com o
determinismo econômico, porque eles nos dá uma dimensão confiável sobre a
historia, acreditamos suprir as necessidades do aluno de buscar uma resposta
para os acontecimentos da historia. NOTA: Sobre o determinismo econômico,
entendemos que ele não é um processo pronto e acabado, nem teleológico, ele é
um processo continuo, ele tem uma continuidade movido por bases econômicas,
mudou a economia mudou a sociedade.
Ainda nos textos de Schimidit, identificamos outras coisas que as
empresas procuravam, e citados a baixo:
“ Mão de obra barata para empregar
nas minas, fazendas e empresas; Trabalho duro em troca de salários reduzidos e
fabulosos lucros para os patrões dono do monopólio
capitalista”.SCHIMIDT.PP,24.2001.
Na citação a cima ela nos satisfaz, deixa a mostra como ocorre a
relação empregador e empregados, de forma bem simples, facilitando a
compreensão do aluno Schmid, usa a expressão Tentáculo do Polvo capitalista,
facilitando a compreensão do aluno sobre
a forma que o capitalismo se alastra pelo mundo consumindo, destruindo a
se apropriando das pessoas, e dos recursos naturais. A leitura da obra de Schmid é vibrante, ela
fala em tentáculos do polvo capitalista, que tinha que abraçar todos os países,
o aluno pode entender que ele necessitava
crescer, mais e mais para atender as necessidades capitalistas. O
IMPERIALISMO: Investimento de capital no estrangeiro, e domínio econômico sobre
outros países, Já o autor Claudio
Vicentino entra com o titulo “Imperialismo e Disputa Entre as Nações”, onde ele
aborda as disputas imperialistas dos
países muito parecido com Schmidit, em borá numa linguagem menos feroz, onde
não sentimos um teor de indignação como em Schimidt.
As grandes potencias industrializadas, como a Inglaterra e França
precisam lidar com os seguintes problemas ao longo do século XIX. A capacidade
produtiva de suas fabricas havia superado o potencial de compra de seus
habitantes. Um grande volume de capital, oriundo do lucro das industrias,
estavam pronto para ser investidos. Novas fontes de matéria prima faziam –se
necessárias para manter o ritmo de trabalho nas industrias. VICENTINO.
PP,69.2015.
Em o Imperialismo a disputa na (Pg. 69). Na França e Inglaterra houve o
problema de que as fabricas superaram a capacidade de compra, do consumidor. Os
lucros acumulados tinham que ser investidos, precisavam de novas fontes de
matéria prima. A solução foi ocupar
territórios de Ásia e áfrica, os africanos sofreram muito até hoje, tem as
conseqüências dessa invasão já os europeus foi um negocio lucrativo o uso da
força. Os países da America receberam vultosa quantia em dinheiro emprestado
para a sua modernidade. No tópico TENSÕES E DISPUTAS (pag.,70). O autor nos
apresenta A guerra Franco –Prussiana acaba e a unificação da Alemanha ocorre. A
França perde os territórios as Alsácia – Lorena o que foi considerado uma
humilhação. Os alemães deram um salto na
economia e querem uma nova divisão da Ásia e África, que estão nas mãos dos
franceses e ingleses. O motivo econômico da rivalidade agravava-se com a
formação das alianças. TRIPLICE ALIANÇA: Alemanha, Inglaterra, e Itália. E
TRIPLICE ENTENDE: Inglaterra, França, Rússia. Em Vicentino ele cita alguns
pontos importantes, como a questão marroquina onde essa região era disputada
por Varias nações européias. A questão balcânica: O império Austro Húngaro
anexou ao seu território, as regiões eslavas, da Bósnia. Também teve a questão
da ferrovia alemã, que pretendia construir ate Bagdá.
“ O golfo pérsico, região rica em
petróleo cujo domínio é até hoje cobiçado pelas grandes
potencias”.VICENTINO.PP,7.2015.
Nessa citação, o aluno vai perceber quea questão econômica estavam
envolvendo os países, as rivalidades do capitalismo, para quem produzia mais e
tinha mais áreas sobre domínio se caracterizava por ser o imperialismo. O
imperialismo é marca registrada para explicar a guerra. Parece que é o
determinismo econômico, que decretou essa perspectiva que selou o destino do
Golfo, a abordagem ficou interessante, mas acreditamos que eles mostrassem um pouco
da resistência ou um marxismo cultural teríamos uma perspectiva
interessante. Apesar dos autores serem
marxistas, mas são distintos em seus livros didáticos, Vicentino pende para um
lado mais humano dos fatos, como dando ênfase as mulheres, embora ele não
busque a economia como motos de sue livro, completamente. Mario Smimidit está
mais voltado para a sua emoção em seus textos dando em fase ao marxismo
ortodoxo, e ao capitalismo como culpa de todas as coisas, os dois autores pecam
ao descartar o “marxismo cultural”, que pode muito bem ser implementado em
livros didático.
A REVOLUÇÃO RUSSA
Schmidt (capitulo 3 pag. 52) faz um questionamento sobre a sociedade,
em que a primeira tentativa de construir uma sociedade “socialista”, foi à
revolução Russa. Ele levanta a grande desigualdade entre ricos e pobres. E que
no Brasil hoje (2005), se pegasse toda a riquezas dos ricos acabaria coma
pobreza no Brasil. Na pagina 53, o autor Schmidt, nos apresenta uma abordagem
dos cotidianos triste das massas, uma vida de humilhação, de pobreza, nunca na
historia um povo passou tanta dificuldade como na Rússia. Diante de ver uma
burguesia e os Tzar (imperadores),esbanjando
riqueza. Por outro lado o contraste de um povo onde 80% ainda viviam no
campo, e os trabalhadores, quase não tinha direito ou amparo da lei. Enquanto a Europa já estava industrializada.
Entendemos que a abordagem foi relevante.
Acreditamos que o autor apresenta um “marxismo cultural”, relatando os
cotidianos dos trabalhadores, do povo em geral. O quadro era desolador, e
propicio a uma revolução. Pela primeira vez no livro de Schmidt, nos estamos
vendo uma abordagem de “marxismo cultural”, exatamente no “capitulo 3 ”, ele mostra operários, em greve, e mostra a
importante participação das mulheres, “as operarias”, que lutaram bravamente
contra a opressão dos Czaristas. Para
Claudio Vicentino, que também entra com o titulo de “Revolução Russa Socialismo
e a Revolução”, pegamos essa citação para explicar o que o autor traz de
diferente em ralação a Mario Schimidt.
Em 1917 enquanto ocorriam os combates da Primeira Guerra Mundial
eclodiu a revolução socialista, também conhecida como Revolução Russa. Herdeira
dos diversos movimentos sociais do século XIX especialmente das organizações
socialistas que enfreant6arama ordem política liberal, almejava mudanças
profundas, vitoriosa, tornou-se
referencia para os diversos movimentos sociais que desejavam derrubar o
capitalismo ao longo do século XX.
VICENTINO, PP,86.2015
Na citação a cima de Vicentino, percebemos um forte teor revolucionário
e social, a URSS, foi exemplo de que no terrível capitalismo poderia ser
superado eles foram motivo de orgulho dos milhões de militantes em todo o
mundo. No trecho a cima, se trata de um “marxismo clássico”, voltado as lutas
de classe, ele não entra propriamente num “marxismo cultura”, sobre a vida o
cotidiano e a luta dos operários, e as pessoas que viviam na URSS, nesse
contexto se trata de um “marxismo positivista”, muito voltado para A ELITE . No
tópico: “as propostas socialistas. O autor apresenta o marxismo clássico, ele
faz referencia as “lutas de classe”, e que a sociedade capitalista deveria ser
superada entrando o socialismo e depois o comunismo, numa sociedade sem
desigualdades e exploração essas idéias são com base no marxismo.
O socialismo científico de Marx e Engels
Os social-democratas russos
(bolcheviques e mencheviques ) eram seguidores do socialismo cientifico. Também
chamado de marxismo. Seus criadores foram dois pensadores alemães do século XIX,
Karl Marx e (autor de O capital, de 1867) e Friedrich Engels ( ambos autores do
manifesto comunista, de 1848). Você estudou esses assuntos no ano passado,
lembra? Marx acreditava que a sociedade capitalista é sempre injusta e que,
portanto, o proletariado deveria fazer uma revolução para destruí-la. Em
seguida, seria construída a sociedade socialista. No socialismo não haveria
mais ricos nem propriedade privada. As terras, fabricas, bancos,empresas
pertenceriam coletivamente á sociedade , e a economia seria dirigida
diretamente pelos trabalhadores. SCHMIDIT.PP,55.2001
Na citação acima Mario Schimidt, nos apresenta Karl Marx, numa
explicação bem simples e didática, ele entra com uma abordagem teórica para,
uma ideologia para poder entrar nos movimentos da revolução Russa. Ele nos
apresenta aspectos do “Marxismo Clássico” nessa citação à luta do proletariado
contra o burguês, rico contra pobres, e o “Marxismo ortodoxo”, quando ele fala
que a sociedade capitalista é sempre injusta No tópico “O Ensaio geral: a
revolução de 1905”, a Rússia estava com muita dificuldade o Czar mantém a
Rússia na guerra diante dos japoneses, que já se mostrou uma nação imperialista
capaz de derrotar um europeu. Nesse
momento o autor nos apresenta aspectos do “Marxismo Cultural”, ele apresenta as
condições deploráveis do povo, embora muito superficial ele não entra
muito em detalhe, e m,esmo assim ele diz
que a maioria acreditava no regime de tzar, mas em outros aspecto ele mostra
que o povo sofreu num domingo a violência do Czarismo um domingo sangrento uma
repressão violenta a serviço dos ricos.
Entendemos que o Czarismo, que Mario Schimidt nos apresenta está
inserido na luta de classe, pois ele defende os interesses na burguesia e da
nobreza, ele faz uma critica que muitos integrantes do povo chegou a chamar ele
de paizinho . No domingo sangrento houve um levante de indignação, os operários
entraram em greve,e foram, para as ruas protestar. Nesse meio tempo Lênin grande conhecedor do
marxismo, e grande talento para cativar com sua lábia, e envolvido em
atividades revolucionarias. Ele acreditava que era preciso fundar um partido
revolucionário e que tinha que educar os trabalhadores para mostrar a eles a
necessidade de se organizarem e tomar o poder.
No tópico “A guerra e a revolução”, na pagina 57, ele mostra a
exploração da burguesia que estocava comida, e vendia caro para, obtendo lucros
altíssimos. E, 08 de março de 1917, o autor narra à passeata das mulheres,
convocados para reprimir violentamente os soldados não atiraram e se estavam
com esperança nos ideais que ouviram marxista, agora seu compromisso é com o
povo. Em 1917 o Tzar é preso e a Rússia
se torna uma republica, percebemos nesse momento que é fundamental o autor falar
numa passeata no dia internacional da mulher, o aluno vai perceber que as
operarias arregaçaram as mangas e foram para a luta. A republica nasceria a
partir de um confronto de classe que identificamos como “marxismo clássico” A
luta de classe nesse momento era a consolidação do estado liberal burguês na
Rússia “democrático - burguês”.
Em 1917, enquanto ocorria os
combates da Primeira Guerra Mundial , eclodiu a revolução Socialista, também
conhecida como Revolução Russa. Herdeira dos diversos movimentos sociais do
século XIX, especialmente das organizações socialistas que enfrentaram a ordem
política liberal, almejava mudanças profundas. Vitoriosa, tornou-se referencia
para os movimentos sociais que desejaram derrubar o capitalismo ao longo do
século XX. Seu desenvolvimento daria
inicio a uma nova estrutura sociopolítica que marcaria profundamente a história
do século XX, originando a formação da União das republicas socialistas, o
primeiro país socialista do mundo. Em menos de 30 anos, a URSS, como ficou
conhecida chegaria à condição de superpotência mundial. VICENTINO.
PP,86.2015.
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Na citação acima de Vicentino, percebemos um forte teor revolucionário,
e social a URSS, foi exemplo de que o terrível capitalismo poderia ser
superado, eles foram motivo de orgulho dos milhões de militantes em todo o
mundo. No trecho acima se trata de em “Marxismo Clássico”, voltado para as
lutas de classes, ele não entra propriamente nesse “Marxismo Cultural” sobre a
vida, o cotidiano daquelas pessoas que viveram na URSS nesse contexto. No
tópico: “As propostas socialistas”, o autor apresenta, o “marxismo clássico”
ele faz referência as lutas de classe e que a sociedade capitalista deveria ser
superada entrando o socialismo, e apoiar o comunismo, numa sociedade de sem
desigualdades e exploração, essas idéias são com base no marxismo. Ainda na
página 87, o autor atende para os marxistas Vladimir Lênin, e da alemã Rosa
Luxemburgo, que enfatizam a “antiga idéia de que cabia aos trabalhadores a
eliminação do capitalismo e de suas varias manifestações. Curiosamente até a
página 87, o texto não expressa valores dos mais simples ainda sim apresenta em
“Marxismo Positivista” dando ênfase as grandes personagens como Leon Trotsky,
Lênin, Rosa Luxemburgo. O marxismo cultural de operários até aqui não se
apresenta nos textos. Na revolução
russa, os autores divergem em ralação aos rumores da revolução, embora ambos
presos, hora no marxismo positivista hora ortodoxo, dificilmente no marxismo
cultural, quando apresentado de forma bem sucinta, quando não erroneamente abordado,
apenas contando o fato em geral.
Considerações Finais
Na elaboração desse projeto
tivemos a oportunidade de encontrar, e vivenciar as mais variadas experiências
com professores, autores de teorias, alunos, escolas, orientador etc. Tudo englobando
o contexto do trabalho sugerido, mesmo com a dificuldade que tivemos de
executar um projeto de ação, conseguimos fazê-lo, mesmo limitado, acredito que
conseguimos levantar dados importantes sobre a experiência dos alunos com o marxismo, e o que o aluno acha sobre essa
temática. Não tivemos a oportunidade de
criticar o capitalismo como nos queríamos, e defender idéias sobre esse
sistema, em vista do curto espaço que temos, e outros fatores técnicos, nem tivemos
a oportunidade de propor um processo de mudança para essa sociedade deplorável,
quem sabe em futuros trabalhos teremos essa chance. Não podemos entrar direto no assunto da
revolução, pois tivemos que nos ater nesses tópicos, mas nos orgulhamos muito
de ter falado da questão das “mulheres” em nosso trabalho, e de ter elaborado um texto próprio sobre o
marxismo; “Os Professores Marxistas Ainda são Necessários. As nossas charges são idéias originais
acredito que ficou um trabalho diferenciado, com os desenhos, feitos por nos
marxistas, dados de pesquisa etc., o processo de construção envolve-nos em
sentimentos, processos econômico, sonhos e desilusões, lutas sociais,
militância etc. Em nosso trabalho
entendemos que o marxismo Não fica bem explícito no livro didático, entendemos
que o aluno do ensino médio ainda não compreende esse corrente, embora entenda
a condição social de seus pais, e de sua necessidade de se integrar na
sociedade capitalista. Por exemplo, no
livro não vem isso é marxismo cultural, isso é marxismo ortodoxo etc. Os primeiros
passos para exterminar essa corrente muito já foi feito não só pelo governo
através da maquina do PCN, mas através de um contexto de intelectuais que
acreditam que a
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sociedade deve ser abordada segundo um “conceito cultural do PCN”, e
foram esses intelectuais que elaboraram essa lei. Entre outras coisas que não conseguimos
falar, ou fazer uma avaliação profunda foram, mas deixamos aqui a nossa
analise, tudo isso num contexto capitalista.
Lembrando que é por meio de intelectuais que se fazem grandes injustiças
desse país, como quando eles se
preocuparam com “teorias raciais”, e embranquecer uma sociedade recém
escravista, não se preocuparam em educar aqueles escravos libertos, s é esses
intelectuais, “elitizados, ricos, brancos e burgueses”, que configuram as
rédeas desse país de acordo com a sua conveniência. Mas isso vai muda um dia, porque nos
“Professores Marxistas”, estamos na frente desse embate, e porque possuímos um senso de “moralidade
marxista baseada na revolução”, e se tem uma coisa que aprendemos na historia é
que a evolução e revolução sempre vencem.
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