Voz de John Perkis. Ex chefe de economia, assassino
econômico parece que ele é Italiano; Agente Confesso; trabalhou de 1971 a 1981
na firma Internacional de Consultoria de Chas T. Main. Trabalho para os EUA. Também
é posto a sociedade alternativa, em resposta a sociedade capitalista cheia de
injustiças. O projeto Venus de Jaques
Fresco e Roxanne Meadows.
Algumas abordagens deste vídeo
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*Corporotocracia: Entenda o que é isso.
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*Dinheiro: Ele não existe, cria-se para
endividar países.
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*Resistência à exploração: O homem cria
varias formas de resistência protesto etc. Ao chegar ao extremo são chamados
de terroristas
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*Globalização: Terrível forma de invadir
países periféricos, e os deixar dependente. Endividando – os
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*Assim Nasce o Terrorista: Da resistência à
ditadura capitalista, e desigualdade no mercado.
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Outros Tópicos com cronometragem
1:06 - Tecnologia
1:10 - Projeto Venus
1:15:52 - Economia Baseada em Recursos
1:29:48 - Educação
Jaques Fresco e Roxanne Meadows John Perkins; “assassino econômico”
Os
velhos apelos ao preconceito racial, sexual, religioso, ao fervor nacionalista
raivoso, estão começando a falhar. “A questão de quem eu sou, se eu sou bom ou mau, bem-sucedido ou não, tudo isso se aprende
no caminho. É só um passeio. Nós podemos muda-lo à hora
que quisermos. É só uma escolha. Sem esforço, sem trabalho, sem emprego, sem economias. Eu percebi que estava jogando errado.
O jogo era descobrir o que eu já era”.
(ENTRADA)
Veremos
o quão importante é trazer para a mente humana a
revolução radical. Essa crise é uma crise de consciência.
Uma crise que não pode mais aceitar as velhas normas, os
velhos padrões, as antigas tradições. E, considerando o
que o mundo é hoje, com toda miséria, conflito, brutalidade destrutiva, agressão
e assim por diante...
O
Homem ainda é o mesmo de antes. Ainda é bruto, violento, agressivo, acumulador,
competitivo... Ele construiu uma sociedade nestes termos.
TRADUÇÃO
PT/BR
JAMILA
“Não
é demonstração de saúde, ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.” A sociedade de hoje é formada por várias instituições. De instituições
políticas, instituições legais, instituições
religiosas, instituições de classe social, instituições
de valores familiares, de especialização profissional,
etc. É óbvia a profunda influência que essas estruturas tradicionalizadas
possuem sobre a forma de nossas compreensões e perspectivas. Entretanto, de
todas as instituições sociais nas quais nascemos que nos guiam e nos
condicionam... Parece não haver nenhum sistema tão
subestimado e mal compreendido, como o sistema monetário.
Tomando proporções quase religiosas, a instituição monetária estabelecida
existe como uma das formas mais incontestadas de fé que existem. Como o
dinheiro é criado, as políticas que o governam e como ele realmente afeta a
sociedade, são interesses desconhecidos da grande maioria da população. Em um
mundo onde 1% da população possui 40% da riqueza do
planeta, em um mundo onde 34 mil crianças morrem
diariamente de pobreza e doenças evitáveis, onde 50% da população vivem com
menos de 2 dólares por dia... Uma cosia está clara: Algo
está muito errado. Estejamos cientes disso ou não, o sangue nas veias de todas as nossas instituições estabelecidas e, portanto, da
sociedade em si, é o dinheiro. Logo, entender essa instituição de política
monetária, é essencial para entender porque nossas vidas são como são. Infelizmente, economia é um assunto frequentemente visto com fusão e
tédio. Sequencias infinitas de termos financeiros aliadas a cálculos
intimidadores, fazem as pessoas rapidamente desistir de tentar entende-la. No
entanto, o fato é: A complexidade associada ao sistema financeiro é somente uma máscara criada para ocultar uma das
estruturas mais socialmente estagnantes que a Humanidade já tolerou.
“Ninguém é mais
escravo que aquele que falsamente se acredita livre.”
I
Alguns
anos atrás, o banco central dos EUA, a Reserva Federal,
criou um documento chamado “Mecânica monetária moderna”.
Este publicação detalhava a prática institucionalizada de criação de dinheiro
como é utilizada pela Reserva Federal e a rede global de bancos comerciais que
ele sustenta. Na página de abertura o documento afirma seu objetivo: “O
propósito deste livreto é descrever o processo básico de criação de dinheiro em
um sistema bancário de reservas fracionadas”. Ele então descreve esse processo
de reservas fracionadas, através de terminologia bancária diversa, cuja
tradução seria algo como isto: O governo dos EUA decide que precisa de dinheiro. Então ele fala com a Reserva Federal e pede, digamos
10 bilhões de dólares. O RF responde: “Claro, vamos
comprar 10 bilhões em títulos públicos de vocês”. Aí o
governo pega alguns papéis, coloca símbolos neles que os fazem parecer
oficiais, e os chama de títulos do Tesouro. Ele atribui a esses papéis o valor de
10 bilhões de dólares e os envia para a RF. Em troca, o pessoal de RF imprime
uma quantia de papéis deles próprios. Só que desta vez, com o nome de notas da
Reserva Federal. Também atribuindo o valor de 10 bilhões de dólares a esses
papéis, a RF pega essas notas e as troca pelos títulos. Assim que a transição é
concluída, o governo pega os 10 bilhões em notas da RF e deposita em uma conta
bancária. E com esse depósito as notas de papel passam oficialmente a ter valor
de moeda, adicionando 10 bilhões ao suprimento monetário dos EUA. E aí
está!Foram criados 10 bilhões de dólares em dinheiro. Claro, este exemplo é uma
generalização, pois na realidade essa transação ocorre eletronicamente, sem nenhum
uso de papel. Na verdade só 3% do suprimento monetário dos EUA existem em moeda
física. Os outros 97% existem somente nos computadores. Então, títulos públicos
são, por definição, instrumentos de endividamento, e quando a RF compra esses títulos
com dinheiro criado basicamente do nada, o governo está na verdade prometendo
devolver esse dinheiro à RF. Em outras palavras, o dinheiro foi criado a partir
de uma dívida. Esse paradoxo estarrecedor, de como o dinheiro ou o valor podem
ser criados a partir de dívidas ou um responsabilidade, ficará mais claro a
medida em que continuarmos esse raciocínio. Bem, a troca foi realizada e agora
10 bilhões de dólares estão em uma conta bancária
comercial... Aqui é onde isso fica interessante, já que,
com base na prática de reservas fracionadas, esse depósito de 10bilhões
torna-se instantaneamente parte das reservas do banco, como todo e qualquer
depósito. E, no que se refere à exigência de reservas,
como está no “Mecânica monetária moderna” : “Um banco deve manter reservas legalmente exigidas equivalente a uma porcentagem
definida de seus depósitos.”Isso é quantificação quando se afirma que: “Pelas
normas vigentes, a reserva exigida para a maioria das contas correntes é de 10%.” Assim, dos 10 bilhões depositados, 10% ou 1 bilhão, é
guardado como reserva exigida enquanto que os outros 9
bilhões são considerados excedente de reserva e podem ser usados como base para
novos empréstimos. O lógico seria presumir que esses 9
bilhões estão literalmente saindo do depósito existente, de 10 bilhões. Porém, esse não é o caso. O que ocorre é que os9 bilhões são criados a partir do nada, sobre o depósito existente de
10 bilhões. É assim que o suprimento bancário é expandido. Como é afirmado no
“Mecânica monetária moderna” :Naturalmente eles, os bancos, não saldam o
dinheiro que recebem como depósitos. Se isso fosse feito, nenhum dinheiro
adicional seria criado. O que eles fazem aos realizar empréstimos é aceitar
notas promissórias, “contratos de empréstimo” em troca de crédito, “dinheiro”
para as contas correntes de quem toma o empréstimo. Em outras palavras, os 9
bilhões podem ser criados do nada simplesmente porque existe uma demanda por
tal empréstimo e porque existe um depósito de 10 bilhões
que atende às exigências de reserva.Agora vamos imaginar
que alguém entre num banco e tome emprestado os 9 bilhões
recém-disponibilizados. Eles provavelmente vão pegar esse dinheiro e
deposita-lo em sua própria conta bancária. O processo então se repete, já que
esse depósito se torna parte das reservas do banco. 10% é
isolado e em seguida 90% dos 9 bilhões, ou 8,1 bilhões, tornam-se
dinheiro rescém-criado, disponível para mais empréstimos. E claro, esses 8,1 bilhões podem ser emprestados e
depositados criando mais 7,2 bilhões e mais 6,5bilhões e mais 5,9 bilhões, etc.
Este ciclo de criação de dinheiro pode se tornar tecnicamente infinito. O
cálculo médio é de que cerca de 90 bilhões de dólares podem ser criados a
partir dos 10 bilhões originais. Em outras palavras: Para
cada depósito que é feito no sistema bancário, pode-se criar
9 vezes esse valor a partir do nada.
Precisando de dinheiro?. Peça ao Bank of
America, em pouco de dinheiro instantaneamente e reconfortante, dinheiro de
conveniente empréstimo pessoal. Agora nós entendemos como o dinheiro é criado
por esse sistema de reservas fracionadas. Pode-se ocorrer uma pergunta
lógica, ainda que desconcertante: Mas o que está dando valor a esse
dinheiro recém-criado? A resposta: O dinheiro que já existe. O dinheiro
novo basicamente tira valor do suprimento monetário já existente, já que o
montante total de dinheiro está aumentando independente da demanda por
bens e serviços. E como a oferta e demanda definem o equilíbrio, os preços
sobem reduzindo o poder de compra de cada dólar. Isso é normalmente
chamado de inflação.
A inflação é basicamente um imposto
oculto cobrado das pessoas. Que conselho se costuma dar? Eles dizem:
“inflacione a moeda”. Eles não falam: “depreciem a moeda”. Eles não falam:
“desvalorizem a moeda”. Eles não falam: “enganem quem já está garantido”.
Eles dizem: “reduza as taxas de juros”. A verdadeira fraude ocorre quando
distorcemos o valor do dinheiro. Quando criamos dinheiro do nada, não temos
economias. E ainda há o que se chama de “capital”. Minha pergunta se
resume a: Como é que podemos resolver os problemas da inflação, ou seja, o
aumento de dinheiro, com mais inflação? Claro que não podemos.
(13:46)
O sistema de reservas infracionadas para
expansão monetária é infracionário por si só, uma vez que o ato de
aumentar as ofertas de dinheiro, sem que haja uma expansão proporcional de
bens e serviços na economia SEMPRE vai depreciar a moeda. De fato, uma análise
rápida dos valores do dólar americano em comparação com a oferta de
dinheiro reflete claramente essa questão, já que a relação completa é
óbvia. 1 U$ em 1913 valia o equivalente a 21,60U$ em 2007. Isso é uma
desvalorização de 96% desde que a Reserva Federal passou a existir. Agora,
se essa realidade de inflação inerente e perpétua, parece absurda e
economicamente autodestrutiva... Espere um pouco, pois absurdo é pouco para
definir como o nosso sistema financeiro realmente opera. Em nosso sistema
financeiro, dinheiro é dívida e dívida é dinheiro. Este é um gráfico do
suprimento monetário nos EUA de 1950 a 2006. E este é um gráfico da dívida
nacional dos EUA no mesmo período. Veja que interessante: As tendências
são virtualmente as mesmas, pois quanto mais dinheiro existe, mais dívidas.
E quanto mais dívidas existem, mais dinheiro.
Colocando de outro modo: Cada dólar na
sua carteira é devido por alguém a outra pessoa. Lembre-se: O único
modo de o dinheiro passar a existir é através de empréstimos. Logo,
se todos no país pudessem pagar todas as suas dívidas, incluindo o
governo, não haveria um único dólar em circulação. “Se não houvesse dívidas em
nosso sistema financeiro, não haveria dinheiro.”(Marriner Eccles –
Governador da Reserva Federal / 1941). Na verdade, a última vez na
história americana, em que a dívida nacional foi totalmente quitada foi
em1835, depois de o presidente Andrew Jackson fechar o banco central anterior a Reserva
Federal. Toda a plataforma política de Jackson girava essencialmente em torno
desse compromisso de fechar o banco central.
Declarou certa vez: “Os grandes esforços
feitos pelo banco atual para controlar o governo, são apenas premonições
do destino que aguarda o povo americano, caso sejam induzidos à
perpetuação desta instituição ou ao estabelecimento de outra do mesmo
tipo.” Infelizmente essa mensagem teve vida breve e os banqueiros
internacionais conseguiram instalar outro banco central em 1913; a Reserva
Federal. E enquanto essa instituição existir, o endividamento perpétuo é
inevitável. Bom, até agora discutimos o fato real de que o dinheiro é
criado de dívidas a partir de empréstimos. Estes empréstimos são baseados
nas reservas de um banco, reservas originadas por depósitos. Através desse
sistema de reservas fracionadas, qualquer depósito pode criar 9 vezes seu valor
original. Por sua vez, a depreciação do dinheiro em circulação eleva os
preços para a sociedade e, como todo esse dinheiro é criado a partir de
dívidas e circula aleatoriamente através do comércio, as pessoas
acabam distanciadas de sua dívida original. Existe um desequilíbrio quando
pessoas são forçadas a competir por empregos a fim de obterem dinheiro
suficiente do suprimento monetário, para cobrir seu custo de vida. Por mais
defeituosos e distorcido que tudo isso pareça, ainda falta um elemento que
omitimos desta equação, e é esse elemento da estrutura que revela a natureza
fraudulenta inerente ao sistema: A cobrança de juros.
Quando o governo toma dinheiro emprestado da
Reserva Federal, ou quando uma pessoa toma empréstimo de um banco, ele
quase sempre deve ser devolvido com juros pesados. Em outras
palavras:Quase todos os dólares que existem, um dia terão de ser
devolvidos a um banco, acrescido de juros.Porém, se todo o dinheiro é
emprestado do Banco Central e expandidos pelos bancos comerciais através de
empréstimos, somente o que chamamos de “principal” está sendo criado no
suprimento de dinheiro.Então, onde está o dinheiro para cobrir os juros que
são cobrados?Em lugar nenhum. Ele não existe.As ramificações disso são
inacreditáveis, pois a quantia de dinheiro devida aos bancos SEMPRE será
maior que a quantia de dinheiro em circulação. E é por isso que a inflação
é uma constante na economia, pois o dinheiro novo é SEMPRE necessário para
ajudar a cobrir o déficit embutido no sistema, causado pela necessidade de
se pagar juros. Isso também significa que, matematicamente, a inadimplência e
as falências são literalmente partes do sistema. E será sempre a parte
mais pobre da sociedade que sofrerá com isso.
Uma analogia seria a dança das cadeiras:
Quando a música para sempre sobra alguém de fora. E a ideia é
essa: As riquezas verdadeiras são invariavelmente transferidas das
pessoas para os bancos, pois se você não puder pagar sua hipoteca,
eles tomarão sua propriedade. Isso é particularmente revoltante quando você
percebe não só que a inadimplência é inevitável devido à prática de
reservas fracionadas, mas também porque o dinheiro que o banco lhe emprestou,
nem mesmo chegou a existir legalmente. Em 1969, houve um caso na
justiça de Minnesota envolvendo um homem chamado Jerome Daly, que estava
recorrendo do arresto de sua casa pedido pelo banco que lhe cedeu
empréstimo para comprá-la. Seu argumento era que o contrato de hipoteca exigia
que ambas as partes, ele e o banco, possuíssem uma forma legítima de
propriedade para transação. Em linguagem legal, isso é chamado de
contraprestação. (Um contrato baseia-se na prestação de uma parte à
outra). O Sr. Daly explicou que, na verdade o dinheiro não era propriedade do
banco, já que ele havia sido criado do nada, assim que o termo do
empréstimo foi assinado. Você lembra do que o “Mecânica moderna monetária”
dizia sobre empréstimos? O que eles fazem, quando oferecem empréstimos, é
aceitar as notas promissórias em troca de créditos. As reservas não são
alteradas pelas transações de empréstimo. Porém, créditos de depósitos são
considerados como adições ao total de depósitos do sistema bancário. Ou
seja: O dinheiro não vem dos bens que já existem. O banco está
simplesmente inventando-o, sem criar nada que lhe pertença, exceto uma suposta
responsabilidade no papel. À medida que o caso evoluiu, o presidente do
banco, o Sr. Morgan, prestou depoimento. E no memorando pessoal do juiz, ele
registrou que: “O reclamante, presidente do banco, admitiu que, juntamente
com o Banco da Reserva Federal, criaram o dinheiro e os créditos através
de lançamentos nos livros-caixa. O dinheiro e o crédito passaram a existir
quando eles os criaram.” O Sr. Morgan admitiu que não havia lei ou estatuto nos
EUA que lhe desse direito de fazer isso. Uma contraprestação legal precisa
existir e ser oferecida para validar a nota. Disse o juiz: “O júri
concluiu que não havia contraprestação legal e estou de acordo.”. Ele
praticamente completava “Somente Deus pode criar algo de valor a partir do
nada.” Diante dessa revelação, a corte rejeitou o pedido de arresto feito
pelo banco e Daly ficou com sua casa. As implicações dessa decisão
judicial são imensas, pois sempre que você toma dinheiro emprestado de um
banco, seja uma hipoteca ou um cartão de crédito, o dinheiro que eles lhe
dão não só é falso, como também é uma forma ilegítima de contraprestação,
o que, portanto anula o contrato, uma vez que o banco nunca teve o
dinheiro como sua propriedade. Infelizmente esses acontecimentos são
reprimidos e ignorados e o jogo perpétuo de transferência de riquezas e de
dívidas continua. Isso nos leva à pergunta final: Por quê?
Durante a Guerra Civil Americana,
o presidente Lincoln rejeitou os empréstimos com altos juros oferecidos
pelos bancos europeus e decidiu fazer o que os patriarcas fundadores defendiam
que era criar uma moeda independente e livre de dívidas. Isso foi chamado de “GREENBACK”
(notas de dólar). Pouco depois de essa medida ser tomada, um documento interno
circulou entre bancos americanos e ingleses, dizendo: “A escravidão é
simplesmente a posse da mão de obra e exige cuidar dos trabalhadores, enquanto
o plano europeu
(22:30)
é que o capital controle a mão de obra
controlando seus salários”. Isso pode ser feito controlando o dinheiro.
Seria insuficiente permitir o Greenback... pois não podemos controlá-los. A
política de reservas fracionadas praticada pela Reserva Federal, que se
espalhou como prática da maioria dos bancos do mundo é na verdade
um sistema moderno de escravidão. Pense nisso: O dinheiro é criado a
partir de dívidas. O que as pessoas fazem quando possuem dívidas?
Elas buscam empregos para poder pagá-las. Mas se o dinheiro só pode ser
criado a partir de empréstimos,como a sociedade vai ficar livre
de dívidas algum dia? Ela não pode e essa é a questão. E é o medo da
perda de bens, junto com a luta para se manter com dívidas perpétuas e
inflação como parte do sistema,compostos pela escassez inevitável
característica da oferta de dinheiro, criados pelos juros que nunca poderão ser
pagos, que mantém o escravo do salário na linha, correndo sem sair do
lugar, com milhões de outros. Efetivamente, fortalecendo um império que só
beneficia a elite no topo da pirâmide. No fim das contas, pra quem você
realmente trabalha? Os bancos! O dinheiro é criado no banco e acaba
invariavelmente de volta ao banco. Eles são os verdadeiros senhores, junto
com as corporações e governos que os apoiam. A escravidão física exige moradia
e comida para os trabalhadores. A escravidão econômica exige que as pessoas
consigam sua própria moradia e comida. Esse é um dos engodos mais
engenhosos para a manipulação social já criados. Em sua essência está uma
guerra invisível contra a população. A dívida é a arma usada para
conquistar e escravizar sociedades, e os juros são a munição
principal. Enquanto a maioria de nós circula sem saber dessa realidade, os
bancos, associados aos governos e corporações continuam a aperfeiçoar e
expandir suas táticas de guerra econômica, implantando novas bases como o
Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto também
inventam um novo tipo de soldado: O nascimento do assassino econômico.
(25:08)
II
Há dois modos de subjugar e escravizar uma
nação. Um é pela força o outro é pelas dívidas. Nós, assassinos
econômicos, de fato fomos os responsáveis pela criação desse império
realmente global. Trabalhamos de muitas maneiras diferentes.
Talvez a mais comum seja identificar um país que tem recursos,
como petróleo. E em seguida conseguir um empréstimo enorme para esse
país através do Banco Mundial ou uma de suas organizações irmãs. Só
que o dinheiro nunca vai realmente para o país. Ele acaba indo para
as nossas grandes corporações para criar projetos de infra-estrutura
nesse país. Usinas de energia, parques industriais, portos... Coisas
que beneficiam uns poucos ricos desse país e também as nossas
corporações, mas não a maioria das pessoas. Entretanto, essas pessoas, o país
inteiro acaba ficando com uma enorme dívida. A dívida é tão grande
que eles não conseguem pagá-la, e isso é parte do plano... Eles não
podem pagá-la!
Então num certo ponto, nós assassinos
econômicos, vamos lá e dizemos: “ouça, você perdeu muito dinheiro,
não vai conseguir pagar sua dívida, então...” “Venda
seu petróleo bem barato para nossas petroleiras” , “deixe-nos
construir uma base militar no seu país...” , “envie tropas para
apoiar uma das nossas, em algum lugar do mundo como o Iraque, ou vote
na gente na próxima cúpula da ONU”. Pedem pra privatizar sua
companhia elétrica e vender seu sistema de água e esgoto para
corporações americanas ou outras corporações multinacionais.
Então é uma coisa que só cresce, e é
muito típico, esse modo como o FMI e o Banco Mundial operam.
Eles colocam um país em uma dívida, aí eles se oferecem para
refinanciar a dívida, e feito isso, se cobra mais juros. E eles exigem
esse “escambo” que é chamado de condicionalidade ou boa governança, que
basicamente significa que eles têm que vender seus recursos, incluindo
muitos serviços sociais, suas empresas de serviços básicos, às vezes
seus sistemas educacionais, seus sistemas penitenciários... para corporações
estrangeiras. Isso é um ganho duplo, triplo, quádruplo!
IRÃ, 1953
A introdução do Assassino Econômico começou
mesmo, no começo dos anos 50, quando o Dr. Mohammad Mossadegh, escolhido
democraticamente, foi eleito no Irã. Ele era considerado “A esperança da
Democracia” no Oriente Médio ou no mundo. Ele foi o Homem do Ano da
Revista Time. Porém uma das questões que ele trazia e queria
implementar era a ideia de que as petroleiras internacionais
deveriam pagar muito mais Ao povo iraniano pelo petróleo que estavam
retirando do Irã e de que o povo iraniano deveria se beneficiar de seu
próprio petróleo. “Política estranha”? Claro que não gostaríamos
disso, mas tivemos medo de fazer o que estávamos fazendo,
que era enviar os militares... Em vez disso enviamos um agente
da CIA, Kermit Roosevelt, parente de Teddy Roosevelt, e com alguns milhões
de dólares, ele mostrou-se muito eficiente e em pouco tempo Mossadegh foi
deposto e foi substituído pelo xá do Irã, que sempre foi favorável ao
petróleo, e isso funcionou muito bem.
REVOLTA NO IRÃ
Bombas explodem por todo o Irã, um oficial do
exército anuncia que Mossadegh se rendeu e seu regime como ditador virtual
do Irã acabou. Fotos do xá são exibidas pelas ruas à medida que
os sentimentos mudam. O xá é bem-vindo em seu lar.’ Aqui nos EUA,
em Washington, as pessoas olharam aquilo e disseram “uau, aquilo foi
fácil e barato!” Então se estabeleceu um modo novo de
manipular países e criar impérios. O único problema de Kermit é que
ele era um agente da CIA identificado e se ele tivesse sido pego, as
implicações poderiam ter sido muito sérias. Então naquele momento tomou-se
a decisão usar consultores privados para canalizar o dinheiro através
do Banco Mundial ou uma das outras agências que treinam pessoas como
eu, que trabalham para empresas privadas. Assim, se fosse-mos pegos,
não haveria consequências governamentais.
(29:16)
GUATEMALA, 1954
Quando
Jacobo Árbenz Guzmán virou presidente da Guatemala, o país estava sob jugo
da empresa United Fruit e grandes corporações internacionais
e, Árbenz abraçava o seguinte discurso: “Queremos
devolver a terra para as pessoas”. E assim que assumiu
o poder ele estava implementando políticas que fariam exatamente
isto, devolver o direito à terra ao povo. A United Fruit não gostou muito
disso, e então contratou uma empresa de relações públicas para
realizar uma grande campanha nos EUA, para convencer o país, o
povo, os cidadãos dos EUA, a imprensa e o congresso dos EUA, de
que Árbenz era uma marionete soviética. Se permitissem que ele continuasse
no poder, os soviéticos teriam uma brecha neste hemisfério. Naquela
época havia um grande temor na cabeça de todos, do terror
vermelho comunista... Para encurtar a história, a partir dessa
campanha de relações públicas surgiu um comprometimento da parte da CIA e
dos militares, de derrubar esse homem. E de fato conseguimos! Enviamos
aviões, enviamos soldados, enviamos chacais, enviamos tudo o que podíamos
para derruba-lo. E conseguimos. Assim que ele deixou seu gabinete, o
sujeito que o sucedeu basicamente devolveu tudo para as mãos das
corporações internacionais, incluindo a United Fruit.
EQUADOR, 1981
O Equador,
por muitos anos havia sido governado por ditadores a favor dos EUA,
normalmente muito violentos. Decidiu-se que haveria uma eleição realmente
democrática e Jaime Roldós se candidatou declarando que sua meta como
presidente seria garantir que os recursos do país fossem usados para
ajudar o povo. E ele venceu com folga, com uma vantagem jamais vista
no Equador, e começou a implementar suas políticas para que os lucros do
petróleo fossem para ajudar as pessoas. Bem, nós nos EUA não
gostamos muito disso. Fui enviado com outros assassinos
econômicos para “dar um jeito” em Roldós, corrompê-lo,
cerca-lo, para dizer a ele: “bem, você sabe, você e sua família podem
ficar muito ricos se você jogar nosso jogo, mas se você
continuar com essas políticas, promessas... você vai ter que sair”.
Ele não quis nos ouvir. Ele foi assassinado. Assim que o avião em que estava
caiu, toda a área foi cercada e as únicas pessoas autorizadas no local
foram os militares dos EUA que vieram de uma base próxima dali., e os
militares do Equador. Quando começaram uma investigação, duas das
testemunhas chave morreram em acidentes de carro antes de dar
depoimento. Aconteceram muitas coisas estranhas em relação ao
assassinato de Jaime Roldós.
Quem
investiga o caso como eu não tem dúvidas de que ele foi assassinado
e, claro, na minha posição de assassino econômico eu sempre
imaginava que algo aconteceria com Jaime, fosse um golpe ou
assassinato, mas ele seria tirado de cena porque, ele não era corrupto,
ele não se deixava corromper da forma que queríamos.
(32:25)
PANAMÁ, 1981
Omar
Torrijos, presidente do Panamá, era um dos meus favoritos, eu realmente o
admirava. Ele era um homem que realmente queria ajudar seu país.
Quando eu tentava suborná-lo, corrompê-lo, ele dizia: ‘Olha, John – ele me
chamava de Juanito – Olha, Juanito, eu não preciso do dinheiro, o que eu
preciso é que o meu país seja tratado com justiça. Preciso que os EUA
paguem as dívidas que possuem com meu país, por toda a destruição que
vocês causaram aqui. Preciso estar em uma posição onde eu possa
ajudar outros países latino-americanos a se tornarem independentes e se
libertarem desta presença terrível do norte, com a qual vocês vêm nos
explorando tão terrivelmente. Preciso que o Canal do Panamá esteja
de volta às mãos do povo, é disso que eu preciso’. ‘Me deixem em paz,
parem de tentar me subornar’.Isso foi em 1981, e em maio daquele ano Jaime
Roldós foi assassinado. Omar sabia muito bem o que era isso, então juntou
sua família e disse: ‘provavelmente sou o próximo, mas tudo bem, porque eu
fiz o que vim fazer, renegociei o canal, agora ele estará em nossas mãos’.
Ele tinha acabado de fazer um acordo com Jimmy Carter. Em junho de 1981,
apenas dois meses depois, ele também morreu em um acidente aéreo, que
certamente foi realizado por chacais apoiados pela CIA. Há evidências de que um
dos agentes entregou ao presidente quando ele embarcava, um pequeno
gravador que continha uma bomba.
(34:15)
VENEZUELA, 2002
É
interessante ver como esse sistema continua, e mesmo através dos anos,
com a diferença de que os assassinos estão ficando cada
vez “melhores”. Temos também o que aconteceu recentemente
na Venezuela em 1998, Hugo Chávez foi eleito presidente, depois de
uma longa seqüência de presidentes muito corruptos, que haviam basicamente
destruído a economia do país. Chávez foi eleito nessa época.Ele enfrentou
os EUA, exigindo que o petróleo venezuelano fosse usado para ajudar
ao povo venezuelano.Bom, nós não gostamos muito disso nos EUA. Então,
em 2002, foi organizado um golpe e para mim e outras pessoas,
não há dúvida de que a CIA estava por trás desse golpe. O modo como
esse golpe foi organizado era muito
(35:09)
Parecido com o de KERMIT ROOSEVELT tinha feito no Irã, eles
pagavam as pessoas para irem ás ruas, para protesto o governo como impopular.
Se você consegue que alguns milhares façam isso, a VT pode fazer com que isso
apreça acontecer no país todo, se espalhando. Porém no caso de Chávez ele foi
inteligente, e o povo estava tão do seu lado que ele conseguiu superar o golpe.
Isso foi um fenômeno na história da América Latina.
IRAQ, 2003
O Iraque é um exemplo perfeito de como esse sistema
trabalhada, nós assassinos somos a primeira linha, vamos primeiro e tentamos
corromper o governo, fazendo com que aceitem enormes empréstimos por meio dos
quais nos os controlamos. Se falhamos como falhei no Panamá com OMAR TORRIJOS e
no Equador JAIME ROLDÓS que se recusaram a ser subornados. Ai enviamos a
segunda linha defesa é o envio de “chacais”. Eles são os que derrubam os governos
ou assassinam líderes. Em seguida, começa um novo governo no qual ditamos a
política, afinal das contas o novo presidente sobre o que acontecerá se não
obedecer. No caso do Iraque, ambas as estratégias falharam, os assassinos não
conseguiram fazer contato com Saddam Hussein. Nós tentamos fazê-lo assinar um
acordo muito similar ao que temos com os saudistas na Arábia. Mas ele não
aceitou, então mandamos os chacais para matá-lo mas não conseguiram, a
segurança dele era eficiente e além disso ele já havia trabalhado na CIA, ele
foi contratado para assassinar o presidente anterior do Iraque, mas falhara.
Portanto ele conhecia o sistema então em 1991 mandamos as tropas e vencemos o
exército iraquiano. A partir disso presumimos que Saddam Hussein mudaria de ideia.
Nós poderíamos tê-lo matado naquela época, mas não queríamos perder a sua
liderança pensamos que ele conseguiria controlar os “CORDOS”, manter os
iranianos em seu país e continuamos abastecendo com petróleo, já que tínhamos
desse lado o seu exército, ele cederia. Os assassinos econômicos voltaram nos
anos 90, e falharam se tivesse dado certo ele ainda estaria governando o seu
país. Estaríamos vendendo a ele todas as armas que quisesse mas eles não conseguiram, os chacais não
conseguiram derrubá-lo de novo. Então enviamos o exército para terminar o
trabalho e dessa vez deu certo. Nós os derrubamos e no processo se criaram contratos
de construção civil muito lucrativo para reconstruir o país que tínhamos
destruído o que é um ótimo negócio se você é uma empresa do ramo de construção.
Então o Iraque as 3 etapas, os assassinos que falharam, os chacais que falharam e por fim, o exército foi
enviado. E assim criamos um império mundial mais isso foi feito muito sutilmente,
e todos os impérios do passado foram criados militarmente, e todos os povos
sabiam que eles estavam sendo criados. Os britânicos, os franceses, alemães,
romanos, gregos, eles tinham orgulho disso e sempre havia algumas desculpas,
como levar a civilização ou uma religião mas todos sabiam que isso estava
acontecendo! Mas não! A maioria do povo americano não faz ideia de que vive às
custas de um império clandestino, que hoje em dia há mais escravidão do que em
qualquer outra época. Então nos perguntamos: se isso é um império, quem é o
imperador? Obviamente não são os
presidentes dos EUA. Um imperador não é eleito, não existe tempo de mandato e
não dá satisfação à ninguém. Não podemos classificar os presidentes assim, mas
temos o que considerar um equivalente, que é o que eu chamo de “CORPORATOCRACIA”.
A corporatocracia é liderada por um grupo de indivíduos que gerenciam as
grandes empresas e eles realmente agem como imperadores, desse império eles
controlam a mídia direta ou indireta através da publicidade, controlam a
maioria dos políticos, pois financiam suas campanhas tanto através das
corporações quanto por doações pessoais. As corporações não são eleitas, não
cumprem um tempo de mandato ou dão satisfação e no topo da corporatocracia você
não consegue saber se os líderes trabalham para as corporações ou para o
governo, pois eles sempre estão trocando de posição, você tem alguém que uma
hora é o presidente de uma grande construtora como a Halliburton, e em seguida
é o vice presidente dos EUA ou um presidente que vem do ramo petroleiro
(39:59)
Isso Vale
para republicanos e democratas pois ambos tem líderes indo e vindo entre as
áreas. De certa forma nosso governo é invisível a maior parte do tempo, mas
suas políticas são aplicadas pela corporação em um nível ou outro, e novamente
as políticas do governo basicamente
(40:18)
são
criadas pela CORPORATOCRACIA e apresentadas pelos líderes
políticos, criando uma relação muito profunda. Isso não é uma teoria de
conspiração, essas pessoas não se reúnem e ficam tramando. Todos eles
trabalham a partir de uma premissa básica, que é a maximização de
lucros sem considerar os custos sociais e ambientais. Maximizar lucros,
independente do impacto social e ambiental.”
Esse
processo de manipulação corporativa através de dívidas, corrupção
e golpes também é chamado de GLOBALIZAÇÃO.
(41:00)
Assim como
a RF mantém o povo americano em uma posição de servidão
incondicionalatravés de dívidas infinitas, inflação e juros, o Banco Mundial e
o FMI cumprem esse papel em nível global.A farsa é simples: Coloque
um país em dívida, seja por sua própria imprudência ou seja pela corrupção
dolíder desse país. E então imponha “condições” ou “políticas
de ajuste estrutural” que frequentementeconsistem em:Desvalorização da
moeda; Quando o valor de uma moeda cai, o mesmo vale para tudo avaliado
atravésdela. Isso torna os recursos nativos disponíveis
para países predadores, por uma parcela de seu valorreal. Cortes
no financiamento de programas sociais que normalmente incluem Educação e
Saúde,comprometendo o bem-estar e a integridade da sociedade e deixando as
pessoas vulneráveis àexploração.Privatização de empresas públicas; Isso
significa que sistemas com importância social podem sercomprados e
controlados por corporações estrangeiras que visam lucro.
Por
exemplo; em 1999 o BancoMundial insistiu que o governo boliviano vendesse o
sistema de água e esgoto da terceira maior cidade, àuma subsidiária da
americana Bechtel. Assim que isso aconteceu, as contas de água dos
moradores locais já empobrecidos dispararam.
(42:18)
Foi só depois
de uma intensa revolta popular que o contrato com a Bechtel foi anulado. E
existe também a liberalização do comércio ou a abertura
da economia. Isso dá margem a uma série de manifestações de
abuso econômico, como; corporações transacionais trazerem seus produtos de fabricação
em alta escala, prejudicando a produção nativa e arruinando economias
locais. Um exemplo é a Jamaica, que depois de aceitar empréstimos
(42:55)
e
condições do Banco Mundial, perdeu seus maiores mercados de safras por
causa da competição com importados ocidentais. Hoje muitos agricultores
estão sem trabalho porque não podem competir com as
grandes corporações.Outra variação é a criação aparentemente
desapercebida, de várias exploradoras desumanas e não-fiscalizadas, que se aproveitam
das dificuldade vigentes. Além disso, devido à produção descontrolada, a destruição
do meio ambiente é contínua, uma vez que os recursos de um país são
frequentemente explorados por corporações diferentes, que também
emitem enormes quantidades de poluição proposital. O maior processo em
Direito Ambiental da história mundial está ocorrendo em favor de 30 mil
pessoas do Equador e da Amazônia, contra a Texaco agora propriedade
da Chevron, logo, é contra a Chevron, mas sobre atividades realizadas pela
Texaco.
Estima-se que
a quantidade de poluição seja 18 vezes o que o Exxon Valdez despejou na
costa do Alasca. No caso do Equador, não se tratou de
um acidente; As petroleiras agiram de propósito, eles sabiam que
estavam fazendo isso para economizar em vez de fazer o escoamento
correto, indo além, uma rápida observação do histórico de desempenho do Banco
Mundial, revela que a instituição que declara publicamente ajudar países e
reduzir a miséria, não fez nada além de aumentar a pobreza e as
diferenças sociais enquanto os lucros corporativos só sobem.
Em
1966, a desigualdade de renda entre o quinto país mais rico e o
mais pobre do mundo era de 30 para 1. Em 1998, era de 74 para 1.
Enquanto oPIB global cresceu 40% entre 1970 e 1985, a margem de
pessoas na faixa de pobreza cresceu 17%. Entre1985 e 2000, o número
de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia cresceu 18%. Mesmo a
Comissão Conjunta de Economia do congresso americano, admitiu que a
taxa de sucesso dos projetos do Banco Mundial é de meros 40%.
No fim dos
anos 60, o Banco Mundial interveio no Equador, com grandes
empréstimos. Nos 30 anos seguintes a pobreza cresceu de 50% para
70%. O desemprego foi de15% para 70%. A dívida pública saltou de 240
milhões para 16 bilhões, enquanto a parcela de recursos destinados aos pobres
caiu de 20% para 6%.Em 2000, 50% do orçamento nacional do Equador
estavam sendo alocados para pagamento de dívidas.
(45:41)
É
importante entendermos que o Banco Mundial é na verdade um banco
americano, atendendo a interesses americanos, pois os EUA têm poder de
veto sobre as decisões, já que é o maior fornecedor de capital. E de
onde eles tiram esse dinheiro? Acertou: Ele foi criado do nada pelo
sistema bancário de reservas fracionadas. Das 100 maiores economias do mundo,
com base no PIB, 51 são corporações, das quais 47 ficam nos EUA. A
Wal-Mart, a General Motors e a Exxon têm mais poder econômico que a
Arábia saudita, a Polônia, a Noruega, a África do Sul, a
Finlândia, Indonésia e muitos outros. E à medida que as
barreiras comerciais são quebradas, moedas são unificadas e manipuladas nos
mercados de especulação, e as economias dos governos passam para o lado do
inimigo no capitalismo global o império se expande. Você fica diante de sua
telinha de 21 polegadas e reclama sobre os EUA e a democracia. Os EUA não
existem nem a democracia existe apenas
IBM a ITT e AT&T DU PONT, DOW, UNION, CARBIDE e a EXXON. Estas são
as nações do mundo hoje.
Do que você acha que os russo falam em seus conselhos de
Estado, Karl Marx? Eles pegam seus gráficos de planejamento linear, teorias de
decisões estatísticas, soluções mínimas e máximas e calculam a possibilidade de
custo-benefício de suas transações e investimentos como nós. Não vivemos mais
em um mundo de nações e ideologias, Sr Biel, o mundo é um grupo de corporações
inevitavelmente determinadas pelas regras mutáveis dos negócios o mundo é um
negócio senhor Biel. Tomadas de modo crescente, as integrações do mundo como um
todo especialmente no quesito qualidade de capitalismo de “mercado livre”
representa um verdadeiro “império” no seu direito.
Poucos têm
sido capazes de controlar aos “ajustes estruturais” e “condições” do Banco
Mundial, ou do FMI, ou das decisões da Organização Mundial do Comércio, que
mesmo inadequados determinam o significado de globalização econômica... O poder
da globalização é tão grande que durante nossas vidas provavelmente
veremos a integração, mesmo que desigual, de todas as economias nacionais do
mundo, num único sistema de mercado livre global. O mundo está
sendo dominado por um punhado de negócios poderosos
(28:27)
que
controlam os recursos naturais que precisamos para viver, enquanto controla
o dinheiro que precisamos para obtê-los. O resultado final será um
monopólio mundial, baseado não na vida humana, mas em poder corporativo
e financeiro. Conforme a desigualdade cresce, claro, mais e mais pessoas
se desesperam. Então o sistema foi forçado a criar um novo modo de
lidar com quem desafia este sistema. Assim nasceu o “TERRORISTA”.
(49:00)
O termo “terrorista” é uma descrição vazia, dada a qualquer
pessoa ou grupo que escolhe desafiar o “establishment”. Isso não deve
ser confundido com a fictícia Al Qaeda, que é na verdade o nome de umbanco
de dados criado pelo Mujahadeen com apoio americano nos anos 80.
“Na verdade NÃO EXISTE nenhum exército terrorista
islâmico chamado Al Qaeda. E qualquer oficial da inteligência bem
informado sabe disso. Mas existe uma campanha de propaganda para que o
povo acredite na presença de uma entidade identificada... O país por
trás dessa propaganda é os EUA.”
Pierre-Henry Bunel (especialista francês
de inteligência militar).
Em 2007 o departamento de defesa recebeu 161,8 bilhões de
dólares para a chamada guerra global contrao terrorismo. De acordo
com o Centro Nacional Anti-terrorismo, em 2004 cerca de 2000 pessoas
tinhamsido mortas intencionalmente em razão de supostos atos terroristas. Desse
número, 70 eram americanos.
Usando esse número como uma média, o que já é muito
generoso, é interessante notar que o dobro depessoas morrem de alergia a
amendoim por ano, comparando com o terrorismo. Ao mesmo tempo, acausa
principal de mortes nos EUA são doenças coronárias, que matam cerca de 450
mil pessoas por ano.Em 2007 os fundos destinados pelo governo para pesquisa
nessa área foram cerca de 3 bilhões de dólares.Isso quer dizer que em
2007, o governo dos EUA gastou 54 vezes mais dinheiro prevenindo o
terrorismodo que prevenindo a doença que mata 6600 vezes mais pessoas por
ano, que o terrorismo.
Ainda assim os nomes; terrorismo e Al Qaeda estão
obrigatoriamente estampados em todos os jornais. Omito se expande! No meio de
2008 o Procurador Geral dos EUA chegou a propor que o
congressoamericano declarasse oficialmente GUERRA À FANTASIA, para não
falar que até julho de 2008 existia maisde 1 milhão de pessoas na lista de
terroristas monitorados pelos EUA. Essas
“Medidas Anti-Terrorismo”,naturalmente não têm nada a ver
com proteção social e tudo a ver com a preservação do
sistema.Enquanto cresce o sentimento anti-americano dento do país e internacionalmente,
o que é legitimamentebaseado na expansão gananciosa do império corporativo
que está explorando o mundo.
Os verdadeiros terroristas do nosso mundo não se encontram
no escuro, à meia-noite, ou gritam “AllahAkbar” antes de um ato violento.
Os verdadeiros terroristas usam ternos de 5 mil dólares
e trabalhamnos mais altos cargos das finanças, do governo e das empresas.E
então, o que fazer?
Como paramos um sistema de ganância e corrupção que
tem tanto poder e impetuosidade?
(52:08)
Como paramos esse comportamento grupal aberrante, que não
tem compaixão por,digamos, os milhões de massacrados no Iraque e no
Afeganistão, para que a corporatocracia controle recursos energéticos
e a produção de ópio e gere lucro em Wall Street? Antes de
1980, o Afeganistão produzia 0% do ópio mundial. Depois que Mujahadeen ganhou a
guerra com a URSS com apoio da CIA e dos EUA, eles passaram
a produzir 40% da heroína mundial em 1986. Em 1999, eles estavam
produzindo 80% do total no mercado. Então algo inesperado aconteceu. Os
talibãs subiram ao poder e em 2000, já haviam destruído a maioria dos
campos de ópio. A produção caiu de 3 mil toneladas para apenas
185,uma redução de 94%. Em 9 de setembro de 2001, os planos de invasão ao
Afeganistão estavam na mesa do presidente Bush. Dois dias depois eles tinham
uma desculpa (nesse momento aparece a imagem das torres gêmeas sendo atingidas
pelos aviões).
(53:05)
Hoje a produção de ópio no Afeganistão controlado pelos
EUA fornece mais de 90% da heroína do mundo, quebra recorde de produção
todo ano.
Como paramos um sistema de ganância e corrupção que
condena populações pobres à escravidão nas fábricas em benefício da Avenida
Madison? Ou que arquiteta ataques terroristas falsos com o propósito de
manipular? Ou que cria “Modos Embutidos” inerentemente explorados de operação
social? Ou que reduz sistematicamente as liberdades civis e viola os direitos
humanos para se proteger das consequências de seus próprios atos?Como
lidamos com as inúmeras instituições encobertas, como o Conselho de Relações
Internacionais, a Comissão Trilateral, o Clube de Bilderberg e outros grupos
eleitos de forma não-democrática, que às portas fechadas, se reúnem para
controlar os elementos políticos, financeiros, sociais e ambientais de
nossas vidas?
Para encontrar a resposta, primeiro devemos encontrar
a causa principal, pois o fato é, que os grupos corruptos e famintos
de lucro não são a fonte do problema. Eles são SINTOMAS.
(54:24)
III
A ganância e a competição não são o
resultado de um temperamento humano imutável. Ganância e medo da escassez, na
verdade são criados e ampliados... A consequência direta disso é que temos
que lutar uns com os outros para sobreviver.” (Bernard Lierter – Fundador
do sistema monetário dos EUA)
(54:42)
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